sábado, 18 de dezembro de 2010

Papa: Estado deve proteger papel da religião na esfera pública

ZP10121710 - 17-12-2010
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Ao receber o novo embaixador da Itália junto à Santa Sé

ROMA, sexta-feira, 17 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - A dimensão religiosa favorece o progresso real do país e, portanto, é necessário proteger o seu papel no domínio da esfera pública. Isto foi afirmado hoje pelo Papa Bento XVI, ao receber o novo embaixador da Itália junto à Santa Sé, Francesco Maria Greco, por ocasião da apresentação de suas cartas credenciais.
Em seu discurso ao diplomata, o Papa disse acompanhar de perto, com a oração, "as vicissitudes da alegria e da tristeza" do país, desejando que o Senhor possa conservar "o precioso tesouro da fé cristã" e "os dons da concórdia e da prosperidade".
Bento XVI recordou como, "no difícil momento histórico atual, nacional e internacional", a comemoração dos 150 anos da unificação da Itália oferece a oportunidade de uma "reflexão não apenas de cunho comemorativo, mas também de caráter projetual".
O Pontífice afirmou que a Igreja na Itália não busca "poder, privilégios ou posições de vantagem econômica e social", mas somente que lhe seja assegurado "o exercício pleno da liberdade religiosa" e que se reconheça "o papel legítimo das religiões e das comunidades religiosas na esfera pública".
Além disso, a história e a cultura italianas estão "tão profundamente marcadas pela Igreja Católica" que, quando se tentou, no passado, negá-las ou marginalizá-las, "foram causados perigosos desequilíbrios e dolorosas fraturas na vida social do país".
Neste contexto, o Papa se referiu à "tentativa de eliminar dos locais públicos a exposição dos símbolos religiosos" e expressou seu reconhecimento ao governo italiano por ter agido "em conformidade com uma visão correta da laicidade e à luz da sua história, cultura e tradição, encontrando nisso o apoio positivo também de outros países europeus".
A Itália, apoiada por vinte outros países, apelou à Câmara contra a decisão de 3 de novembro de 2009 sobre o caso Lautsi.
Finalmente, Bento XVI recordou que, atualmente, ainda há "flagrantes violações da liberdade religiosa" e por isso desejou que "cresça em todas as partes a conscientização deste problema" e "se intensifiquem os esforços para ver realizado, em todos os lugares e para todos, o pleno respeito à liberdade religiosa".
(Mirko Testa)

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