quinta-feira, 30 de setembro de 2010

México: livro recupera o papel da Igreja na Independência

ZP10092910 - 29-09-2010
Permalink: http://www.zenit.org/article-26158?l=portuguese
Cardeal Rivera recorda que os “pais da pátria” foram sacerdotes

Por Jaime Septién

MÉXICO, quarta-feira, 29 de setembro de 2010 (ZENIT.org - El Observador) -Como parte da comemoração pelo bicentenário da independência do México, foi apresentado na semana passada, no arcebispado do México, o livro "A independência traída", do jornalista e comunicador católico Carlos Villa Roiz.

O livro de Villa Roiz, subdiretor de informação do Departamento de Comunicação Social do Arcebispado do México, foi apresentado pelo Cardeal Rivera Carrera, pelo sacerdote e historiador Gustavo Watson Marrón e também pelo diretor de texto, que narra o papel dos sacerdotes durante o processo de independência (1810-1821), Carlos Trillas.

Durante sua palestra, o Cardeal Rivera Carrera expressou uma revisão justa e equilibrada da história que poderá gerar um autêntico projeto de nação: "Hoje se sente - destacou - que o México necessita de um projeto de nação, mas para que esse seja autêntico é necessário conhecer nossa história, conhecer as raízes, não pode ser feito um projeto de nação negando nossa história, sem levar em conta os valores e as deficiências de nossa cultura mexicana. O narrar dos dados históricos não basta, é indispensável contar as causas".

A historiografia oficial mexicana tende a "esquecer" da participação dos sacerdotes e dos leigos católicos nos movimentos de independência e revolução que iniciaram-se em 1810 e 1910, respectivamente. E quando se "lembram" que os pais da pátria eram sacerdotes (Higaldo, Morelos, Matamoros) tendem a ignorar estes assuntos, acusando a Igreja de ser parte da "reação".

O arcebispo primaz do México explicou que o clero mexicano teve uma atitude importante durante o processo de independência, mas lamentou que esta participação muitas vezes tenha sido negada ou silenciada: "Eu acredito - disse Rivera Carrera - que necessitamos conhecer a história na íntegra. O autor se esforça em mostrar-nos estes personagens com suas virtudes e com seus defeitos humanos".

Por sua vez, o sacerdote e historiador Gustavo Watson Marrón, diretor do Arquivo Histórico da Arquidiocese do México, reconheceu que "A independência traída" tem como objetivo "fazer com que não nos esqueçamos dos sacerdotes que tomaram as armas para buscar uma pátria livre para todos os nascidos nestas terras, e que muitos deles deram suas vidas por esta causa".

Carlos Villa Roiz, precisou que seu livro pretende fazer justiça história ao maior número possível de clérigos, dado que foram mais de 400 deles os que participaram na independência mexicana.

"Cada líder, com sua personalidade, organizou batalhões para levar ao feliz término este gesto histórico. As ideias políticas duvidia; em contrapartida, a religião unia. Nada colocava em discussão o valor do cristianismo no meio de uma sociedade dividida e irreconciliável", disse Villa Roiz.

Na opinião do autor do livro "A independência traída" isso pode "ajudar a refrescar a memória sobre a importância do clero durante o processo de independência do México; e ainda mais, durante a revolução mexicana, que abriu um longo caminho de mártires que começaram a ser beatificados durante o pontificado de João Paulo II e continuaram no presente, com o Papa Bento XVI".

Terrorista marxista é a próxima presidente do Brasil

Henrymakow.com | 08 Setembro 2010
Artigos - Eleições 2010

Os brasileiros parecem corrompidos o suficiente para aceitar o fato como normal. Mas a provável eleição de Dilma Rousseff escandaliza os observadores internacionais.

"Meu amigo, eles acharam a fórmula. Dê ao povo um celular, TV a cabo, a "sensação" de que eles estão participando da economia e eles não vão nem pensar em liberdade. Bilhões de peões, a assim chamada classe média da China, os pobres "em ascensão" do Brasil, não têm nenhuma idéia do que foi a Carta dos Direitos ou a Carta Magna. A soma total deles, como uma horda de bárbaros, vai esmagar os pobres americanos, o último povo do mundo que tem alguma tradição subsistente de liberdade e direitos individuais. Esse pessoal nouveau-riche do Terceiro Mundo vai queimar a constituição por uma TV nova, comprada em 12 prestações no cartão de crédito."



SÃO PAULO, 26 de agosto (Reuters) - A candidata do partido governante no Brasil, Dilma Rousseff, disparou na frente de seu principal adversário no próprio estado natal dele, como mostrou no sábado uma nova pesquisa de opinião, parecendo se encaminhar para uma vitória acachapante na eleição de 3 de outubro.



Rousseff, do partido governante, o Partido dos Trabalhadores, de Lula, tinha 49 pontos na última pesquisa Datafolha, 20 pontos à frente de Serra. O resultado é semelhante à sua vantagem de 47 contra 30% na pesquisa Datafolha anterior, lançada há cinco dias."

De nossa sucursal em São Paulo (postado originalmente em 8 de abril de 2009, atualizado em 26 de agosto de 2010, sob o subtítulo de "O Purgatório do Brasil está prestes a começar")

Caro Henry,

Depois de ver aquele artigo com a ficha policial de Hitler, veja que interessante esta outra. Dilma Rousseff, a atual chefe de gabinete de Lula (um cargo ministerial), foi escolhida pelo Partido dos Trabalhadores para secundar o ex-operário (e agora milionário) Lula na presidência. Lula é um dos mais corruptos presidentes da história e um instrumento dos marxistas.

O pai de Dilma foi um comunista búlgaro.

No topo da ficha: TERRORISTA / ASSALTANTE DE BANCOS

Embaixo:

Profissão: Desconhecida
Atividades:

1967 - agente do Movimento Política do Trabalhador.

06/10/68 - assalto ao banco Banespa, Rua Iguatemi, $ 80 00.

12/10/68 - planejou o assassinato do capitão [americano] Charles Chandler [levado a cabo com frieza, na frente de sua casa, sua mulher e filho].

11/12/68 - assalto à Loja de Armas Diana, Rua do Seminário, 48 armas [roubadas].

??/04/69 - Comando de Libertação Nacional [outra organização terrorista].

24/01/69 - Assalto ao Depósito de Armas Quitaúna - 63 fuzis FAU, 3 revólveres INA, 4 unidades de munição.

18/07/69 - Assalto à casa do Governador Ademar de Barro [o dinheiro nunca foi recuperado].

01/08/68 - Assalto ao Banco Mercantil de São Paulo.

??/09/69 - Congresso da VAR Palmares [organização terrorista] em Teresópolis.

20/09/69 - Assalto ao Quartel da Polícia de Rio Branco.

Estas pessoas receberam vultosas pensões vitalícias porque foram presas. As famílias das pessoas que elas mataram não recebem absolutamente nada. Ela galgou ao topo dentro do governo porque é comunista.

Outro importante amigo de Lula e dirigente do Partido, José Dirceu, também foi terrorista e foi treinado em Cuba [um traidor do Brasil, na verdade]. Dirceu foi o chefe do pior esquema de corrupção da história do Brasil e ainda está livre e trabalhando como "consultor" do governo (eminência parda).

Toda a máquina do governo foi posta a serviço de Dilma. Ela vai a todas as inaugurações de obras e é exaltada por Lula.

É este tipo de gente que está sendo usada pela Nova Ordem Mundial para nos escravizar. Eu deixo um aviso, especialmente para os americanos que gostam de Chavez e Castro: Obama, amiguinho de William Ayers, não está longe destes caras. É isto que está guardado para os Estados Unidos?

O Purgatório do Brasil está para começar

O triste das próxima eleição do Brasil é que ela não será decidida com base em princípios ou valores. Ninguém liga se Dilma matou ou assaltou. É só populismo na forma mais selvagem. Ela é a Dona Lula. Os pobres se beneficiaram um pouco com o fim da inflação e se esqueceram de que esta situação foi herdada por Lula.

O interessante é que o Partido dos Trabalhadores não é nem comunista (Nota do editor: aqui há um equívoco: o PT é, sim, um típico partido comunista) nem o amparador dos trabalhadores. O IBGE, a maior instituição de estatísticas do Brasil, acaba de publicar a informação de que o analfabetismo no Brasil aumentou durante o reinado de Lula. O saneamento básico está no mesmo nível que estava na época de sua coroação. 50,000 brasileiros morrem de morte violenta, a maior parte causadas por armas e drogas contrabandeadas para o país pelos terroristas marxistas das FARC, aliados de Lula. Quem liga? Eu tenho um cellular e um aparelho de tevê. A próxima Copa do Mundo vai ser no Rio.

Por outro lado, o Banco de Desenvolvimento Federal (BNDES) recebeu este ano 100 bilhões de dólares para emprestar para grandes corporações, a fim de "comprar" sua boa vontade em relação ao governo durante este ano de eleição. Os capitalistas conseguem o dinheiro entre 3,5% a 7%, enquanto que o governo paga de 10% a 12% aos bancos. O banco Itaú teve o maior lucro entre todos os bancos das Américas, incluindo os dos Estados Unidos.

Outros gestos magnânimos do governo incluem a distribuição de concessões de TV e rádio a capitalistas e políticos, uma rede de TV para os líderes de sindicatos (que tomam um dia de salário dos trabalhadores e não podem ser auditados - Lula nos livre!) e a definição de focos de investimento dos fundos de pensões de companhias estatais, na casa das centenas de bilhões de dólares. Com eles, você está feito ou frito.

FASCISMO

Esta é uma economia fascista, na mais pura acepção do termo. Mussolini ficaria orgulhoso.

É difícil para a gente comum entender como o comunismo mudou, de uma utopia social, para este fascismo cru. (Nota do editor: fascismo É socialismo) A razão é que eles mantêm a velha fachada em causas culturais, como aborto de graça, casamento gay, globalismo, radicalismo ecológico, etc. Igual à China, eles dizem como se deve viver a vida privada. Censura ou "controle da mídia" está na agenda de Dilma, como está em pleno curso na Argentina e Venezuela hoje. O sigilo fiscal dos advarsários de Dilma foi quebrado impunemente. Direitos constitucionais básicos não valem nada para o Partido dos Trabalhadores e eles estão desafiando os direitos de propriedade. Um bando de camponeses comunistas, todos financiados e liderados por agitadores profissionais, vai invadir fazendas, matar gente (como eles fazem) e a questão vai ser decidida por aclamação popular, em uma comuna.

Estamos sendo preparados para sermos peões do governo mundial.

Prevejo tempos difíceis à frente para o Brasil. Dilma é incompetente e cabeça dura. A dívida pública brasileira quase triplicou e está para explodir, devido às altas taxas de juros. O boom na exportação de minérios e agro-commodities que deu à popularidade de Lula tamanho impulso pode acabar a qualquer momento, especialmente se uma crise pesada atingir o dólar. O nível de tributação no Brasil é um dos mais altos do mundo, em 40, 5%, e a burocracia, com 85 diferentes impostos na última contagem, é astronômica. Eles não vão conseguir aumentar mais os impostos para sustentar os cabides de emprego do governo e a corrupção.

Quando o governo quebrar, os programas sociais que sustentaram a popularidade de Lula estarão em risco. Sem as exportações em expansão, haverá menos empregos e é possível que vejamos distúrbios e protestos. As coisas sempre foram fáceis demais neste país, onde a comida cresce até numa rachadura de calçada. Talvez seja hora de os brasileiros amadurecerem para o sofrimento.



PS: Dilma não é búlgara, seu pai é que era. Ele fugiu de seu país porque era um ativista comunista. Supreendentemente,(?) no Brasil ele foi um capitalista, e muito rico. Dilma teve uma vida burguesa, morando numa grande casa e estudando em escolas particulares. Sempre é bom pertencer à elite comunista.

Terrorista marxista é a próxima presidente do Brasil

Henrymakow.com | 08 Setembro 2010
Artigos - Eleições 2010

Os brasileiros parecem corrompidos o suficiente para aceitar o fato como normal. Mas a provável eleição de Dilma Rousseff escandaliza os observadores internacionais.

"Meu amigo, eles acharam a fórmula. Dê ao povo um celular, TV a cabo, a "sensação" de que eles estão participando da economia e eles não vão nem pensar em liberdade. Bilhões de peões, a assim chamada classe média da China, os pobres "em ascensão" do Brasil, não têm nenhuma idéia do que foi a Carta dos Direitos ou a Carta Magna. A soma total deles, como uma horda de bárbaros, vai esmagar os pobres americanos, o último povo do mundo que tem alguma tradição subsistente de liberdade e direitos individuais. Esse pessoal nouveau-riche do Terceiro Mundo vai queimar a constituição por uma TV nova, comprada em 12 prestações no cartão de crédito."



