quarta-feira, 28 de março de 2012

Mais de 50000 cristãos fogem dos seus lares na Síria por causa da violência

Damasco, 28 Mar. 12 / 10:04 am (ACI/EWTN Noticias)

Quase todos os cristãos na cidade de Homs, arrasada pelo conflito na Síria, fugiram de lá devido à violência e à perseguição, ao mesmo tempo em informes reportam que suas casas foram atacadas e sitiadas por fanáticos vinculados ao Al-Qaeda.

Diversos informes oficiais assinalam que perto de 90 por cento de cristãos deixaram seus lares, e a violência levou a que se tema que a Síria possa converter-se em um "segundo Iraque", com ataques às igrejas, seqüestros e expulsões de cristãos.

O êxodo de mais de 50 000 cristãos produziu-se em sua maioria durante as últimas seis semanas. Isto faz parte da "limpeza étnica" posta em marcha por grupos militantes islâmicos vinculados ao Al Qaeda, de acordo à organização internacional católica Ajuda à Igrejaque Sofre (AIS).

Homs era o lugar de uma das maiores populações cristãs da Síria, e fontes da Igreja assinalam que os fiéis levaram a pior parte da violência. Eles escaparam a povoados, muitos dos quais estão nas montanhas, a 30 milhas fora da cidade.

Islamistas teriam ido de casa em casa nos bairros de Hamidiya e Bustan al-Diwan, em Homs, e obrigaram os cristãos a fugir, sem dar-lhes a oportunidade de recolher seus pertences.

A crise em Homs incrementou o temor de que islamistas estejam ganhando influência na região, ante o vazio de poder deixado pela derrota de outros governos árabes.

As comparações com o Iraque são sinistras. A violência contra os fiéis nesse país ocasionou que a população cristã passasse de 1,4 milhões ao final de 1980 a menos de 300 000 na atualidade.

Tanto na Síria como no Iraque, a Igreja branco de ataques porque se percebe como próxima aos regimes sob o ataque de partidas opositores e grupos rebeldes.

O levantamento na Síria começou em março de 2011, com protestas que buscam uma reforma política. O levantamento se tornou cada vez mais militarizado e mais de 8000 pessoas morreram no conflito no último ano, segundo as cifras da ONU.

Muitos na oposição da maioria Sunita do país, enquanto as minorias religiosas continuam respaldando ao presidente Bashar al-Assad.

A exilada Irmandade Muçulmana de Síria afirmou que não monopolizará o poder em um novo regime, mas respaldará um estado democrático com igualdade para todos os cidadãos e respeito pelos direitos humanos.

Em 26 de março, as forças do governo de Síria bombardearam Homs e realizaram blitz por toda a cidade. Um grupo de direitos humanos diz que as forças governamentais parecem estar preparando-se para retomar o poder das zonas da cidade retidas por rebeldes, informou a Associated Press.

O governo acusou os insurgentes de terrorismo e de conspiração internacional, enquanto que o próprio regime enfrenta acusações de tortura e massacre de civis.

A comunidade cristã sofreu ataques terroristas em outras cidades.

No dia 18 de março, a explosão de um carro bomba teve como alvo o bairro cristão de Alepo, perto da igreja de São Boaventura, dos frades Franciscanos. Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) se encontra agora auxiliando as famílias das vítimas deste atentado.

"As pessoas que estamos ajudando têm muito medo", disse o Bispo de Aleppo, Antoine Audo, que fiscaliza o programa de ajuda. "Os cristãos não sabem o que lhes prepara o futuro. Eles temem que não retornarão aos seus lares".

Os deslocados de Homs estão desesperados por conseguir comida e refúgio. Ajuda à Igreja que Sofre anunciou um pacote de ajuda urgente de 100 000 dólares para aliviar suas necessidades.

Cada família receberá 60 dólares cada mês para mantimentos básicos e alojamento. Os organizadores da assistência esperam que eles possam retornar aos seus lares para o verão.

Dom Audo disse à AIS que é muito importante ajudar aqueles que se encontram em perigo.

