quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ora, o comunismo é um crime contra a humanidade. Ou não é?


Naquela resposta que veio da editora Nova Geração, sei lá redigida por quem — mas com a mesma inegável “qualidade” dos livros que ela publica —, há a sugestão de que os críticos dessa baboseira didática estariam movidos por alguma influência religiosa. A referência explícita foi o grupo tradicionalista católico TFP. Erro. Tiro n’água.Respondi que não quero é uma educação conduzida pelo que chamei “TFPT”. E isso significa o seguinte: sou um militante da escola laica. Minhas filhas estudam numa escola em que há educação religiosa — no caso, católica (com influência “progressista”). Tudo bem: eu me encarrego de botar a dupla sertanejo-mental Beto & Boff no seu devido lugar. Fora da aula de religião, eu quero educação laica.
Mas laica mesmo. E isso quer dizer que não aceito que sejam vítimas da Igreja Comunista dos Santos Assassinos dos Últimos Dias. Cantar as glórias de Mao Tse-Tung ou de Stálin, no que respeita à montanha de cadáveres, é tão grave quanto exaltar Hitler. Se a questão fosse apenas numérica, seria, na verdade, ainda mais grave.
É impressionante que delinqüentes venham defender a sua “leitura da história”, como se fosse uma entre outras tantas, afirmando que tudo se esgota numa questão de mercado e de escolha. Erro Provem-me, segundo qualquer critério aceito pela civilização, que o massacre de 70 milhões de pessoas tem lá as suas virtudes. Demonstrem-me, segundo os valores que organizam a vida numa sociedade democrática, que o regime de partido único é uma alternativa aceitável entre tantas outras.
Sem essa. Se a glorificação no nazismo é um crime legal e moral, a do comunismo também é. Ao menos moral. Se ainda não é crime legal, isso se deve à excessiva tolerância das democracias com os vagabundos que querem solapá-la.
Por Reinaldo Azevedo

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