SÃO PAULO, 26 de agosto (Reuters) - A candidata do partido governante no Brasil, Dilma Rousseff, disparou na frente de seu principal adversário no próprio estado natal dele, como mostrou no sábado uma nova pesquisa de opinião, parecendo se encaminhar para uma vitória acachapante na eleição de 3 de outubro.



Rousseff, do partido governante, o Partido dos Trabalhadores, de Lula, tinha 49 pontos na última pesquisa Datafolha, 20 pontos à frente de Serra. O resultado é semelhante à sua vantagem de 47 contra 30% na pesquisa Datafolha anterior, lançada há cinco dias."

De nossa sucursal em São Paulo (postado originalmente em 8 de abril de 2009, atualizado em 26 de agosto de 2010, sob o subtítulo de "O Purgatório do Brasil está prestes a começar")

Caro Henry,

Depois de ver aquele artigo com a ficha policial de Hitler, veja que interessante esta outra. Dilma Rousseff, a atual chefe de gabinete de Lula (um cargo ministerial), foi escolhida pelo Partido dos Trabalhadores para secundar o ex-operário (e agora milionário) Lula na presidência. Lula é um dos mais corruptos presidentes da história e um instrumento dos marxistas.

O pai de Dilma foi um comunista búlgaro.

No topo da ficha: TERRORISTA / ASSALTANTE DE BANCOS

Embaixo:

Profissão: Desconhecida
Atividades:

1967 - agente do Movimento Política do Trabalhador.

06/10/68 - assalto ao banco Banespa, Rua Iguatemi, $ 80 00.

12/10/68 - planejou o assassinato do capitão [americano] Charles Chandler [levado a cabo com frieza, na frente de sua casa, sua mulher e filho].

11/12/68 - assalto à Loja de Armas Diana, Rua do Seminário, 48 armas [roubadas].

??/04/69 - Comando de Libertação Nacional [outra organização terrorista].

24/01/69 - Assalto ao Depósito de Armas Quitaúna - 63 fuzis FAU, 3 revólveres INA, 4 unidades de munição.

18/07/69 - Assalto à casa do Governador Ademar de Barro [o dinheiro nunca foi recuperado].

01/08/68 - Assalto ao Banco Mercantil de São Paulo.

??/09/69 - Congresso da VAR Palmares [organização terrorista] em Teresópolis.

20/09/69 - Assalto ao Quartel da Polícia de Rio Branco.

Estas pessoas receberam vultosas pensões vitalícias porque foram presas. As famílias das pessoas que elas mataram não recebem absolutamente nada. Ela galgou ao topo dentro do governo porque é comunista.

Outro importante amigo de Lula e dirigente do Partido, José Dirceu, também foi terrorista e foi treinado em Cuba [um traidor do Brasil, na verdade]. Dirceu foi o chefe do pior esquema de corrupção da história do Brasil e ainda está livre e trabalhando como "consultor" do governo (eminência parda).

Toda a máquina do governo foi posta a serviço de Dilma. Ela vai a todas as inaugurações de obras e é exaltada por Lula.

É este tipo de gente que está sendo usada pela Nova Ordem Mundial para nos escravizar. Eu deixo um aviso, especialmente para os americanos que gostam de Chavez e Castro: Obama, amiguinho de William Ayers, não está longe destes caras. É isto que está guardado para os Estados Unidos?

O Purgatório do Brasil está para começar

O triste das próxima eleição do Brasil é que ela não será decidida com base em princípios ou valores. Ninguém liga se Dilma matou ou assaltou. É só populismo na forma mais selvagem. Ela é a Dona Lula. Os pobres se beneficiaram um pouco com o fim da inflação e se esqueceram de que esta situação foi herdada por Lula.

O interessante é que o Partido dos Trabalhadores não é nem comunista (Nota do editor: aqui há um equívoco: o PT é, sim, um típico partido comunista) nem o amparador dos trabalhadores. O IBGE, a maior instituição de estatísticas do Brasil, acaba de publicar a informação de que o analfabetismo no Brasil aumentou durante o reinado de Lula. O saneamento básico está no mesmo nível que estava na época de sua coroação. 50,000 brasileiros morrem de morte violenta, a maior parte causadas por armas e drogas contrabandeadas para o país pelos terroristas marxistas das FARC, aliados de Lula. Quem liga? Eu tenho um cellular e um aparelho de tevê. A próxima Copa do Mundo vai ser no Rio.

Por outro lado, o Banco de Desenvolvimento Federal (BNDES) recebeu este ano 100 bilhões de dólares para emprestar para grandes corporações, a fim de "comprar" sua boa vontade em relação ao governo durante este ano de eleição. Os capitalistas conseguem o dinheiro entre 3,5% a 7%, enquanto que o governo paga de 10% a 12% aos bancos. O banco Itaú teve o maior lucro entre todos os bancos das Américas, incluindo os dos Estados Unidos.

Outros gestos magnânimos do governo incluem a distribuição de concessões de TV e rádio a capitalistas e políticos, uma rede de TV para os líderes de sindicatos (que tomam um dia de salário dos trabalhadores e não podem ser auditados - Lula nos livre!) e a definição de focos de investimento dos fundos de pensões de companhias estatais, na casa das centenas de bilhões de dólares. Com eles, você está feito ou frito.

FASCISMO

Esta é uma economia fascista, na mais pura acepção do termo. Mussolini ficaria orgulhoso.

É difícil para a gente comum entender como o comunismo mudou, de uma utopia social, para este fascismo cru. (Nota do editor: fascismo É socialismo) A razão é que eles mantêm a velha fachada em causas culturais, como aborto de graça, casamento gay, globalismo, radicalismo ecológico, etc. Igual à China, eles dizem como se deve viver a vida privada. Censura ou "controle da mídia" está na agenda de Dilma, como está em pleno curso na Argentina e Venezuela hoje. O sigilo fiscal dos advarsários de Dilma foi quebrado impunemente. Direitos constitucionais básicos não valem nada para o Partido dos Trabalhadores e eles estão desafiando os direitos de propriedade. Um bando de camponeses comunistas, todos financiados e liderados por agitadores profissionais, vai invadir fazendas, matar gente (como eles fazem) e a questão vai ser decidida por aclamação popular, em uma comuna.

Estamos sendo preparados para sermos peões do governo mundial.

Prevejo tempos difíceis à frente para o Brasil. Dilma é incompetente e cabeça dura. A dívida pública brasileira quase triplicou e está para explodir, devido às altas taxas de juros. O boom na exportação de minérios e agro-commodities que deu à popularidade de Lula tamanho impulso pode acabar a qualquer momento, especialmente se uma crise pesada atingir o dólar. O nível de tributação no Brasil é um dos mais altos do mundo, em 40, 5%, e a burocracia, com 85 diferentes impostos na última contagem, é astronômica. Eles não vão conseguir aumentar mais os impostos para sustentar os cabides de emprego do governo e a corrupção.

Quando o governo quebrar, os programas sociais que sustentaram a popularidade de Lula estarão em risco. Sem as exportações em expansão, haverá menos empregos e é possível que vejamos distúrbios e protestos. As coisas sempre foram fáceis demais neste país, onde a comida cresce até numa rachadura de calçada. Talvez seja hora de os brasileiros amadurecerem para o sofrimento.



PS: Dilma não é búlgara, seu pai é que era. Ele fugiu de seu país porque era um ativista comunista. Supreendentemente,(?) no Brasil ele foi um capitalista, e muito rico. Dilma teve uma vida burguesa, morando numa grande casa e estudando em escolas particulares. Sempre é bom pertencer à elite comunista.

Marxismo: A Máquina Assassina

Escrito por R.J. Rummel
Quarta, 27 de Fevereiro de 2008 22:00
Com a queda da União Soviética e dos governos comunistas da Europa Oriental, a grande maioria das pessoas tem a impressão de que o marxismo, a religião do comunismo, está morto. Nada disso. O marxismo está bem vivo em muitos países hoje, tais como Coréia do Norte, China, Cuba, Vietnã, Laos, um grupo barulhento de países africanos e na mente de muitos líderes políticos da América do Sul. No entanto, o que é mais importante para o futuro da democracia é que o comunismo ainda polui o pensamento de uma vasta multidão de acadêmicos e intelectuais do Ocidente.

De todas as religiões, seculares ou não, o marxismo é de longe a mais sangrenta — mais sangrenta do que a Inquisição Católica, as várias cruzadas católicas e a Guerra dos Trinta Anos entre católicos e protestantes. Na prática, o marxismo significa terrorismo sanguinário, expurgos mortais, campos letais de prisioneiros e trabalhos forçados assassinos, deportações fatais, fomes provocadas por homens, execuções extrajudiciais e julgamentos “teatrais”, descarado genocídio e assassinatos em massa.

No total, os regimes marxistas assassinaram aproximadamente 110 milhões de pessoas de 1917 a 1987. Para se ter uma perspectiva desse incrível alto preço em vidas humanas, note que todas as guerras internas e estrangeiras durante o século 20 mataram 35 milhões de pessoas. Isso é, quando marxistas controlam países, o marxismo é mais mortal do que todas as guerras do século 20, inclusive a 1 e 2 Guerra Mundial e as Guerras da Coréia e do Vietnã.

E o que o marxismo, o maior dos experimentos sociais humanos, realizou para seus cidadãos pobres, nesse muitíssimo sangrento custo em vidas? Nada de positivo. Deixou em seu rastro desastres econômicos, ambientais, sociais e culturais.

O Khmer Vermelho — comunistas cambojanos que governaram o Camboja por quatro anos —revela o motivo por que os marxistas acreditavam que era necessário e moralmente certo massacrar muitos de seus semelhantes. O marxismo deles estava casado com o poder absoluto. Eles criam sem uma sombra de dúvida que eles sabiam a verdade, que eles construiriam o maior bem-estar e felicidade humana e que para alcançar essa utopia, eles precisavam cruelmente demolir a velha ordem feudal ou capitalista e a cultura budista, e então reconstruir uma sociedade totalmente comunista. Não se poderia deixar nada atrapalhando no caminho dessa realização. O governo — o Partido Comunista — estava acima das leis. Todas as outras instituições, normas culturais, tradições e sentimentos eram descartáveis.

Os marxistas viram a construção dessa utopia como uma guerra contra a pobreza, a exploração, o imperialismo e a desigualdade — e, como numa guerra real, mesmo quem não estivesse no combate seria infelizmente pego na guerra. Haveria necessária perda de vida entre os inimigos: o clero, a burguesia, os capitalistas, os “sabotadores”, os intelectuais, os contra-revolucionários, os direitistas, os tiranos, os ricos e os proprietários de terras. Como numa guerra, milhões poderiam morrer, mas essas mortes seriam justificadas pelos fins, como na derrota de Hitler na 2 Guerra Mundial. Para os marxistas no governo, a meta de uma utopia comunista era suficiente para justificar todas as mortes.

A ironia é que na prática, mesmo depois de décadas de controle total, o marxismo não melhorou a sorte das pessoas comuns, mas geralmente tornou as condições de vida piores do que antes da revolução. Não é por acaso que as maiores fomes do mundo aconteceram dentro da União Soviética (aproximadamente 5 milhões de mortos entre 1921-23 e 7 milhões de 1932-3, inclusive 2 milhões fora da Ucrânia) e China (aproximadamente 30 milhões de mortos em 1959-61). No total, no último século quase 55 milhões de pessoas morreram em várias fomes e epidemias associadas provocadas por marxistas, e o resto morreu como conseqüência despropositada da coletivização e das políticas agrícolas marxistas.

O que é espantoso é que essa “moeda” da morte do marxismo não envolve milhares ou mesmo centenas de milhares, mas milhões de mortes. Isso é quase incompreensível — é como se a população inteira da Europa Oriental fosse aniquilada. Por volta de 35 milhões escaparam de países marxistas como refugiados, e isso mais do que tudo é um voto contra as pretensões dos marxistas utópicos. O equivalente seria todo mundo fugindo do Estado de São Paulo esvaziando-o de todos os seres humanos.

Há uma lição supremamente importante para a vida humana e para o bem-estar das pessoas que precisamos aprender com esse horrendo sacrifício oferecido no altar de uma ideologia: Não se pode confiar em ninguém que tenha poder ilimitado.

Quanto mais poder um governo tem para impor as convicções de uma elite ideológica ou religiosa, ou decretar os caprichos de um ditador, mais probabilidade há de que o bem-estar e vidas humanas serão sacrificados. À medida que o poder do governo vai ficando sem controle e alcança todos os cantos de uma cultura e sociedade, mais probabilidade há de que esse poder matará seus próprios cidadãos.

