terça-feira, 21 de setembro de 2010

Diversos países pobres não alcançarão os objetivos do milênio em 2015

ZP10092008 - 20-09-2010
Permalink: http://www.zenit.org/article-26085?l=portuguese
Afirma Cáritas Internacional diante da próxima cúpula da ONU

ROMA, segunda-feira, 20 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – Cinco anos antes do fim do prazo assinalado pela ONU para se cumprirem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Cáritas Internacional afirma que muitos países pobres não poderão alcançar as metas. A organização humanitária da Igreja faz esta afirmação no contexto da cúpula da ONU celebrada sobre o tema em Nova York, de hoje a 22 de setembro.

O objetivo deste encontro de líderes mundiais é acelerar o avanço dos objetivos propostos, uma série de metas que vão desde reduzir a mortalidade materna e infantil até reduzir pela metade o número de pessoas que passam fome no mundo.

O secretário geral da Cáritas Senegal, Ambroise Tine, participará da cúpula como representante de Cáritas Internacional. “Se perguntar a uma família pobre do Senegal se já ouviu falar dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, é quase certo responderem que não. Mas estão trabalhando cada dia mais para alcançá-los. Conhecem os ODM por outro nome. Eles o chamam de sobrevivência”, afirmou ao portal da Cáritas.

“Nossa geração é a primeira que possui conhecimentos e recursos para ajudar milhões de pessoas a escaparem da pobreza. O que faz falta é vontade política dos líderes mundiais para cumprir as promessas de seus governos. Esta vontade política deve ser manifestada no cancelamento da dívida, em regras justas de comércio internacional e mais ajuda.

“Não é simplesmente questão de mais dinheiro. Necessitamos de líderes políticos que olhem a todos como seres humanos cuja dignidade, liberdade e direito de melhores condições de vida são invioláveis e profundamente sagrados”, acrescentou.

Caritas Internacional reconhece que na última década houve progressos, desde que os líderes mundiais firmaram a Declaração do Milênio de 2000.

Recorda ainda que, quando as taxas escolares foram abolidas na Uganda, Tanzânia e Quênia, sete milhões a mais de crianças começaram a frequentar a escola.

Além disso, constata que foi multiplicado por dez o tratamento contra a SIDA-AIDS e o HIV nos últimos cinco anos.

Mas adverte que, faltando cinco anos para a meta prevista de 2015, “muitos países pobres não alcançarão os objetivos”.

Cáritas Internacional destaca que “uma em cada sete crianças na África não chega ao seu quinto aniversário. No mundo, 8,8 milhões de crianças morreram em 2008. Quatro doenças – pneumonia, diarreia, malária e AIDS – são a causa de 43% dessas mortes”.

A organização humanitária da Igreja está desenvolvendo uma campanha internacional de apoio aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

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