quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

UM FILME EXCELENTE PARA AS FAMÍLIAS CRISTÃS

ZP12021801 - 18-02-2012 Permalink: http://www.zenit.org/article-29733?l=portuguese "There Be Dragons (2011) ROMA, sábado, 18 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) -. A história é convincente. No contexto da Guerra Civil Espanhola o jovem Josemaria Escrivá, se forma, cresce e funda o Opus Dei. O diretor e os atores são de grande qualidade e profissionalismo. Indumentárias e roteiro excelentes. O filme There Be Dragons está disponível em DVD em espanhol (ou Inglês), com legendas em italiano. Publicamos abaixo a apreciação do filme feita por Franco Olearo, fundador e animador do site:http://www.familycinematv.it/ Robert é um jornalista responsável por escrever um artigo sobre Josemaria Escrivá, cuja beatificação está próxima. Chegando em Madri, tenta entrar em contato com seu pai Manolo que não tem visto há anos. Este, primeiro relutante, decide contar a sua história para seu filho, que estava intimamente ligada com a de Santo Escrivá: passaram uma juventude feliz juntos, mas depois, a guerra civil separou os seus destinos ... A figura de Santo Escrivá jovem surge com as suas dificuldades humanas mas também com toda a potência da sua fé com a qual consegue afrontar o período negro da Guerra Civil Espanhola e dar serenidade e esperança àqueles que estão ao seu redor. A habilidade do diretor Ronad Joffé consegue manter alto o interesse em toda a narração de uma história rica e densa de conteúdo. O co-protagonista Manolo, um personagem fictício, aparece pouco convincente, como uma figura mais ideal do que humana. Roland Joffe é um autor que se faz perguntas e procura respostas. Fá-lo por meio dos protagonistas dos seus filmes mais significativos, que se encontram envolvidos em situações de conflito realmente acontecidas no passado próximo ou remoto; nesse contexto eles procuram compreender, muitas vezes de modo perturbado, o que é certo ou o que é errado fazer. Em algumas de suas obras os personagens principais são dois, para testemunhar uma maneira diferente de reagir aos acontecimentos. Na Missão (1986), o padre jesuíta Gabriel (Jeremy Irons) e o aventureiro Rodrigo Mendoza (Robert De Niro) respondem de modo diferente à injusta imposição de remover a “sagrada experiência” realizada, feita no sinal do Evangelho, entre os índios Guarani e se Rodrigo pega as armas para lutar contra a ofensiva das tropas portuguesas, o Padre Gabriel organiza uma procissão com o Santíssimo Sacramento, seguido por mulheres e crianças. No Grito no Silêncio (1984) que tem como cenário Camboja e as atrocidades dos Khmer Vermelhos, Sidney, um jornalista americano (Sam Waterston) decide voltar para casa, enquanto seu companheiro cambojiano Pran escolhe ficar. Sidney não tem paz por ter podido salvar a si mesmo, mas não o seu amigo e começa uma longa busca na tentativa de trazê-lo de novo à pátria. Mais uma vez, em There Be Dragons (Encontrarás Dragões), Joffe leva o espectador para o interior de um conflito (o filme acontece principalmente durante a Guerra Civil Espanhola) e mais uma vez os protagonistas se perguntam, diante de um drama que divide as famílias e dilacera as consciências, qual é a melhor forma de se comportar? Neste último trabalho a abordagem é diferente dos filmes anteriores: a resposta não se refere ao senso comum, à consciência do indivíduo, mas Roland Joffé encontrou as respostas que estava procurando em um contexto mais amplo: nos ensinamentos e no exemplo de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei. Ao mesmo tempo, como nos seus filmes anteriores, coloca ao lado de Josemaria um personagem de contraste, Manolo, um amigo de infância imaginário que logo escolhe caminhos diferentes: na sua alma atormentada se concentra o espírito de vingança, ciúme e cinismo daqueles que não encontram sentido na vida se não buscam lucro pessoal. Em 1936, Josemaría tinha 34 anos e Joffre se limita somente a traçar breves quadros das peripécias deste jovem sacerdote e dos seus primeiros seguidores (a difícil vida numa Madri sob a ameaça dos ataques dos republicanos, a primeira aprovação do Opus Dei, a longa marcha através dos Pirenéus para ir para a zona nacionalista), mas ainda se considerando um agnóstico, o