Como uma elite no governo tem o poder de fazer tudo o que quer, quer para satisfazer suas próprias vontades pessoais ou, como o desejo dos marxistas de hoje, seguir o que crê ser certo e verdadeiro, essa mesma elite pode fazer isso quaisquer que sejam os custos em vidas humanas. Aí, o poder é a condição necessária para os assassinatos em massa. Quando uma elite obtém autoridade plena, outras causas e condições poderão operar para produzir o genocídio imediato, o terrorismo, os massacres e quaisquer assassinatos que os membros dessa elite sintam que são necessários. Mas é o poder — sem nada que o iniba, limite e controle — que é o verdadeiro assassino.

Os acadêmicos e intelectuais de hoje estão andando de carona. Eles obtêm certo respeito por causa de suas pretensões utópicas, por causa de suas palavras sobre melhorar a sorte dos trabalhadores e dos pobres. Mas toda vez que chegou ao poder, o marxismo fracassou totalmente, assim como o fascismo. Em vez de serem tratados com respeito e tolerância, os marxistas deveriam ser tratados como se desejassem uma praga mortal sobre todos nós.

A próxima vez que se encontrar ou receber uma palestra de um marxista nacional, ou seus quase equivalentes fanáticos esquerdistas, pergunte-lhes como é que eles conseguem justificar o assassinato dos mais de cem milhões que sua fé absolutista provocou, e o sofrimento que o marxismo criou para muitas centenas de milhões mais.

R.J. Rummel, professor emérito de ciência política e finalista de Prêmio Nobel da Paz, publicou 29 livros e recebeu numerosas condecorações por sua pesquisa.

Texto traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com.br

Fonte: http://www.wnd.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=41944

A Clonagem em debate

Estevão Bettencourt

Obsevamos logo de início que nenhum fator ético impede a clonagem de animais infra-humanos. Não têm personalidade e não constituem família. São levados pelo instinto. O mesmo não se dá com o ser humano. A reprodução humana está ligada ao amor, a um ideal de vida e à doção mútua de homem e mulher, o que se concretiza na prole. A genitalidade humana tem grandeza e nobreza singulares, de tal modo que não se pode tratar a célula humana como se trata a do gado.

Com outras palavras: a vida do ser humano não é apenas o resultado de reações físico-químicas, mas sim o patrimônio de alguém chamado à Transcendência ou ao Absoluto (qualquer que seja o nome que se Lhe dê). Em nossos dias, defende-se a clonagem humana em nome da terapêutica de certas doenças. Em resposta, é preciso observar que o fim não justifica os meios. Produzir embriões para lhes tirar a vida e assim salvar a vida de um adulto é bárbaro.

Fala-se muito contra a descriminação racial, sexual, religiosa etc. Como então aceitar a discriminação do ser humano indefeso em favor de um adulto? Como produzir muitos embriões para aproveitar algum ou alguns e matar os demais, de acordo com o pragmatismo da sociedade de consumo?

Dirá alguém: até o 14º dia após a concepção, tem-se um pré-embrião, e não um embrião propriamente dito. Em resposta, deve-se dizer: a partir do momento em que o óvulo é fecundado - ou também a partir do momento em que a célula começa a se dividir e se multiplicar -, inaugura-se uma nova vida humana. Nunca mais se tornaria humana se não fosse desde então; mesmo que seja uma vida tênue, que só chegue a produzir seis células, é humana e merece respeito. Aliás a própria ciência deixa entrever outras formas de intervenção terapêutica que não implicam clonagem nem utilização de células embrionárias, mas se servem de células matrizes retiradas de adultos.

Tal é o procedimento que a consciência indica, se queremos respeitar a dignidade de cada ser humano, mesmo na condição de embrião. Em outros termos ainda: toda derrogação às leis da natureza humana provoca a reação da própria natureza. Entre essas leis está também a que rege a genitalidade humana - não pode ser violada sem que graves consequências, mais cedo ou mais tarde, daí decorram.

Estas considerações são reforçadas pela prospectiva do que poderá acontecer se a ciência não for orientada pela consciência ética. A volúpia da conquista pode obcecar o cientista e empolgá-lo a ponto tal que a ciência se volte contra o homem, em vez de servir ao homem. Na verdade, a ciência e a técnica não são valores absolutos, estão a serviço da pessoa humana, subordinadas aos direitos inalienáveis do ser humano. Este tem direito à vida desde que é embrião.

Não venha a ciência a produzir artificialmente seres destinados a servir aos caprichos de alguma facção que, mediante nova forma de escravatura, dispute a hegemonia sobre a Terra!

É importante notar que o próprio Parlamento Europeu aprovou a resolução nº B5 710/2000, sobre a clonagem dos seres humanos, que proclama: "Estamos convictos de que uma única forma de concepção corresponde às exigências da democracia e dos direitos humanos: a que reconhece a plena humanidade do embrião. Essa convicção rejeita toda ação que não tenha como objetivo o bem-estar direto do mesmo".

Dom Estevão Bettencourt é monge do mosteiro de São Bento e professor de teologia do Seminário São José, da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Foi professor de teologia da PUC-RJ

A abolição da verdade

Pe. Francisco Fauss

Democracia para “quase todos”

No nosso tempo, no mundo inteiro, estão num primeiro plano do debate político e dos comentários da mídia as questões controvertidas sobre a o valor da vida humana (desde a concepção até a morte natural), sobre a bioética na perspectiva dos atuais progressos da Ciência, sobre o significado da sexualidade e da família, etc.

Nos países democráticos, é reconhecido a todos – pessoas singulares ou entidades –, o direito de manifestar livremente a sua opinião, de sugerir soluções e de apresentá-las na mídia, ou por meio de representantes do povo, de projetos de lei, etc. É uma decorrência lógica dos princípios de liberdade e pluralismo, que são considerados essenciais para uma autêntica democracia.

Neste sentido, nem políticos nem mídia se atreveriam a negar ou restringir, por exemplo, o direito de o movimento gay expor e defender as suas reivindicações; nem o direito de ONGS ou movimentos ecológicos reivindicar, por exemplo, o reconhecimento de que os animais possuam os mesmos direitos que os seres humanos. Cada opinião é respeitada, por princípio, e aceita para debate civilizado, exceto... Sim, há uma exceção: a Igreja Católica. Quando a Igreja se manifesta sobre essas questões debatidas na atualidade, levanta-se imediatamente um clamor, que ecoa em grande parte da mídia, contra o seu direito de opinar, falar, sugerir, propor. Parece que só em relação à Igreja a liberdade e o pluralismo ideológico e político deixam de ter vigência.

Dirão que é porque a Igreja é “dogmática”. Mas a Igreja não manda no país, nem tem poder algum para fazê-lo numa sociedade civil laica, que ela não só aceita de bom grado mas defende como tal (se alguém ignora isso, ignora os ensinamentos da Igreja desde o Concílio Vaticano II). Mas a Igreja, que reúne em si um grupo amplamente majoritário de brasileiros, simplesmente acha, e com toda a razão, que a sua voz pode ser ouvida pelo menos com um respeito análogo ao que se presta a opiniões minoritárias, por vezes bem singulares, de grupos numericamente insignificantes.

Ora, a realidade é que, sem tréguas, uma gritaria desrespeitosa – e com freqüência ofensiva – pretende silenciar, abafar, excluir do debate essa voz. Esse processo de exclusão, de abolição, procede por quatro degraus, que coincidem num progressivo “banimento da verdade”, degraus que analisaremos brevemente a seguir.

O primeiro degrau

Como nos mais explosivos tempos do Iluminismo, mal a Igreja – por seus representantes legítimos – manifesta uma posição nessas questões debatidas, e a defende com argumentos que julga apropriados, começa a escutar-se a velha toada de “obscurantismo”, “atraso”, “antagonismo entre fé e ciência”, “religião inimiga do progresso” . A Igreja, segundo esses acusadores, estaria pretendendo opor-se aos progressos da ciência e ao bem da humanidade com a irracionalidade da fé e dos dogmas.

Um mínimo de objetividade – de honestidade – permitiria a qualquer pessoa de boa fé perceber que, nos temas de bioética hoje em debate, a Igreja jamais apresenta como soluções a serem aceitas pelos governantes teses baseadas na Sagrada Escritura, nas definições dos Concílios ou nos ensinamentos magisteriais dos Papas. Pelo contrário, baseia a sua defesa da vida e da dignidade do ser humano em argumentações científicas (isto é, em conclusões aceitas e defendidas por um número ponderável de cientistas atuais de primeira linha) e em argumentos racionais, compartilhados por filósofos pensadores totalmente alheios à religião.

Neste sentido, a posição da Igreja nessas questões (células-tronco embrionárias, aborto, eutanásia, casamento homossexual, etc.) alicerça-se fundamentalmente numa antropologia filosófica amadurecida na reflexão de grande número dos maiores pensadores da humanidade, do Ocidente e do Oriente, muitos deles pré-cristãos (Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicteto...), mentes brilhantes que, ao longo de milênios, também na era cristã, aprimoraram o pensamento humano e chegaram a formular conceitos enormemente “respeitáveis” de antropologia filosófica e de ética natural, um acervo de autêntica “sabedoria”, que enriqueceu e elevou a humanidade. Hoje, quer se queira quer não, a Igreja é a grande herdeira dessa sabedoria. Não é a “inimiga do progresso”, mas a “amiga da verdade e da vida”.

Por isso, toda a orquestração já automatizada – e sistemática –, que clama contra o “obscurantismo religioso” da Igreja, contra a “fé inimiga da ciência” é, simplesmente, uma impostura, uma mentira: um banimento da verdade.

O segundo degrau

Acontece, porém, que alguns, mais esclarecidos e serenos na apreciação das coisas, reconhecem que a posição da Igreja corresponde ao que acabamos de dizer. Mas – dizem – essa posição parte da base de que a razão é capaz de alcançar a verdade ou, por outra, de que existem verdades absolutas que a razão humana pode captar, esclarecer, aprofundar e levar às suas autênticas conseqüências. E isso seria falso.

A repulsa às posições da Igreja (bem como aos pensadores não-religiosos, de escolas filosóficas laicas, que coincidem com o “raciocínio” da filosofia perene), adota, pois, agora uma nova orientação: o postulado dogmático do agnosticismo, isto é, que não existe a verdade ou, se existe, é impossível que seja objetivamente conhecida. Como se sabe, na raiz dessa concepção da “verdade”, está a herança da filosofia do imanentismo, uma linha de pensamento, anti-metafísica por essência, que em seu processo evolutivo desembocou em Hegel e produziu, como filhos inesperados mas naturais, o marxismo-leninismo e o nazismo.

O agnosticismo, e a sua conseqüência necessária, o relativismo, “levaram a investigação filosófica a perder-se nas areias movediças de um ceticismo geral [...]. A legítima pluralidade de posições cedeu o lugar a um pluralismo indefinido, fundado no pressuposto de que todas as posições são equivalentes: trata-se de um dos sintomas mais difusos, no contexto atual, da desconfiança na verdade [...]. Neste horizonte, tudo fica reduzido a mera opinião” (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 14/9/1998, n. 5).

É interessante frisar que, tanto a Encíclica Fides et ratio como o discutido discurso de Bento XVI na Universidade de Ratisbona, não são uma defesa da fé perante o perigo dos desvios da razão, mas, ao contrário, uma vigorosa defesa da razão como instrumento para captar a verdade, alertando para os perigos de uma fé que prescinda da colaboração estreita da razão.

O terceiro degrau

Sim. Dir-se-á que a razão é incapaz de atingir o ser e a verdade íntimas das coisas, e que, portanto, resta apenas, como base segura em que nos apoiarmos, o que a ciência experimental pode oferecer como “verdade materialmente comprovada”. Acontece, porém, que a Igreja apresenta cada vez mais argumentações científicas, altamente ponderáveis, na sua defesa da vida.

Chegando-se a este ponto, o banimento da verdade sente-se obrigado a dar mais um passo, que o exemplo citado a seguir ilustra bem.

Quando se começou a debater a questão das experiências com células-tronco embrionárias, o tema foi abordado num diálogo público numa TV de São Paulo. Uma especialistas em embriologia, que trabalhara com células-tronco adultas no Canadá, defendeu com argumentos científicos que a vida humana começa no próprio instante da concepção (neste sentido, são praticamente irrebatíveis os estudos do famoso geneticista francês Jerôme Léjeune). Para contradizer essa posição, outra pesquisadora, partidária do uso das células embrionárias, retrucou dizendo que, se bem era verdade que em seus livros acadêmicos ela dizia que a vida humana começa com a concepção, no caso concreto das células-tronco embrionárias esse argumento científico não seria válido: quem deveria determinar quando a vida humana começa é a lei. Como “prova” disso aduzia que, para efeitos de transplante de órgãos, as leis dos diversos países definem de formas diferentes a “morte clínica” que autoriza a extração de órgãos para transplante.