"Rezem por nós e trabalhemos juntos para construir a paz em Síria", disse o prelado.

sábado, 24 de março de 2012

FILME CRISTIADA É APRESENTADO EM ROMA


ZP12032201 - 22-03-2012
Permalink: http://www.zenit.org/article-29948?l=portuguese



Reconhecimento aos mártires que lutaram pela fé e pela liberdade religiosa

Por Sergio Mora
ROMA, quinta-feira, 22 de março de 2012 (ZENIT.org) - Quatro dias antes da viagem apostólica do papa a Cuba e ao México, foi apresentado nesta quarta-feira (21), em Roma, o filme mexicano Cristiada, que narra os terríveis eventos da guerra civil mexicana (1929–1929), conhecida como guerra cristera, entre cujos personagens há vários que foram canonizados por João Paulo II ou beatificados por Bento XVI.
Num auditório do Instituto Patrístico Agustinianum, situado ao lado das colunas de Bernini da Praça de São Pedro, os convidados, em sua maioria jornalistas e pessoas do mundo da comunicação e dos espetáculos, assistiram à pré-estreia em evento organizado pela agência H2O e apresentado pelo mexicano Pablo José Barroso, produtor do filme, e por Jesús Colina, diretor de Aleteia.org.
O produtor destacou: “Neste domingo, o santo padre celebrará a missa aos pés do Cerro Cubilete, onde está a imagem de Cristo Rei, centro geográfico e espiritual do México. Significa um reconhecimento a todos os nossos mártires que lutaram pela fé e pela liberdade de religião”.
O produtor recordou que, entre os personagens, um dos protagonistas é um menino, “o beato José Sánchez del Río, martirizado quando tinha 14 anos e beatificado por Bento XVI, junto com Anacleto González Flores, Miguel Gómez Loza e os irmãos Vargas”.
“Vocês conhecerão a história deles, como a de Cristóbal Magallanes, interpretado por Peter O'Toole, e a do padre José María Robles, canonizados por João Paulo II”.
No Cerro Cubilete, há 90 anos, o delegado apostólico Ernesto Filippi consagrou a primeira pedra do monumento a Cristo Rei, o que lhe valeu a deportação. O papa celebrará ali a santa missa com mais de quatrocentas mil pessoas.
“Com Cristiada, nós queremos que o mundo saiba e nunca se esqueça das pessoas que morreram por Jesus, pela fé e para defender a sua liberdade de religião. Sempre com as palavras Viva Cristo Rey y la Virgen de Guadalupe!” E terminou pedindo “o apoio de vocês e de todas as pessoas que acreditam na liberdade para continuarmos nos cinemas”.
O filme será apresentado nas salas do México em 20 de abril, nos Estados Unidos em 1º de junho e na Espanha em setembro. É a mais recente produção mexicana capaz de competir com as melhores do mundo. No elenco, nomes de fama mundial como Andy García e Peter O’Toole. O diretor é Dean Wright, cujos efeitos especiais foram vistos em TitanicO Senhor dos Anéis eAs Crônicas de Nárnia. O roteiro é de Michael Love, baseado em eventos históricos. O filme foi rodado em inglês.
“Planejamos o filme há três anos. Quem diria que o papa iria para o México e, mais ainda, para o Cubilete, e celebraria uma missa lá! Tudo isso vem do céu!”, comemora Barroso.
“Nós, da Dos Corazones Films, fizemos outros três filmes e vemos que as pessoas querem histórias com valores positivos. Primeiro fizemos um sobre a história da Virgem de Guadalupe, depois um sobre A Lenda do Sol, e depois O Grande Milagre, que ficou em primeiro lugar nas bilheterias do México durante cinco semanas. Eu não queria fazer mais filmes, mas quando Deus quer alguma coisa, ele é mais insistente do que ninguém. E aconteceu. Ele mesmo nos inspirou e guiou, achamos ótimos atores e o resultado superou as minhas expectativas”.
“Os cristeros são importantes para o México e para todo o continente, são pessoas que se entregaram pelas suas crenças e, graças a eles, conseguimos a liberdade de religião que temos hoje, e até uma viagem de um papa ao México”.
Baseado nos fatos reais da guerra cristera, o filme começa com a proibição de culto imposta pelo presidente Plutarco Calles. Um milhão de assinaturas foram apresentadas em protesto e rejeitadas pelo governo, que adotou uma série de intimidações, interrompendo missas e chegando a fuzilar sacerdotes, num crescendo de violência que levou as pessoas simples das áreas rurais a empunhar as armas. Grande número de católicos aderiu, outros não apoiaram e muitos não participaram, mas ajudaram os cristeros com armas e apoio logístico. Começou também um boicote econômico popular, evitando qualquer consumo.
O filme, que conta uma guerra de três anos através de uma rica série de personagens e efeitos especiais, recorda que não faltaram brutalidades como a queima de 51 pessoas dentro de um trem por causa de um ataque cristero. Os rebeldes recebem a ajuda de um general, Enrique Gorostieta, se disciplinam e dão corpo ao levantamento, colocando em sérias dificuldades o governo de Calles. A mediação de Roma para dar fim ao conflito não é aceita.
O filme é pródigo em detalhes importantes que mostram a transformação interior dos personagens, partindo do general Gorostieta, que aceita comandar as tropas em defesa da liberdade religiosa, mesmo não acreditando na Igreja. Mas o suceder-se dos fatos prepara a sua conversão. É determinante o papel do menino José, um dos principais personagens, que é assassinado depois de ser torturado por não renegar a fé, preferindo proclamar “Viva Cristo Rei!”.
Para ver o trailer: http://www.cristiadafilm.com.