autor compreendeu muito bem a fé que sustentou JoseMaria naqueles anos e à medida que a história avança, cresce em profundidade até abraçar temas universais: o significado do perdão, o poder dilacerante do ódio e da vingança, o sentido do mal que atinge também os inocentes, os sinais com os quais acolher a providência divina, o diálogo entre diferentes religiões, a vocação sacerdotal, a vocação à santidade dos leigos. O filme aborda todas essas questões sem tentar propor, como muitas vezes acontece em muitos filmes contemporâneos, uma sabedoria, humana filosofia de vida, mas coloca no centro do problema a relação entre o homem e Deus e vai buscar diretamente o senso sobrenatural com que devem ser abordados os grandes momentos da história nas pequenas escolhas diárias. Em uma sequência dramática, diante da violência que atinge sacerdotes e pessoas inocentes na Madri de 1936, os jovens que acompanham Escrivá vêem a necessidade de reagir, armando-se e organizando-se numa espécie de cruzada. Josemaria lembra-lhes que a revolução que realiza um cristão é antes de mais nada aquela interior: não é possível existir ódio entre nós porque somos todos filhos de Deus, também os nossos inimigos; é necessário sermos pacificadores e orar por aqueles que estão errados. Outro tema que percorre todo o filme é o do perdão: é lembrado pelo diretor do seminário, após uma briga que envolve Josemaría e Manolo: " A negação do perdão é a única coisa que não nos será perdoada". É o perdão que une no final do filme Manolo com seu filho no seu leito de morte, depois de anos de indiferença recíproca e o une idealmente também a Josemaria (que morreu anos antes), e que nunca tinha deixado de rezar por ele e de escrever-lhe regularmente. O silêncio de Deus, o sentido incomensurável da dor que afeta também os inocentes é abordado várias vezes em circunstâncias diferentes do filme: de Josemaría criança, que após a morte da sua terceira irmãzinha, pergunta à sua mãe se ela já começou a odiar a Deus; da garota que foi violentada e que se pergunta se Deus não é um monstro, mas que depois decide responder com mais amor e mais oração. Mas é a babá de Josemaria (a simpática Geraldine Chaplin), que tenta compreender o sentido da providência divina: "A vida é como um fio de um desses bordados, que são tecidos com outros fios que permanecem juntos no espaço e no tempo. É difícil intuir a figura que Deus está bordando antes dele terminar o bordado." Joffe pega esta, como também outras frases da rica biografia do Santo Escrivá, mas as reelabora criativamente dentro da sua construção, permitindo-se também alguma variação compreensível: o pai de Josemaria era um comerciante têxtil, mas no filme se torna proprietário de uma fábrica de chocolate: desta forma, a transformação de um grão numa preciosa barra de chocolate, graças à habilidade e ao trabalho duro dos trabalhadores, torna-se a metáfora de um caminho de santificação por meio do trabalho bem feito na vida cotidiana. É graças ao conhecimento profundo que Joffe atingiu da figura do santo e da interpretação bem-sucedida de Carlies Cox que o personagem Josemaria chega a ser particularmente bem sucedido; não podemos dizer o mesmo de Manolo, personagem construído na imaginação, do qual esperávamos não a idealização do mal no estado puro, mas um personagem com traços mais humanos. O filme tem duas horas de duração, mas a capacidade de Joffé de trabalhar entre passado e presente, com várias histórias paralela consegue manter alta a atenção do espectador até o fim, mesmo se o seu conteúdo seja tão denso e que seja fácil chegar a sentir a necessidade de vê-lo uma segunda vez. O filme foi distribuído na Espanha, Estados Unidos e América Latina e está disponível em DVD em espanhol (ou Inglês), com legendas em italiano. * Título Original: There Be Dragons País: Espanha, Argentina Ano: 2011 Diretor: Roland Joffé Roteiro: Roland Joffé Produção: Antena 3 Films, o Monte Santa Fe Duração: 120 Elenco: Carlies Cox, Wes Bentley, Olga Kurylenko, Geraldine Chaplin, Dougray Scott, Rodrigo Santoro * Para adquirir o DVD, você pode clicar no link a seguir: http://www.amazon.com/There-Be-Dragons-Charlie-Cox/dp/B005PM1188?tag=zenilmonvisda-21 [Tradução Thácio Siqueira]

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