sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Papa: lição da crise econômica, responsabilidade

ZP11081813 - 18-08-2011
Permalink: http://www.zenit.org/article-28624?l=portuguese
Não só responsabilidade nacional e mundial, mas com o futuro

Por Jesús Colina
A BORDO DO VOO PAPAL, quinta-feira, 18 de agosto de 2011 (ZENIT.org) – Bento XVI considera que a atual crise econômica deixa uma lição clara: responsabilidade.
Em uma conversa com os jornalistas que o acompanhavam no voo Roma-Madri, na manhã desta quinta-feira, o pontífice esclareceu que a responsabilidade econômica não é só nacional, mas também mundial, e com o próprio futuro.
Atualmente – reconheceu – “confirma-se, na atual crise econômica, o que já se viu na grande crise precedente: a dimensão ética não é algo alheio aos problemas econômicos, mas uma dimensão interior e fundamental”.
A economia precisa de uma razão ética
Segundo o Papa explicou, “a economia não funciona somente com uma autorregulamentação mercantil, mas tem necessidade de uma razão ética para funcionar para o homem”.
“O homem deve ser colocado no centro da economia”; “a economia não deve ser medida segundo o maior lucro possível, mas segundo o bem de todos, e inclui a responsabilidade pelo outro.”
A economia “funciona bem somente se funcionar de maneira humana, no respeito pelo outro, em suas diversas dimensões: responsabilidade com a própria nação, e não somente consigo mesmo, responsabilidade com o mundo”.
Três dimensões da responsabilidade
“A nação não está isolada, nem sequer a Europa está isolada, mas é responsável por toda a humanidade e deve pensar sempre em enfrentar os problemas econômicos a partir dessa ótica de responsabilidade, em particular com as demais partes do mundo, com as que sofrem, têm sede e fome e não têm futuro.”
Esta responsabilidade implica também o futuro – sublinhou. “Se os jovens de hoje não encontram perspectivas em sua vida, também o nosso hoje está equivocado, está mal”.
Portanto, “a Igreja, com sua doutrina social, com sua doutrina sobre a responsabilidade diante de Deus, abre a capacidade de renunciar ao máximo lucro e a ver nas realidades a dimensão humanística e religiosa, isto é, estamos feitos um para o outro”.
“Isso é fundamental para o nosso futuro”, disse.

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