quarta-feira, 14 de março de 2012

ENTRE KARL MARX E ADAM SMITH, É MELHOR BENTO XVI


ZP12031405 - 14-03-2012
Permalink: http://www.zenit.org/article-29901?l=portuguese



Giulio Tremonti propõe o congelamento dos débitos e o uso das finanças para o desenvolvimento real da economia

Por Antonio Gaspari
ROMA, quarta-feira, 14 de março de 2012(ZENIT.org) - Nem Karl Marx, nem Adam Smith, a saída de emergência da crise encontra-se na encíclica Caritas in Veritate. Afirmou ontem, 13 de março, na Pontifícia Universidade Lateranense em Roma, Giulio Tremonti, durante a apresentação de seu último livro “Saída de emergência” da editora Rizzoli.
O ex-ministro da economia criticou duramente a atividade especulativa que dominou os mercados nas últimas décadas.
Ele explicou que por causa da tendência a especulação sobre os chamados “derivados” criou-se uma ‘assimetria dimensional’ entre economia real e uma massa financeira.
Em palavras simples, os títulos de papel crescem em um ritmo 10-12 vezes maior em relação à economia real. Em 2011 diante do PIB mundial  de 62.911 bilhões de dólares, assistimos um crescimento das atividades financeiras sobre os derivados equivalente a 707.569 bilhões de dólares.
Segundo Tremonti, este modo de entender a economia está acabando com o continente inteiro, reduzindo as políticas sociais, colocando em grande dificuldade a vida de cada cidadão e suas respectivas famílias.
Respondendo uma pergunta à ZENIT, Tremonti declarou que para encontrar uma “via de saída” desta situação seria preciso lançar um ano “sabático”, ou seja, a suspensão dos débitos por vinte ou quarenta anos, pois existe um volume de débitos e créditos que não tem reflexo na realidade e não são pagáveis”.
Exatamente como faziam os hebreus que durante o ano sabático e no jubilar cancelavam os débitos dos pobres, restituíam as terras e liberavam os escravos.
Para o ex-ministro da Economia é preciso separar a atividade produtiva da atividade especulativa, colocando a razão no lugar do ‘spread’, o homem ao centro da atividade laboral e desenvolver um sistema de valores conforme indicado na encíclica Caritas in veritate.
Ettore Gotti Tedeschi presidente do IOR(Istituto per Le Opere di Religione),  definiu profundamente pertinente com a realidade dos fatos a comparação entre a Arca de Noé que Tremonti faz em seu livro.
A Arca de Noé foi construída por amadores e salvou homens e criaturas, o Titanic foi construído por profissionais, e agora reside no fundo do mar.
O sentido é claro, quando se confundem fins e meios e quando os instrumentos assumem uma autonomia como se fossem ídolos, corre-se o risco de um desastre.
O presidente do IOR argumentou que “Os instrumentos devem ser readaptados àqueles que são os verdadeiros fins”.
A este propósito destacou: “Como realçado também pela encíclica Caritas in Veritate não são os instrumentos que são renovados para uma saída da difícil situação, mas os homens. Tremonti leva ambos, a saída de emergência no final é um novo sistema político, uma nova política. Os instrumentos em vez disso, os bancos devem fazer bancos, adaptando-se aos verdadeiros fins.”
A saída de emergência – concluiu Gotti Tedeschi – “significa agir sobre os intérpretes, fins, pessoas. Renovar os homens e os instrumentos”.
Monsenhor Lorenzo Leuzzi capelão da Câmara dos Deputados, propôs que se olhasse a realidade dos fatos onde a economia não é a alma, mas o corpo da ação humana.
A alma é outra coisa, por isso é necessário restabelecer uma realidade antropológica, onde a família humana está ao centro de todas as atividades, partindo exatamente da economia.
Valério de Luca presidente da AISES compartilhou plenamente da análise de Tremonti e disse estar preocupado com as situações onde “As taxas de juros tendem a se tornar a continuação da política por outros meios”.
Na saudação inicial o Magnífico reitor da Universidade Pontifícia lateranense, Enrico Dal Covolo, recordou a encíclica Populorum Progressio de Paulo VI que no n.66 afirma: “O mundo está doente. Mas sua doença não está na deterioração dos recursos ou sua apropriação por parte de alguns, como na falta de fraternidade entre os homens e entre os povos”.
As diversas intervenções foram moderadas e conduzidas por Mario Sechi, diretor do diário romano “O tempo”.
A apresentação do livro de Tremonti foi organizada no contexto do Curso de Alta formação “Ética Finança Desenvolvimento”, promovido pela Área de pesquisa Caritas in Veritate da Pontifícia Universidade Lateranense, em colaboração com a Academia Internazionale per lo Sviluppo Economico e Sociale (AISES).
(Tradução:MEM)