Esse mesmo argumento foi apresentado, há pouco, nas páginas de um dos principais jornais de São Paulo: o começo da vida humana não deve ser definido pela ciência, mas pela legislação de cada país. Mas, definida com base em quê? No consenso. Como não há referenciais absolutos (pois não há verdades absolutas), como já dizia João Paulo II, "tudo é convencional, tudo é negociável" (Encíclica Evangelium vitae, n. 20). Negada assim a existência de valores ou verdades objetivas e universais, o que resta? Só a vontade, o puro e simples querer. Toda a Encíclica Veritatis Splendor alerta sobre os perigos dessa tendência de fazer da liberdade a fonte da verdade, isto é, de só aceitar como "verdadeiro", em cada momento, o que livremente escolhe o indivíduo ou a "maioria" (Não lembram a história recente? O nazismo chegou o poder e o manteve – com todos os seus crimes horrendos contra a humanidade – , apoiado pela maioria).

O quarto degrau

Chamaremos quarto degrau a um prolongamento da reflexão sobre o terceiro degrau, sobre o relativismo absoluto que se traduz na pulverização de quaisquer valores morais.

Se a liberdade é a única fonte da verdade, isto é, se só se pode aceitar como verdadeiro em cada momento o que livremente escolhe a "maioria", nada impede que os legisladores – se calhar e houver interesses nacionais e internacionais poderosos envolvidos no assunto –, fiquem de acordo em aprovar que a vida começa quando a criança tem dois anos de idade e que, em conseqüência, até os dois anos, qualquer criança pode ser desmanchada para experiências científicas úteis para curar doenças e salvar vidas. Dirão que isso é extrapolar. Por que? Se não há mais valores objetivos e universais, se não existem mais referenciais éticos intocáveis, onde estão os limites do que se “pode” fazer? Só resta o puro arbítrio, nas mãos dos egoísmos do momento.

Durante os milênios em que os valores éticos eram tidos em conta, o que se “pode” fazer tinha um sentido moral: pode-se fazer o que é lícito moralmente; não se pode o que é ilícito. No atual relativismo radical, a palavra “pode” perdeu toda a conotação moral, e ficou reduzida ao que a ciência “pode fazer” (p.e., as experiências que, nos lager nazistas, eram praticada com seres humanos “podiam” ser feitas cientificamente), ou ao que a lei (meramente positiva e mutável, conforme os interesses de cada momento) autoriza fazer.

Sem valores nem referências de verdade e bem, o mundo – a humanidade – fica perdido no espaço como um astronave que saiu da órbita.

A Igreja, como seu Mestre, ama a verdade e o bem, ama o ser humano e a sua dignidade, ama a vida e, por isso, não se importa em ser incompreendida quando vai contra-corrente na defesa dos únicos valores que podem preservar a humanidade da desintegração moral. Talvez com isso impeça que algum dia possam ser erigidas na Praça dos Três Poderes as estátuas de Pilatos (O que é a verdade?) e do Dr. Mengele.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Populações pobres: “grandes demais para que fracassem”

zenit 29-09-2010
Porta-voz vaticano analisa cúpula sobre Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 27 de setembro de 2010 (ZENIT.org) - Se durante a recente crise, a política se mobilizou para ajudar os bancos, já que eram "grandes demais para que fracassem", com maior empenho terá de fazê-lo a favor dos povos que sofrem fome e pobreza, assegura o porta-voz vaticano.

O Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, fez uma análise do histórico discurso que Bento XVI pronunciou no Westminster Hall de Londres, no dia 17 de setembro, ao mundo político, social, acadêmico, cultural e empresarial britânico, à luz da recente cúpula da ONU sobre o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

No Reino Unido, o Pontífice recordou que os governos intervieram de forma massiva e imediata para salvar instituições financeiras muito importantes que estavam à beira do fracasso.

"Considerou-se necessário intervir destinando quantidades enormes - recordava o Papa -, porque estas instituições eram ‘grandes demais para que fracassem' (Too big to fail)."

Sem esta intervenção econômica, explicou, "a economia dos países interessados teria sofrido graves danos".

Segundo explica seu porta-voz no último editorial de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, o Papa quis dizer que, "se foram capazes de intervir para salvar grandes instituições financeiras, por que não se aplica a mesma coisa quando se trata do desenvolvimento dos povos da terra, da fome e da pobreza?".

"Este, sim, é um verdadeiro objetivo ‘grande demais para que fracasse'!", sublinha o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

"A partir desta perspectiva - acrescenta -, deve-se enfocar a cúpula de Nova York sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio."

"Certamente, haverá diversas avaliações - reconhece Lombardi. A empresa é ciclópea e é um apelo à colaboração, não só do governo, mas também de todas as forças ativas da sociedade, tanto do mundo desenvolvido como do que está em vias de desenvolvimento."

O sacerdote jesuíta recorda que a Igreja, nos diversos lugares do mundo, está comprometida neste campo "à luz de uma perspectiva espiritual e moral, consciente e atenta aos valores fundamentais, bem delineados na encíclica Caritas in veritate".

Como reiterava em Nova York o representante da Santa Sé, cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, "a pessoa humana deve ser colocada no centro da pesquisa para o desenvolvimento; não deve ser vista como um peso, mas como parte ativa da solução".

Vaticano organiza fórum para desenvolvimento na África

Permalink: http://www.zenit.org/article-26145?l=portuguese
Organizado na cidade de Abidjan

ABIDJAN, terça-feira, 28 de setembro de 2010 (ZENIT.org) - O Conselho Pontifício para a Cultura, em colaboração com a Congregação para a Evangelização dos Povos, organiza um fórum para promover o desenvolvimento na África, "fazendo da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, o coração de toda consideração e iniciativa".

Segundo um comunicado do dicastério, divulgado pela Rádio Vaticano, o fórum acontecerá em março de 2011, reunirá diversas organizações eclesiásticas internacionais e não-governamentais e terá como tema "Culturas, identidade dos povos e desenvolvimento na África e na diáspora negra".

Este Fórum pretende também ser um lugar de reflexão permanente para mostrar propostas concretas, permitir um compromisso no âmbito da cultura e da educação e ser um "trampolim" para o desenvolvimento da África.

Os dois dicastérios consideram que a reflexão comum dos pastores e teólogos da África e da diáspora têm uma importância decisiva.

A cidade de Abidjan, na Costa do Marfim, em particular o Centro Pastoral e Missionário RECOWA/CERAO (Conferência Episcopal Regional da África Ocidental), acolhe desde ontem até 1° de outubro um encontro de preparação para este evento.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O drama dos Cristãos no Sudão

O Islã
Sudão, o país mais extenso do continente africano, vive desde sua independência em 1956 uma situação de conflito inter-religioso, que foi aumentando década após década, até chegar na década de noventa a uma situação insustentável, condenada repetidas vezes pela comunidade internacional.

Desde sua independência, o país teve a aspiração de converter todo seu território em terras do Islã. O processo de arabização e islamização foram constantes e prova disso foi a introdução da Lei Islâmica em 1983 pelo Presidente Nimeiri. O fato originou uma guerra civil que perdura até hoje e que foi crescendo provocando morte e destruição, principalmente a partir do golpe de estado realizado pelo exército sudanês em junho de 1989 e respaldado pelo líder dos "Irmãos Muçulmanos", Dr. Hasan Al-Turabi, "eminência cinza" do regime.

Apesar da Constituição afirmar que o Sudão é um país pluri- religioso, na prática o governo trata ao Islã como a religião de Estado.

Iniciou um processo de radical arabização e islamização de todo o território nacional, sendo isto um dos maiores e mais importantes objetivos da revolução. Assim pois, as minorias cristãs e outras minorias foram duramente prejudicadas, o que originou a reação dos bispos católicos, que na Carta Pastoral A Verdade vos fará livres (26) condena o governo por sua campanha discriminatória de islamização e execução da Lei Islâmica, que está levando o país à desarmonia e é uma barreira que impede uma verdadeira, justa e duradoura paz no Sudão.

O yihad

Outro obstáculo para a paz foi a proclamação da guerra santa (yihad) contra o sul do país em 1992. A isto, colaborou a criação da Força da Defesa Popular (PDF), em fins de 1989, com a concreta finalidade de converter todo o território sudanês em um estado islâmico de inspiração fundamentalista, cujo artífice foi Hasan Al-Turabi, e que pretende impor o fundamentalismo islâmico puro e duro no Sudão para logo estendê-lo a outros países da África e do mundo.

Logicamente, este novo Governo sudanês ocasionou uma clara e aberta perseguição dos cristãos, tornando a guerra civil do Sudão em uma autêntica guerra de religiões. Esta situação levou aos bispos a publicar uma série de cartas pastorais em apoio às comunidades cristãs e acusando abertamente o governo por sua política discriminatória contra as minorias cristãs no país. Digna de menção é a carta pastoral A verdade vos fará livres e Unidos e Fiéis onde se exorta aos cristãos a permanecer fiéis a sua fé apesar da situação de perseguição, com a escalada da guerra santa no Sul, a destruição de campos de refugiados, restrições de ajuda humanitária, prisões arbitrárias, detenções, torturas, expulsão de sacerdotes e religiosos de seus postos de trabalho, fechamento de igrejas e centros de atividades eclesiásticas, processo de arabização e islamização, etc. Situação esta, que não favorece o processo de paz, cada vez mais distante, a causa da violência e das restrições dos mais fundamentais direitos humanos.

Testemunhos cristãos

"O fundamentalismo islâmico é de por si violento. Estes violentos estão dispostos a tudo, também a ataques terroristas. Por isso, o fundamentalismo islâmico alimenta o terrorismo e inclusive a determinação a lutar (...). O elemento religioso é utilizado pelos árabes muçulmanos como desculpar para combater aos africanos: aqueles dizem que o Islã está ameaçado pelos infiéis, a quem são chamados cristãos", disse o bispo de Yei, Dom Erkolano Lodu Tombe.

A Guerra Santa continua e quase dez anos depois somente cabe dizer que as conseqüências soa nefastas: bombardeios aéreos contra população civil, criando destruição, trauma e morte; ações perversas das milícias muçulmanas que provocam assaltos, seqüestros, escravidão e violações; destituições, roubos de casas e de propriedades; deslocamentos forçados de massas de gentes com milhões de refugiados, etc.

O papel da Igreja

A Igreja católica sempre trabalhou em um espírito de coexistência pacífica e de abertura religiosa. Desgraçadamente, a Igreja sempre foi considerada como uma igreja estrangeira, influenciada pelos poderes colonialistas. Mais ainda, os cristãos encontram-se em fogo cruzado: os árabes no norte e a guerrilha no sul.

O norte a considera como amiga e mantenedora das guerrilhas; portanto, é inimiga do Sudão. O certo é que a Igreja manteve-se sempre à margem de qualquer ideologia política e a única coisa que fez foi defender a justiça e a paz no país. Com esta finalidade, pronunciou-se repetidas vezes em defesa dos direitos humanos, particularmente a liberdade religiosa no Sudão.

A Igreja católica enfatiza incessantemente que não é uma Igreja estrangeira, mas sudanesa, e que seu trabalho se orienta principalmente a:

Defender os direitos de seus fiéis como a liberdade de praticar sua fé; seu direitos a não ser submetida ao processo de arabização e islamização levado a cabo até hoje pelo governo;
defender os cristãos submetidos a toda classe de perseguição; promover a justiça, defender a dignidade humana e os direitos humanos denunciando continuamente as conseqüências devastadoras da guerra civil no sul.

A Igreja acredita no diálogo, porque é essencial para alcançar a paz e a reconciliação, destacando que todas as partes têm que colaborar, principalmente o governo que deve preparar o terreno para tal diálogo de paz, um diálogo que o Governo prometeu nas que não cumpriu.

Direitos humanos e lei islâmica

O tema dos direitos humanos está no centro da tormenta já que se quer impor a toda a nação um modelo de estado islâmico, baseado na aplicação da lei islâmica.

Nas últimas décadas, a comunidade muçulmana esforçou-se por buscar uma alternativa à Carta Universal dos Direitos Humanos de 1948 por meio de outra Carta que fora menos leiga e mais em linha com os princípios da religião islâmica. Assim surgiram a Declaração dos Direitos Humanos no Islã (1981), a Declaração dos Direitos Humanos do Cairo (1990), e a Carta Árabe dos Direitos Humanos (1994). Com elas, os muçulmanos tentam dar aos direitos humanos um fundamento confessional já que todo direito provém de Deus.

Por outro lado, a aplicação da lei islâmica, como no caso do Sudão, provoca não poucas críticas por parte da comunidade internacional ocidental. A visão cristã/ocidental vê na aplicação da lei islâmica uma série de críticas contra violações dos direitos humanos mais fundamentais:

a pena capital por apostasia (ridda);

as penas corporais (hudûd);

e finalmente três desigualdades: a superioridade do homem sobre o escravo, do muçulmano sobre o não-muçulamano, e do homem sobre a mulher.

