sábado, 30 de outubro de 2010

Bento XVI fala sobre perigos do relativismo e da globalização

 
Bento XVI destacou os perigos do relativismo e os riscos da globalização durante a audiência em que recebeu as cartas credenciais do novo embaixador da Macedônia, Gioko Gjorgjevski, na manhã desta quinta-feira, 22.

Após destacar que o desenvolvimento econômico e social estável não pode ignorar as necessidades culturais, sociais e espirituais do povo, o Papa afirmou que tal processo deve se dar “na consciência de que o crescente fenômeno da globalização, que comporta, de um lado, certo nivelamento das diversidades sociais e econômicas, poderia, por outro lado, agravar o desequilíbrio entre os que tiram vantagem da crescente capacidade em produzir riqueza e aqueles que são deixados à margem do progresso”.
Da mesma forma, o Santo Padre salientou a longa e luminosa tradição cristã do país, que remonta aos tempos apostólicos:
“Espero que, em um contexto global de relativismo moral e falta de interesse pela experiência religiosa, no qual se move frequentemente uma parte da sociedade europeia, os cidadãos do nobre povo que vós representais saibam operar um sábio discernimento no abrir-se aos novos horizontes de autêntica civilidade e de verdadeiro humanismo”.
O Pontífice expressou os princípios que precisam ser levados em consideração para que o desenvolvimento permaneça imune aos perigos do relativismo e da marginalização das pessoas: devoção à família, a defesa da vida humana e a promoção das necessidades religiosas, especialmente dos jovens.

Paz
A tal propósito, e fazendo referência às palavras do novo embaixador, o Santo Padre explicou:
“A paz não é somente fruto de um planejamento e de atividades humanas, mas sobretudo um dom de Deus aos homens de boa vontade. Dessa paz, pois, a justiça e o perdão representam os pilares básicos. A justiça assegura o pleno respeito dos direitos e dos deveres, e o perdão cura e reconstrói a partir das bases os relacionamentos entre as pessoas, que ainda sofrem as consequências dos confrontos entre as ideologias do passado recente”, com referência ao domínio comunista na região após a Segunda Guerra Mundial.
Saiba mais sobre o embaixador
O Senhor Gioko Gjorgjevski, embaixador da Ex-República Iugoslava da Macedônia, nasceu em Skopje aos 24 de julho de 1968.
Licenciado em Teologia pela Faculdade Ortodoxa São Clemente de Ohrid em Skopie (1991), frequentou o Ostkirchliches Institut em Ratisbona (1993-1994) e posteriormente obteve a licenciatura (1996) e doutorado (2000) em Teologia Bíblica na Pontifícia Universidade Gregoriana.
Desenvolveu a atividade docente na qualidade de: Professor de Teologia no Seminário Ortodoxo São Clemente de Ohrid (1990-1993 e 1999-2000); Chefe do Escritório do Arcebispo (2000); Professor Adjunto (2001) e Professor titular de Sagrada Escritura (Antigo Testamento) na Faculdade de Teologia Ortodoxa de São Clemente de Ohrid.
Fala italiano e inglês.

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