Todos estes elementos vão contra os direitos humanos mais fundamentais pelo que a aplicação da Lei Islâmica viola os direitos humanos e origina discriminação, onde os cristãos sofrem as conseqüências de um regime totalitarista.

Obstáculos para o diálogo

O fundamentalismo islâmico continua sendo um obstáculo para o verdadeiro diálogo.

De fato, o Papa João Paulo II, em sua exortação apostólica Ecclesia in Africa, insta claramente: "Cristãos e muçulmanos estão chamados a comprometer-se na promoção de um diálogo imune aos riscos derivados de um irenismo de má lei ou de um fundamentalismo militante, e levantando a voz contra políticas e práticas desleais, assim como contra toda falta de reciprocidade em relação à liberdade religiosa".

No Sudão, esta reciprocidade em relação à liberdade religiosa, brilha por sua ausência por parte do Governo fundamentalista de Jartum; por isso a Igreja continua lutando pela justiça e a paz.

domingo, 26 de setembro de 2010

O homem moderno e a rejeição de Deus

19/01/2010 por Everth Queiroz Oliveira


Nestes últimos séculos tentou realizar a desagregação intelectual, moral, social, da unidade no organismo misterioso de Cristo. Ele quis a natureza sem a graça, a razão sem a fé; a liberdade sem a autoridade; às vezes a autoridade sem a liberdade. É um “inimigo” que se tornou cada vez mais concreto, com uma ausência de escrúpulos que ainda surpreende: Cristo sim, a Igreja não! Depois: Deus sim, Cristo não! Finalmente o grito ímpio: Deus está morto; e, até, Deus jamais existiu. E eis, agora, a tentativa de edificar a estrutura do mundo sobre bases que não hesitamos em indicar como principais responsáveis pela ameaça que pesa sobre a humanidade: uma economia sem Deus, um Direito sem Deus, uma política sem Deus”.

(Papa Pio XII, Alocução à União dos Homens da Ação Católica Italiana, 12 de outubro de 1952; via En Garde!)

A sociedade moderna experimentou, nos últimos séculos, algumas revoluções que contrariaram explicitamente com a moral exposta pela Santa Igreja Católica. Dom Estêvão Bettencourt afirmou que esses eventos foram os três NÃOs do homem a Deus.

- O primeiro NÃO foi dado à Igreja. Pio XII faz uma clara alusão, em seu discurso, à Reforma Protestante. Para Lutero, Calvino e outros reformistas, seria possível crer em Cristo sem crer na Igreja. Nada mais enganoso. O fato do Cânon das Escrituras ter sido estabelecido justamente pela Igreja Católica exige a fé também na Igreja. Mais que isso: Santo Agostinho chega a afirmar que, não fosse a autoridade da Igreja Católica, ele certamente não creria na Bíblia. Mas vem o protestantismo e tenta pregar uma realidade totalmente diferente daquela exposta pelos Santos Padres da Igreja: Não, dizem os rebeldes, nós não precisamos da Igreja, nem dos sacramentos, não precisamos de Tradição, nem de Magistério.

Lutero se rebelou contra o próprio Deus. A Bíblia põe como inseparável a união entre Cristo e a Igreja. Diz que Cristo é a cabeça da Igreja (cf. Cl 1, 18). A pergunta é: será possível amar a cabeça da Igreja sem amá-la inteira? Será possível amar a Cristo sem amar sua Esposa, santa e imaculada, a Igreja? Se a mentalidade contemporânea vai tendendo cada vez mais ao relativismo e àquela idéia errônea de que “qualquer religião salva”, grande é a responsabilidade do protestantismo. Ele introduziu – dentro do próprio cristianismo – uma idéia particularista do homem e uma concepção cômoda de salvação. Para salvar-se, basta que o homem aceite Jesus como seu Salvador. A necessidade da Igreja que foi constantemente proclamada por toda a Cristandade durante mais de dez séculos é uma grande farsa. O homem corta a cabeça da Igreja para si e despreza o Corpo.

- O segundo NÃO foi dado a Cristo. Não demorou muito para que o espírito do protestantismo se infiltrasse na sociedade daquele tempo. O homem virou a sua face à Igreja e agora despreza ao próprio Cristo; age, agora, com indiferença diante da Divindade. Despreza a Misericórdia de Deus que nos é dada no menino de Belém. O Papa Pio XII faz clara alusão à Revolução Francesa: os filósofos iluministas, inimigos da Igreja, passam a pregar um Deus criador, mas que não interfere na história. É um Deus que deixou o homem livre, à deriva. Negam-se, a partir dessa idéia, concepções fundamentais da nossa fé: o desprezo do dogma do pecado original e a necessidade do batismo para a salvação, além da reafirmação aquela idéia relativista de que não é preciso estar incorporado visivelmente a nenhuma instituição religiosa para se salvar. Basta crer em Deus. Cristo não importa.

O protestantismo desprezou o Corpo da Igreja. Para se desprezar a Sua Cabeça – Jesus Cristo – não precisa muito. A Revolução Francesa apenas “deu esse passo” e concretizou a rebelião protestante. Mas concretizou-a de uma forma violenta e opressiva. Hoje sabe-se que milhares de cristãos – em especial religiosos e sacerdotes – foram mortos na Revolução Francesa.

- O terceiro NÃO, por fim, foi dado ao próprio Deus. Nietzsche bradou: “Deus está morto”. Marx estabeleceu: “A religião é o ópio do povo”. Surge o comunismo. Regimes totalitários como o nazismo na Alemanha, o socialismo na Rússia, na China e em Cuba, cometem infames atrocidades contra o homem: calcula-se que foram mortos, pelos regimes socialistas, mais de 10 milhões de pessoas. Todos aqueles que não compactuavam com os pensamentos revolucionários marxistas eram mortos em nome de uma sociedade mais justa, onde o proletariado governaria e todos os problemas da humanidade – fome, miséria e desemprego – seriam solucionados.

E qual a relação entre todos esses crimes cometidos pelo socialismo e o ateísmo? Ora, negada a existência de Deus, negada também está a necessidade de nos submetermos aos ensinamentos do Altíssimo. Afirmado o materialismo, o homem não mais precisa considerar o outro como um limite a ser respeitado. Se a morte é o limite e o fim de nossa existência, então a nossa liberdade é drasticamente convertida em libertinagem.

As seqüelas dessas desgraças que a humanidade presenciou nos últimos séculos ainda se fazem sentir. Mas o homem precisa voltar a olhar para Deus, para Cristo, para a Igreja. Precisa voltar a cultivar o amor e a misericórdia pregadas pela religião e transformar todos os NÃOs dados pelo homem em obediência e solicitude. Maria, Mãe de Deus, é um perfeito exemplo de humildade: “Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1, 38). Possamos dizer com ela, ao Pai: Eis aqui, Senhor, Teu servo. Faça-se em mim segundo a Tua Palavra.

D. ESTEVÃO BETTENCOURT E A IDADE DAS TREVAS

A separação entre ciência e ideologia não vem de hoje: remete em sua forma mais acabada à clássica dicotomia weberiana dos Oitocentos, e penso que só minha incultura me impede de datá-la em momento ainda mais remoto. Tal separação cumpriu papel essencial no estabelecimento da metodologia científica das ciências humanas, posto que a busca pela Verdade se desfez dos véus ideológicos capazes de obscurecer o caminho; que na modernidade inúmeros não apenas ignorem essa separação como advoguem explicitamente o teor ideológico da ciência e a necessidade da doutrinação e do fim da Verdade, é falha típica do espírito modernoso, falha que não apenas em nada obscurece ou contesta seriamente o legado weberiano como ainda torna sua justeza mais óbvia aos sensatos, evidente ao se compararem as sandices produzidas pelos ideólogos- de todos os matizes, fique claro- com a clareza e limpidez das análises carentes de paixões. É óbvio que é impossível a neutralidade absoluta: mas a certeza dessa impossibilidade não nos deve- como pensam mui estranhamente alguns- abandonar o caminho, e sim tentar sempre buscar esse impossível.
Mas já não deixaria de haver neutralidade na própria escolha do objeto de estudo? Sim, parece-me afirmativa a resposta. A escolha do estudo já se baseia em interesse do autor, normalmente dotado de alguma conotação ideológica. É sob essa ótica que se devem analisar todos os revisionismos: a princípio se apresentam como científicos, imparciais- buscam muitas vezes maior rigor no método científico que as próprias análises correntes que combatem, usam de linguagem que faz aparentar ter o autor interesses meramente científicos no desvelo da Verdade oculta pelo obscurantismo do senso comum. Bastam porém análises mais ou menos acuradas para se perceber o profundo teor ideológico que acomete a enorme maioria dos revisionismos- experiência pessoal, a título de exemplo: a única contestação profunda a historiografia corrente que conheço e parece prescindir de interesse ideológico é o recente MALDITA GUERRA, de Francisco Doratioto, releitura da guerra do Paraguai que se contrapõe aos panfletos esquerdistas a respeito.
No caso presente nem se faz necessária essa análise acurada: basta atentar para o nome do autor do revisionismo que já se tem idéia dos interesses presentes na análise. A qualquer conhecedor mínimo de formas de tratamento, o "D." que precede o nome de nosso articulista já remete a Dom, o título eclesiástico, o que em se tratando de textos sobre Inquisição já é meio caminho para descobrir as intenções do escritor. Pesquisa rápida na internet mostra D.Estevão como indivíduo ligado a ala tradicionalista da Igreja, votado ao combate contra o "progressismo católico" e defesa dos ideais perenes da crença- isso a despeito de uma polêmica com o lendário Fedeli, da Montfort, o que me lembra que sempre existe alguém mais à direita do que você. Posto isso ficam mais ou menos claras as intenções de D.Estevão: relativizar ou até mesmo, quem sabe, reabilitar historicamente a Inquisição. Digo mais ou menos pois segue o autor a fórmula revisionista expressa acima: busca da imparcialidade e do cientificismo a não mais poder, o que nos impede de precisar exatamente as intenções dele- me arrisco a dizer que há algo de proposital aí, a já clássica "confusão retórica", instrumento milenar e absolutamente eficaz que permite ao retórico defender e criticar uma pluralidade de opiniões diversas ao mesmo tempo, estando ele apto para se esvair de uma crítica alegando que não quis dizer o alegado pelo crítico, mas sim exatamente o seu oposto.
Mas o que se pode depreender dos textos de D.Estevão? O texto principal nos fornece uma luz em sua "Avaliação", votada a "formular um juízo sobre a Inquisição medieval[inquisição levada a cabo em séculos XII/XIII, contra cátaros e valdenses; comentário meu]". Esse tópico subdivide-se em quatro outros, que merecem análise crítica:
1)Tem-se aqui explicação da Inquisição que perpassa os demais textos, sendo uma das teses principais do autor: a existência de ambiente cultural/espiritual na época condizente com as práticas inquisitoriais. Evoca-se aqui o "amor à fé", sua vitalidade e espontaneidade; o povo abominava heresias, tinha viva fé no ideário católico, clamava por punições aos hereges, não raro se antecipando à Igreja nessas punições como excedendo a moderação recomendada pelo clero.
Essa é talvez a pedra de toque dos artigos e é impressionante sua fragilidade, não perceptível apenas àqueles que movidos pela visão de mundo que ainda aqui se criticará. A análise de D.Estevão é no mínimo contestável, mas não é isso que aqui se pretende: assumamos que ele está correto, e a massa medieva de fato via como excelente o queimar seres humanos considerados como perniciosos ao corpo espiritual comunitário. É preciso demonstrar o caráter coletivista de uma afirmação que justifique o ato baseado nessa concordância da maioria? A estar realmente o Ocidente dividido entre duas éticas, fica clara aquela que move o pensamento de D.Estevão: é a coletivista, e em seu ápice mais nefasto. Comparação batida, mas rápida e incisiva: a supor correta a tese de alguns historiadores- p.ex Daniel Goldhagen, OS CARRASCOS VOLUNTÁRIOS DE HITLER- a população alemã contribuiu decisivamente para a política anti-semita, conhecia bem suas linhas gerais e a apoiava; ela observava o judeu exatamente como um desagregador, alguém que desestabilizava senão o corpo espiritual, ao menos o corpo social alemão. Isso justifica os formos crematórios?? A crença da maioria na imoralidade e perversidade de uma minoria condena esta a padecer? Essa visão de democracia é exatamente a coletivista, antítese máxima da visão liberal que compreende a democracia exatamente como a possibilidade de decisão de maioria QUE RESPEITE OS DIREITOS DE UMA MINORIA, PRINCIPALMENTE DA MAIS ABSOLUTA MINORIA MODERNA, O INDIVÍDUO.
Cumpre ainda notar a elegia que se tece a esse tipo de fé, obviamente nublada pelo cientificismo de praxe; se os medievais tinham "profunda consciência do valor da alma e dos bens espirituais" e sua fé era "viva e espontânea" e isso é explicação para a Inquisição; se a função da Igreja não é- me critiquem católicos caso eu esteja errado- exatamente recuperar essa fé viva, espontânea e profunda...conclui-se que quanto mais a Igreja recuperar seu poder de outrora sobre as consciências mais próximos estaremos de uma nova Inquisição?
2)Aqui D.Estevão dança ao ritmo do samba-do-clérigo-doido: usa de singulares abstrações conceituais completamente desprovidas de empirismo ou mesmo exemplificações simples para defender disparidade entre categorias de justiça medieva e moderna, como de praxe valorando implicitamente sua preferência pela primeira; seriam os medievais lógicos e os modernos sentimentais, a despeito da conhecida e notória tendência a impessoalidade jurídica crescente no Ocidente durante o desenvolvimento do liberalismo; se hoje observamos sim um certo sentimentalismo crescente deve-se sem dúvida ao também crescente poder do coletivismo- e não creio que D.Estevão ignore isso.
3)A culpa foi das autoridades civis. O processo de transferência de responsabilidades é natural após as hecatombes: os comandantes dos campos de concentração obedeciam apenas ordens superiores. Aqui fica a pergunta: existiria Inquisição não fosse a Igreja? Poderiam sim permanecerem perseguições levadas a cabo por autoridades seculares, mas foi a Igreja a sistematizadora do processo e quem auferia em grau máximo, celestial inclusive, legitimidade às práticas dos governantes terrenos. Não fosse capaz de controlar o tigre não o soltasse; à culpa respondem não apenas os autores do delito mas também os que o permitiram, mesmo que por tibieza.
4)Sim, havia os malvados. Mas esses eram minoria, algo absolutamente natural em qualquer sistema repressivo. Os guardas da SS que espancavam os judeus eram minoria absoluta, cumpria a eles apenas contê-los e levá-los placidamente às câmaras de gás, em fila indiana. Da mesma forma a Igreja condenava os abusos: que se leve adiante a tortura, mas, por favor!, sem mutilação de membros ou perigo de morte, como advertia seriamente o sem dúvida boníssimo Papa Inocêncio IV.
Há absurdos muitos nesse e demais textos da série para analisá-los um a um, e antes de passar às óbvias conclusões citarei apenas tragicomédias particularmente esdrúxulas:
a)página 4 do texto principal, item 7: "Segundo as categorias da época, a Inquisição era um progresso para melhor em relação ao antigo estado de coisas, em que as populações faziam justiça pelas próprias mãos". Concordo, era um progresso- ao se conceituar "progresso" como a tendência a racionalização weberiana. Da mesma forma, segundo o mesmíssimo raciocínio- população justiceira inclusive- os campos de concentração foram um progresso em relação aos pogroms.
b)página 5, ainda do texto principal: apenas para não deixar passar que São Tomás, o Douto, aquele que nos é recomendado por neodireitistas inúmeros como receptáculo da sapiência filosófica universal, ignorado nas cátedras universitárias pelos terríveis ateus, sim, este mesmo, adjetivado a exaustão nessa frase extensa...defendia sem maiores pendores a pena de morte para os hereges. Eu, herege, me rejubilo com a vitória liberal sob os escombros da civilização do Santo Padre, e agradeço ao Divino- este que sem dúvida não desfruta da companhia do Padre tolerante- e aos libertários de outrora a minha presente existência física.
c)Texto sobre Inquisição espanhola, tópico sobre Tomás de Torquemada: "este religioso foi movido por sincero amor e verdadeira fé, cuja integridada lhe parecia comprometida pelos falsos cristãos; daí o zelo extraordinário com que procedeu". Ah, belíssimo. A descontar o eufemismo simpático- "zelo extraordinário" a substituir "instinto genocida"- fica a conclusão óbvia: possuidor de bons sentimentos, és dotado de salvo-conduto para o que bem o desejar. Isso nos leva a universo amplo que vai das sandices de Molusco aos genocídios vermelhos, passando pelo zeloso Torquemada- ou crê o distinto D.Estevão que os comunas são seres malignos por excelência, hostes diabólicas que aqui aportam apenas para praticar o consciente mal? Se assim pensa o corrijo: a maioria dos vermelhos é dotada de excelentes sentimentos e crê estar realizando bem supremo com suas engenharias sociais e planejamentos. Se o Grande Timoneiro foi provavelmente um grande crápula, a maioria dos jovens que exibia seus livros vermelhos acreditavam estar a salvar a humanidade da perdição- exatamente como Torquemada, o piedoso.
Creio que basta. O leitor desejoso encontrará mais imbecilidades totalitárias nesses mesmos dois textos e nos demais que completam a obra inaugural do clérigo no Mídia sem Máscara. Parto às óbvias conclusão:
Sempre que a moral privada transcender sua esfera e se confundir com moral de Estado a humanidade correrá riscos imensuráveis até mesmo na cabeça dos planejadores coletivistas; talvez a maior contribuição da ideologia liberal aos povos da terra seja essa, em muito superior a questões econômico-mercadológicas: o Estado deve buscar a amoralidade; transpôr uma moral para a raison d` etat será sempre a transposição de determinada moral, mesmo que compartilhada pela totalidade dos membros da sociedade. Tal moral no mínimo criará dificuldades ao desenvolvimento de morais privadas a ela opostas e, como de praxe plenamente ciente de sua superioridade absoluta sobre as outras concepções de mundo, não tardará a se transformar em totalitarismo deplorável.
E termino aqui com chamado aos liberais genuínos: é isso que pede nossa oposição, é isso que nos impele à luta: o combate ao totalitarismo travestido de Moral Suprema. A persistir a anomia liberal- quando não a conivência ou mesmo colaboração- só nos restará no futuro escolher entre dois totalitarismos: o trajado com o macacão proletário ou aquele que verga a bata clerical: os gulags ou as fogueiras; "1984" ou "A Handmaid`s Tale"; Mujiques ou Ultramontanos. E teremos nova Era das Trevas, de escuridão muito mais densa que suas precedentes.
Felipe Svaluto Paúl(Lighting the fires of liberty-one heart at a time)

CINCO PRECONCEITOS CONTRA O AUMENTO DA POPULAÇÃO

(Dom Estêvão Bettencourt. Pergunte e Responderemos, n.º 511, janeiro 2005, p. 29 a 33)

Em síntese: Quem percorre a bibliografia referente à questão demográfica, verifica haver cinco principais preconceitos contra o aumento da população, preconceitos mais imaginários do que realistas, a saber: 1) as previsões de Tomás Roberto Malthus; 2) o esgotamento dos recursos; 3) a escassez de alimentos; 4) a superpopulação como causa de pobreza; 5) a defesa do futuro.

* * *

O advogado argentino Jorge Scala em seu livro "IPPF: A multinacional da morte" (ver PR 505/2004, p. 294), apresenta sete slogans ou sentenças sobre aumento demográfico, mal fundamentadas, que os meios de comunicação social difundem, suscitando amedrontamento ou mesmo pânico.Também cita fatos que desmentem tais preconceitos oferecendo ao público aspectos da questão geralmente silenciados; ver pp. 277-287. Examinaremos, a seguir, cinco desses preconceitos.

1. As previsões malthusianas

Em 1798 o pastor (ou ministro do culto anglicano) Tomás Roberto Malthus publicou o livro "Ensaio sobre o Princípio da População", em que afirmava ser o crescimento da população infinitamente maior do que a capacidade da terra para produzir alimentos.

Para tanto recorria ao confronto de um numerador fixo com denominador variável.O primeiro (numerador fixo) seriam os recursos naturais finitos (o mesmo campo, com os sucessivos cultivos produz cada vez menos); o denominador variável seria a população do globo que vai crescendo em forma exponencial ou geométrica. Na base de seus cálculos, Malthus previu que, um século depois, em 1898, a Inglaterra teria 112 milhões de habitantes e alimentos apenas para 35 milhões; ora em nossos dias a Inglaterra ainda está nos 58 milhões de habitantes! A nível mundial Malthus calculou que em 1998 haveria 128 bilhões de habitantes, quando na verdade estamos entre 6 e 7 bilhões.

Malthus não levou em conta a inteligência e a liberdade do homem, que não está sujeito a ritmos de comportamento inexoráveis e que pode aplicar sua inteligência à descoberta de novos meios tecnológicos para prover às suas necessidades.

Refletindo sobre esses dados, verificamos que não é possível submeter a pessoa humana a esta medição matemática, "Porque cada ser humano é distinto dos demais e, além disso, cada pessoa é livre, não se podem predizer nem projetar seus comportamentos, já que nem sequer cada um de nós é capaz de prevê-los para si mesmo. Por isso, falham todas as predições demográficas. Por exemplo, um Boletim do Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou em 1969, com dados das Nações Unidas, que a população mundial chegaria no ano 2000 a 7.500 milhões. Em 1974 o FNUAP afirmou que essa quantidade seria de 7.200 milhões. Em 1976, que seria 'aproximadamente' de 7.000 milhões. Seu prognóstico em 1978 foi de 5.800 milhões" (p. 279).

2. O esgotamento dos recursos

A Conferência das Nações Unidas para a Conservação dos Recursos previu para 1975 o fim das reservas de chumbo, cromo, zinco e cobre neste mundo. Ora, em vez de se esgotar, tais reservas aumentaram respectivamente 115%, 675%, 61% e 179% durante o período focalizado. Em nossos dias após novas pesquisas e explorações as reservas mais ainda aumentaram. Nenhum mineral foi esgotado no decorrer da história.

Arauto do esgotamento de recursos foi Paul Erhlich em seu livro "A Bomba da População", datado de 1968. Afirmava que a Inglaterra desapareceria no ano 2000. E acrescentava:

"A batalha para alimentar toda a humanidade terminou. Em 1970 o mundo sofrerá privações, centenas de milhões de pessoas morrerão de fome, apesar dos programas de emergência que se estabeleçam agora. Nestes momentos, já nada pode impedir um incremento substancial na taxa de mortalidade mundial" (615). Obviamente nada disso ocorreu. Sem embargo, em 1990, Paul Erhlich animou-se a escrever "A Explosão Demográfica", outro livro-catástrofe, com erros similares, mas sem o êxito editorial do anterior.

"Global 2000": Tratou-se de um relatório ao Presidente Carter, redigido em 1980. Esse trabalho foi refutado em 1984, por um grupo de especialistas encabeçados por Julian L. Simon e Herman Kahn, em um estudo intitulado "The ResourcefuI Earth", onde seus autores afirmam, entre outras teses, que: "1. A expectativa de vida aumentou aceleradamente em todo o mundo, como resultado dos avanços demográficos, científicos e econômicos... o abastecimento de alimentos (pelo menos desde a II Guerra Mundial) tem melhorado, se medido pelo preço dos grãos, pela produção para o consumo e pelas taxas de mortalidade por fome... 12. Os recursos minerais se estão convertendo em menos e não em mais escassos", etc. (cf. pp. 281 s).

3. Escassez de alimentos

O Prêmio Nobel Teodoro Schultz afirmou que o solo se está desgastando, os recursos naturais vão acabando, a terra cultivável já não produz os alimentos necessários à população, que vai crescendo no mundo inteiro e não tardará a sofrer cruciante fome...

Ora entre 1950 e 1980 a produção de alimentos per capita aumentou em 49%. Respeitáveis estudos julgam que há possibilidade de alimentar 39 bilhões de habitantes sobre a Terra, mesmo que as atuais técnicas agrícolas não sejam ainda mais aperfeiçoadas. Se existe fome no mundo, ela se deve a guerras, à má distribuição de riquezas, à falta de solidariedade entre os homens.

Aliás, há quem julgue que os recursos que a natureza oferece aos homens são, de certo modo, inesgotáveis. Com efeito, o ser humano, aplicando sua inteligência, está sempre a melhorar o rendimento de tais recursos; assim, por exemplo, um hectare de terra produz hoje muito mais do que há três mil anos. Com outras palavras: o homem explora cada vez mais o potencial dos elementos que o cercam.

Além disto, é de notar que muitos recursos de antigas civilizações foram substituídos por outros mais recentes e mais eficazes.

4. Superpopulação como causa de pobreza

O Prêmio Nobel de Economia, Hayek, em seu livro "Nossa Herança", observa:

"Não é certo que o aumento de população conduz ao empobrecimento. Não temos traço algum de história que o comprove... Não se conhece caso em que o aumento demográfico tenha levado ao empobrecimento" (p. 283).

Esta sentença pode apoiar-se sobre numerosos casos reais como, por exemplo, o de Taiwan: entre 1964 e 1973 registrou-se nesta ilha um crescimento demográfico anual médio de 2,57 (o que é catastrófico para o desenvolvimento econômico, segundo Malthus).Eis, porém, que nesse mesmo período a renda per capita cresceu 203%; a poupança líquida 796%; o PIB 260% e o valer das exportações 1.040%.

Em Hong Kong, entre 1960 e 1980 a população cresceu 2,8% ao ano e o PIB 7% ao ano; a população aumentou 50%, mas os salários duplicaram.

"A lei econômica segundo a qual a uma maior população corresponde proporcionalmente uma maior riqueza, que cobre com acréscimos o crescimento demográfico, tem uma explicação vital: É lei de vida que os pais de uma família numerosa - em geral - trabalhem mais do que os de uma família pequena, para cobrir suas maiores necessidades. Por sua vez, é freqüente que ao entrar na adolescência, muitos filhos de famílias numerosas comecem a trabalhar (uma boca a mais são também dois braços e uma inteligência a mais para trabalhar). Isso que acontece em nível de famílias, sucede também em nível de países, e explica que as nações com maior crescimento demográfico (subdesenvolvidas ou não) sejam as que têm um crescimento econômico proporcionalmente mais alto" (p. 283).

5. A suposta defesa do futuro

Os defensores do controle da natalidade argumentam que, baixando as taxas de natalidade, defendem o futuro da humanidade. Comprovou-se o contrário. Ao longo de 30 anos de políticas antinatalistas, os países "desenvolvidos" estão envelhecendo a níveis insustentáveis. Pierre Chaunu sintetiza assim: "O vazio que se formou na pirâmide de idades da quarta parte mais inteligente do mundo não tem precedentes. Mesmo se tudo voltasse à ordem no ano próximo, a perturbação provocada por essa mutilação da carne de uma quarta parte do mundo supera, em muito, as perdas provocadas pelas duas grandes guerras mundiais" (624).

"Chama-se envelhecimento (da população) o crescimento da relação entre o número de velhos e o da população total. Uma população inicia o processo de envelhecimento quando, segundo Tabla de Diviliard, cruza a fronteira dos 5,6% de pessoas com mais de 65 anos e 8,8% de pessoas com mais de 60 anos... Como aponta Sauvy, 'o crescimento da população de anciãos não se tem feito, em geral, em detrimento da população adulta... É sobre os jovens que repercute aquele crescimento, ocasionando seu descenso... A estreita relação entre o envelhecimento e a esterilidade voluntária tem uma importância sociológica. Justificada ou não, a negativa de dar a vida tem reduzido a vitalidade das populações... O antídoto é claro: não deixar debilitar-se a natalidade; acautelar-se com a nova situação, dirigir voluntariamente o olhar ao porvir" (625). Falando de toda a Europa, Zurfluh nos diz que "com uma taxa de 1,87 filho por mulher, os menores de 20 anos já são menos que os maiores de 60 anos. Acima desta cifra a situação se torna cada vez mais extrema. A Alemanha, com uma taxa de 1,3 filho por mulher, terá, dentro de pouco tempo, duas vezes mais pessoas maiores que jovens" (626). Atualmente, "os dados mais preocupantes fazem referência à queda de natalidade na Europa, cujo crescimento demográfico segue uma linha descendente desde 1984, cada ano mais acelerada e cuja taxa de crescimento natural (descontando a imigração) situa-se em 1,1 por mil. Em 1993 nasceram no Espaço Econômico Europeu (a Europa dos 17) 4,19 milhões de crianças, 110.000 a menos que em 1992, o que supõe uma taxa de fecundidade (filhos por mulher em idade fértil) de 1,5, muito abaixo do limite mínimo para que se renovem as gerações (2,1). As taxas de natalidade passaram de 11,5 por mil em 1992 a 11,2 em 1993. Apesar disso, no último ano a população européia experimentou um ligeiro crescimento de 0,39% (1,5 milhão de pessoas a mais), devido principalmente às migrações... A baixa taxa de natalidade chegou a tal ponto que em 1993, pela primeira vez desde 1960, há dois países europeus em que houve mais mortes que nascimentos. Trata-se da Alemanha (com um balanço de + 96.000 falecimentos) e Itália (+ 3.600) (627).

Em 1994, a situação da Itália piorou. Com efeito; "o futuro do país europeu se apresentará cheio de problemas se não se conseguir reverter o rápido envelhecimento da população em um Estado onde, em 1994, morreram 584.081 pessoas. Paradoxalmente, a expectativa de vida não pára de crescer entre os italianos. Este fenômeno do aumento do número de mortos em um marco de prolongamento dos anos de vida, é conseqüência de que a porcentagem de anciãos é cada vez maior, comparada com o total da população. Em 1994 houve 20.675 mais mortes que nascimentos (628).

A população do Japão está batendo um dos recordes mais temidos no mundo ocidental: o envelhecimento. Segundo os últimos dados, no ano 2025 será o país com mais velhos do mundo. A população japonesa chegará a seu nível máximo no ano 2007 e estará composta por 20% de pessoas com mais de 65 anos, estima o Instituto de Investigação Demográfica de Nihon... A proporção de pessoas com mais de 65 anos ascenderá de 12% em 1990 a 17% em 2000 e se situará em 20% em 2007, a porcentagem mais alta do mundo. Além disso, a maioria dos anciãos viverá sozinha no futuro. De 11% em 1990, passar-se-á a 18% em 2025... Para burlar este destino fatídico, Siroku Kajiyhama, secretário do partido liberal-democrata, atualmente no poder, pediu aos matrimônios japoneses que tenham como mínimo três filhos a partir de agora, único remédio que pode salvar a próxima geração de japoneses de perder seu tradicional 'espírito de competência', indispensável em uma economia de mercado. 'Vocês não precisam ter dez filhos, mas somente entre três e cinco', pediu Kajiyhama, referindo-se a seu exemplo pessoal, pois ele mesmo é pai de dez filhos. Segundo o secretário geral, as famílias numerosas desenvolvem o espírito de competência entre as crianças" (pp. 284s).

Estas e muitas outras informações, sobre o assunto podem ser colhidas no livro de J. Scala "IPPF. A Multinacional da Fonte" editado pelo Comitê Pró-Vida de Anápolis, C.P. 456, 75024-970 Anápolis (GO); tel. (62) 321-2102 - Telefax (62) 321-0900.

sábado, 25 de setembro de 2010

Por que não sou ateu

O Ateísmo deixou de ser uma militância. Dificilmente vemos hoje em dia pessoas apregoando o ateísmo. Na verdade o que é muito comum é o ateísmo prático ou o indiferentismo. Poderíamos dizer que o homem moderno não precisa mais de Deus. Os avanços da tecnologia em todas as áreas, levam o homem a se divinizar e achar que tudo pode. Uma pergunta que muitos ateus práticos podem fazer a um cristão: "Você realmente crê em Deus e acha que religião trará felicidade?" Esta pergunta é freqüente mesmo na internet, é só procurar nos sites certos e acharemos centenas de pessoas que estão indiferentes a Deus. É comum, também, se pensar que a ciência nega a religião, muito pelo contrário, vejamos algumas frases de cientistas famosos.

"Para onde quer que se dilate o nosso olhar, em parte alguma vemos contradição entre Ciências Naturais e Religião; antes, encontramos plena convergência nos pontos decisivos. Ciências Naturais e Religião não se excluem mutuamente, como hoje em dia muitos pensam e receiam, mas completam-se e apelam uma para a outra. Para o crente, Deus está no começo; para o físico, Deus está no ponto de chegada de toda a sua reflexão". MAX PLANK - Prêmio Nobel de 1928

"Todo profundo pesquisador da natureza deve conceber uma espécie de sentimento religioso, pois não pode admitir que ele seja o primeiro a perceber os extraordinariamente belos conjuntos de seres que ele contempla. No universo, imcompreensível como ele é, manifesta-se uma inteligência superior e ilimitada - A opinião corrente de que sou ateu, baseia-se sobre grande equívoco. Quem a quisesse despreender de minhas teorias científicas, não teria compreendido o meu pensamento". ALBERT EINSTEIN - Físico Alemão - Prêmio Nobel de 1921

Nas pesquisas sobre a pré-história podemos verificar que o homem já tinha uma religiosidade. Uma das primeiras coisas que se nota é o sepultamento dos mortos, por respeito e esperança de uma vida póstuma. No decorrer dos séculos podemos acompanhar a evolução humana e verificar que a religiosidade sempre acompanhou o homem neste mundo. Muitas expressoões de religiosidade foram desvirtuadas pela maldade do homem, havendo até sacrifícios humanos, principalmente de crianças. O homem foi percebendo que as coisas deste mundo não bastavam para responder às suas perguntas mais básicas: "De onde vim? Para onde vou? Como explicar as maravilhas da natureza?" Dai o homem, em todas as partes do mundo, desde o princípio da sua existência, acredita em um ser Superior, um Criador.

Muitas pessoas perguntam: "Pode Deus existir, se há tanta miséria e maldade no mundo que Ele criou?" A resposta é simples: O mal não é uma realidade positiva; é, antes, uma carência ou falta de algo que deveria existir e não existe. Assim a cegueira é um mal, porque é carência de visão em quem a deveria ter; a violência é um mal porque é carência da finalidade devida no comportamento de um homem inteligente e hábil. A miséria no mundo é geralmente causada pela ganância e pelo egoísmo de pessoas que centralizam poder e dinheiro em suas mão, deixando irmão passar fome e viver no completo abandono. O capitalismo atual é o principal responsável por esta mentalidade egoísta e pagã. Leia no livro dos Atos dos Apóstolos, no capítulo 2, versículos 44 e 45: "Os fiéis viviam todos unidos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e seus bens, repartindo tudo entre todos, conforme a necessidade de cada um". Se no mundo atual houvesse tal partilha dos bens que Deus criou para todos, a pergunta do início deste parágrafo não teria razão para ser feita.

A busca do prazer a qualquer preço é outra barreira à religiosidade. Cada vez mais a maioria da pessoas procuram o prazer carnal e deixam a Religião. Ora, se uma pessoa deseja viver ao seu modo e procura uma "religião" que se adapte ao seu pensar; na verdade está procurando uma justificativa para seus atos, e não um Ser Supremo. Não podemos, e nem tão pouco devemos, desejar adaptar Deus a nossa vontade, o contrário disto é que deve ser feito. Devido a esta "religião particular" é que o mundo está fervilhando de propostas das mais descabrosas.

CONCLUINDO

"Não sou ateu, porque sei que, se procurasse viver sem Deus, sem a convicção de que existe um Bem Infinito que me fez e aguarda, eu não poderia responder às questões fundamentais de todo ser humano: De onde venho? Para onde vou? " Padre Dom Estêvão Bettencourt - O.S.B. (Ordem de São Bento)

Uma história que não é contada

Objetivo:
 Demonstrar, ao longo da história, a contribuição inestimável da Igreja Católica para a construção de nossa civilização, nos campos da razão, arquitetura, agricultura, arte, música, ciências etc.

OS TEMPOS BÁRBAROS (400-1050)

 A civilização romana desaba com as invasões dos povos bárbaros.
 600 anos onde se formaram várias civilizações, uma verdadeira encruzilhada na História onde a Igreja serviu como GUIA ESPIRITUAL E MORAL de todos estes povos bárbaros que ocuparam a Europa.
 Nenhuma instituição ficou de pé, somente a Igreja Católica.
 A Igreja, através de seus bispos e missionários, dedicou-se à ação evangelizadora desses povos.
 Os pagãos acharam ALTAMENTE SIGNIFICATIVO o anúncio do Evangelho, das verdades cristãs.
 Os Bispos tiveram que assumir tarefas de ordem temporal, pois o Ocidente se achava debaixo das invasões bárbaras e os Imperadores, residentes em Bizâncio (Oriente), pouco se importavam com o povo que estava sofrendo no Ocidente.
 OS BISPOS tiveram que administrar os bens materiais de suas comunidades e protegiam, alimentavam e abrigavam as populações mais carentes.
 PAPA SÃO LEÃO MAGNO (magnífico): Romano, nobre e corajoso. Foi ao encontro do bárbaro Átila, rei dos Hunos, nas proximidades de um lugar chamado Mântua, em 452, convencendo-o a retornar e não destruir Roma e em 455, dirigiu-se ao rei dos vândalos, Genserico, que, atendendo, renunciou de também destruir Roma.
 Alguns Bispos defensores das populações e da civilização:
 São Paulino de Nola (353-431);
 São Máximo de Turim (465);
 São Agostinho de Hipona (430);
 São Hilário de Poitiers (315-367);
 São Pedro Crisólogo de Ravena (450) e muitos outros (S. Clemente de Roma, S.Justino, S.Irineu, S.Policarpo, S.Basílio Magno, S.Gregório Magno, S.Jerônimo, S. Columbão etc (sem mentira, sem violência e sem fraudes)
 FOI A IGREJA QUE SALVOU A CIVILIZAÇÃO DAS INVASÕES BÁRBARAS E ASSEGUROU A UNIÃO DOS HABITANTES DO IMPÉRIO ROMANO, JÁ DESTRUÍDO.
 Sem um governo forte no ocidente, os BISPOS pregavam o evangelho, administravam os bens das comunidades civis, lidavam com os bárbaros, protegiam e alimentavam os pobres, que não podiam fugir para o Oriente. Daí é possível entender porque a Igreja liderou o Ocidente.
Anexo: A LENDA

O general Aécio, o último dos romanos, já não podia deter Átila.
Quando Átila foi atravessar um rio chamado Núncio, viu um grupo de sacerdotes cristãos, paramentados, se aproximando.
Eram monges e diáconos empunhando cruzes e levantando ao alto OSTENSÓRIOS DOURADOS QUE BRILHAVAM COMO O SOL, cantando hinos e salmos.
No meio deles, um ancião de barbas brancas que orava, Leão Magno, Papa da Igreja.
Átila gritou: – Como te chamas?. – Leão, papa. Átila avançou com seu cavalo dentro do rio e o Papa foi ao seu encontro…
Não sabemos quais foram os argumentos que o papa usou, mas Átila desistiu de atacar Roma.
As lendas falam em intervenção sobrenatural. Átila teria visto, por trás de Leão, um personagem vestido de branco, como um sacerdote que lhe apontava uma espada. Para Deus nada é impossível…

 A IGREJA, NOS SEUS CONVENTOS, PROTEGEU A CULTURA E A ARTE.
 Impediu que a ANARQUIA (o caos) destruísse a Europa, reconstituiu as elites dirigentes (ordem), preparou o renascimento da Civilização, converteu reis bárbaros e preparou a fusão de raças DE ONDE NASCERIA A EUROPA.
 JESUS NÃO PROMETEU “QUE AS PORTAS DO INFERNO JAMAIS PREVALECERIAM CONTRA A IGREJA?” (Mt 16,18)
 A Igreja, durante estes 600 anos de luta, salvou o homem e a Civilização. Guardou toda a doutrina de Cristo e ainda salvou a Civilização.
 HISTORIADORES MUNDIAIS:
 Daniel Rops: “Foi a Igreja, unicamente a Igreja, quem preservou as possibilidades de luz. Graças à Igreja, bem tudo soçobrou”. “Ela soube amar os bárbaros que acabavam de derrubar o mundo romano; soube amar as almas violentas que Cristo chamava, e pacientemente, heroicamente, conseguiu conquistá-las para Ele” (vol II p.615)
 Joseph Maistre: “Nenhuma instituição humana durou dezoito séculos” (DR vol.II, p.617)
 Sem armas e sem violência, mas pela força da fé e pelo amor de Cristo.

O ensino e as Universidades da Igreja

 É calúnia dizer que a Igreja tinha o interesse em manter o povo na ignorância para dominá-lo; os fatos mostram o contrário, e contra fatos não há argumentos.
 No Concílio de Vaison (529) já se expunha por S.Cesário de Arles a necessidade de escolas no campo, e os bispos se dedicaram a isto.
 No 3o Concílio de Latrão (1179), em Roma, o Papa Alexandre III ordenou ao clero que abrisse escolas por toda a parte para as crianças, gratuitamente. Pelo menos cada diocese deveria ter uma escola.
 ESSAS ESCOLAS FORAM AS SEMENTES DAS UNIVERSIDADES QUE LOGO SURGIRAM: SORBONE (PARIS), BOLONHA (ITÁLIA), CANTERBURY (INGLATERRA), TOLETO E SALAMANCA (ESPANHA), SALERNO E RAVIERA (ITÁLIA), COIMBRA (PORTUGAL); LA SAPIENZA, OXFORD E ROMA.
 O ensino superior na Idade Média foi ministrado por iniciativa da Igreja. Ela foi a mãe das universidades. A razão e a fé sempre caminharam juntas na Igreja.
 Pela falta de instrumentos precisos, como computadores e balanças de precisão, os cientistas medievais procediam mais por dedução do que por indução, estando sujeito muitas vezes a erros. Os medievais julgavam que a Bíblia pode ser usada para questões científicas (mesmo que de boa fé) e, por falta de critérios, usavam-na para resolver problemas de ordem biológica, astronômica etc. Como no caso Galileu, no séc.XVII.
 Até 1440 foram criadas na Europa 55 universidades e 12 institutos de ensino superior, todas pela Igreja. (Direito, Medicina, Línguas, Artes, Ciências,Filosofia, Teologia, etc.

A Igreja desenvolvendo a tecnologia e a ciência

 Os monges, durante 1500 anos, salvaram a agricultura quando ninguém mais poderia fazê-lo. Devemos a restauração da agricultura de uma grande parte da Europa aos monges.
 No início do séc.XI, um monge chamado EILMER voou mais de 600 pés com um planador. Alguns anos depois, o irmão Francesco Lana-Terzi, um pe. Jesuíta tentou voar sistematicamente, ganhou um prêmio de honra sendo chamado de “o pai do avião”. Seu livro de 1670, “Prodromo alla Arte Maestra” foi o PRIMEIRO A DESCREVER A FÍSICA E A GEOMETRIA de um aparelho voador. Isto aconteceu muito antes de Santos Dumont.
 O primeiro relógio que se tem notícia foi fabricado pelo Papa Silvestre II (999-1003) para a cidade alemã de Mafgdeburg.
 Peter Lightfoot, monge do séc. XIV, de Glastonbury, construiu um dos mais antigos relógios e que existe até hoje em excelente condição no Museu de Ciência de Londres.
 A IGREJA NUNCA REJEITOU A CIÊNCIA, PELO CONTRÁRIO, NÃO ACEITA USAR SUAS DESCOBERTAS CONTRA A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.
 O ensino superior na Idade Média foi ministrado por iniciativa da Igreja. Ela foi a mãe das universidades. A razão e a fé sempre caminharam juntas na Igreja.
 Pela falta de instrumentos precisos, como computadores e balanças de precisão, os cientistas medievais procediam mais por dedução do que por indução, estando sujeito muitas vezes a erros. Os medievais julgavam que a Bíblia pode ser usada para questões científicas (mesmo que de boa fé) e, por falta de critérios, usavam-na para resolver problemas de ordem biológica, astronômica etc. Como no caso Galileu, no séc.XVII.

Impressionante o número de padres cientistas na Idade Média(exemplos).

 Roger Bacon, monge franciscano (1214-1294) – criou máquinas a vapor, navios mecânicos, carruagens, os óculos… Muitos “iluminados” usaram esses óculos para escrever discursos contra a Igreja, acusando-a de impedir o avanço da Igreja. Que paradoxo!
 Cardeal Nicolau de Cursa – Antes de Copérnico, assegurou que a Terra não era o Centro do Universo. Antes de Copérnico, disse que o espaço é infinito.
 Papa Silvestre II (994-1003)- matemático, introduziu o sistema numérico arábico (1,2,3…) no lugar do romano (I,II,III,IV…). Mas só 200 anos mais tarde aproveitaram suas idéias. Seu corpo encontra-se incorrupto. Projetou um órgão musical a vapor na Catedral de Reims. Inventou diversas máquinas hidráulicas, como o relógio de pêndulo. Foi muito questionado por causa do seu avanço científico, porque é próprio da condição humana o medo diante do desconhecido, assim como aconteceu com Galileu.
 Pe.Nicolau Steno (1638-1686) – pai da estratigrafia, o estudo das camadas da Terra.
 Pe. Leon Battista Alberti (1404-1472) – desenvolveu a ciência da Óptica.

Idade Média foi uma Idade das trevas?(476-1453)

 A Idade Média, fruto do trabalho da Igreja em muitos séculos junto aos bárbaros, jamais foi uma “idade das trevas.”
 A “Idade das trevas” começa mesmo na Revolução iluminista, onde se pretendeu eliminar Deus, tempos depois.
 Na Idade Média, a ciência estava associada ao respeito a Deus e à pessoa humana. Após 1789, com a Revolução Francesa, o ATEÍSMO invadiu a sociedade e o progresso da ciência passou a estar quase sempre ligado à ganância e à vanglória.
 POR QUE A IDADE MÉDIA TEVE SEUS MALES? Pela mesma razão de hoje: a fragilidade humana. Nunca houve guerras tão cruéis como as 2 guerras mundiais do nosso século XX e regimes tão sangüinários como o nazismo e o comunismo. A 1a Guerra matou mais de 10 milhões, a 2a, 50 milhões. E isto foi no século XX.
 A Revolução Francesa (1793-1794-1 ano) matou mais do que toda a Id.Média em 600 anos. Milhares de católicos foram assassinados pela Guerra Civil Espanhola(1936) e Mexicana(1929). O nazismo assassinou 6 milhões de judeus (pelo menos 2mil padres católicos) e o comunismo ateu levou à morte 100 milhões de pessoas.
 O historiador agnóstico Will Durant (1950) defende a Igreja: “A causa básica da regressão cultural não foi o Cristianismo, mas o barbarismo, não a religião, mas a guerra. Talvez a destruição tivesse sido pior se a Igreja não tivesse mantido ALGUMA ORDEM na civilização decadente.”
 A historiadora Régine Pernoud, especialista em estudos medievais, premiada internacionalmente, consagrada como uma das mais notáveis conhecedoras da Idade Média. Sobre os cidadãos da Idade Média, ela escreve:
 “Do conjunto sobressai uma confiança na vida, uma alegria de viver de que não encontramos equivalente em mais nenhuma civilização. Essa espécie de fatalidade que pesa sobre o mundo antigo, esse teor do Destino, deus implacável ao qual os próprios deuses estão submetidos, o mundo medieval ignorou-a totalmente” (1997)

Católicos após a Idade Média

 Louis Pasteur, de Sorbonne – pai da microbiologia
 Edward Milikan – descobriu a carga do elétron
 Descartes e Galileu morreram como bons cristãos com todos os sacramentos
 Leibiniz escreveu uma “Teodicéia” contra o ATEÍSMO.
 Pe. Cristóforo Clavio – fez manuais de Aritmética, Geomatria, Álgebra e Astronomia.
 Pe. Scheiner (1573-1650) – Descobriu as manchas solares antes que Galileu. Construiu o primeiro telescópio.
 Pe. Atanasius Kirchner – pai da Geologia Moderna.
 Pe. João Batista Riccioli – destaque na Física e grande astrônomo, escreveu uma enciclopédia sobre astronomia (não é astrologia!)
 Pe. Ângelo Secchi (1818-1878) – pai da Astrofísica.
 Pe.GEORGES HENRI JOSEPH ÉDUARD LEMAITRE
 Propôs a teoria do Big-bang da origem do universo, como o nome de “Hipótese do 1o Átomo”. Afirmou que o universo está em expansão. Sua hipótese dizia que todo o universo estava comprimido em um átomo chamado “átomo primordial” ou “ovo cósmico”.
 Mais tarde, George Gamow desenvolveu esta teoria, NÃO A CRIOU, que foi sarcasticamente chamada de Big-bang durante uma transmissão de rádio.

Anexo: Louis Pasteur, de Sorbonne – pai da microbiologia

“Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou: O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices? Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?- respondeu o senhor. Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso. – afirmou categoricamente o jovem. É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia? – indagou o idoso. Bem,- respondeu o universitário,- como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência. O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo, sentindo-se pior que uma ameba. No cartão estava escrito: Professor Doutor LOUIS PASTEUR Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França. “UM POUCO DE CIÊNCIA NOS AFASTA DE DEUS. MUITO, NOS APROXIMA”. (Louis Pasteur)

A Caridade da Igreja

 Maior instituição de caridade no mundo!
 Por exemplo: 25% das obras que cuidam de aidéticos em todo o mundo são mantidas pela Igreja Católica.
 Incontáveis hospitais, sanatórios, escolas para crianças carentes, asilos, creches etc espalhadas em todo o mundo!
 Na época em que a lepra foi um grande mal, nó na Europa e Ásia haviam 3000 leprosários católicos.
 Durante 2000 anos, 20 séculos de existência, ninguém como a Igreja socorreu tanto os pobres, órfãos, viúvas e doentes, como ainda hoje fazem, por exemplo, as irmãs de Madre Teresa de Calcutá.
 É inegável, nenhuma instituição no mundo ocidental fez e faz tanta caridade como a Igreja Católica, infelizmente isto parece não ser importante para os que guardam ressentimentos contra ela.

Fontes utilizadas e que merecem ser estudadas a fundo:

UMA HISTÓRIA QUE NÃO É CONTADA – Prof. Felipe Aquino – Editora Cleófas
CIÊNCIA E FÉ EM HARMONIA – Prof. Felipe Aquino – Editora Cleófas