segunda-feira, 5 de março de 2012

A Igreja Católica e o mundo atual




Não é a primeira vez, nestes 20 séculos, que a Igreja Católica parece perder relevância, fiéis e atualidade na mensagem. Isso aconteceu na queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C) e do Oriente (1453 d.C.), na invasão da Europa pelos mouros (711 d.C), na invasão dos povos bárbaros, na crise da Renascença, com o aparecimento dos diversos ramos do protestantismo (Lutero, Calvino, Zwinglio), no Iluminismo, nas Revoluções Francesa, Mexicana ou Espanhola, na perda dos Estados Pontifícios e mesmo durante a 21 Guerra. Voltaire tinha certeza de que acabaria com a religião católica e Nietzsche proclamava que Deus morrera.

Tem, porém, sempre ressurgido, com força maior e santos renovadores, como São Francisco de Assis, São Bernardo, Santo Inácio de Loyola, São José Maria Escrivã, mostrando a permanência de uma mensagem que não necessita de marketing, pois penetra no íntimo dos homens de boa vontade, dispostos a viver valores familiares, profissionais e sociais.
Mesmo a grande crítica que se fez à Idade Média não se sustenta, se tivermos presente que graças à Igreja Católica, criou-se o maior instrumento de cultura da civilização ocidental, que é a Universidade. Quase todas as ciências evoluíram a partir de cientistas sacerdotes, desde a astronomia à física, matemática ou genética.

O próprio processo de Inquisição - a história demonstra que o número de condenados, em séculos de Inquisição, foi muito menor do que os mortos em qualquer batalha sem expressão daquela época - permitiu a evolução do direito processual moderno, com a eliminação das ordálias, substituídas pelo contraditório. O certo é que a Igreja Católica tem conhecido um renascer fantástico, como as últimas jornadas da juventude em Madrid demonstraram.
Por outro lado, as figuras dos dois últimos Papas (João Paulo II e Bento XVI), quando se pensava que a Igreja Católica estaria desaparecendo, levaram e levam multidões, que acolhem com entusiasmo a figura de Sua Santidade por onde passa.
É bem verdade que vivemos período de múltiplos choques, que procurei retratar no meu livro A era das contradições. Hoje, o egoísmo e a autorrealização, alimentados por uma expansão da desfiguração familiar, do avanço das drogas, da corrupção e da falta de fidelidade, tanto na família quanto nos negócios, fizeram com que muitos se afastassem da religião católica, que não transige no que há de permanente em seus valores.

O homem tem, todavia, uma necessidade fantástica de Deus e, quando não busca o verdadeiro, elege outros deuses, como ocorreu com o nacional socialismo ou os deuses do cotidiano (dinheiro, sexo, poder, drogas etc.).
Tal choque entre o mundo das virtudes e o mundo do egocentrismo é algo que permanecerá até o fim dos séculos. Mas, como as estações se renovam, renova-se, de igual forma, a mensagem de Cristo, que se torna sempre nova, apesar de seus 2.000 anos. Essa é a razão pela qual, nada obstante as críticas e ataques que recebe de todos os lados, a nave da Igreja singra buscando os homens, não como uma empresa busca clientes, mas, desinteressadamente, para que encontrem um sentido de vida que Ihes dê a verdadeira dimensão da existência.


***
Ives Gandra da Silva Martins - Advogado tributarista, professor e jurista

domingo, 4 de março de 2012

Religião e Ciência


Fé e Razão ("Fides et Ratio")
IMPORTÂNCIA DA PARAPSICOLOGIA
Pio IX e o Concílio Vaticano I proclamam que “corresponde às ciências humanas demonstrar o fato da revelação”. O mesmo proclama o concílio Vaticano II. Neste caso o prestigioso parapsicólogo Dr. Gerard Frei teve acesso aos originais, e manifestou que em vez de“ciências humanas” haviam escrito “Parapsicologia”. Na publicação alguma autoridade trocou os termos, provavelmente para esquivar o desconhecimento que muitos, tanto teólogos como outros cientistas, têm da Parapsicologia, e que por isso inclusive a ela se opõem. 

Trata-se de procurar a verdade religiosa e seus fundamentos. Para aprovar ou para negar muito do que sem a Parapsicologia passa como verdade revelada. Religiões, seitas, Espiritismo... sem Parapsicologia , levam seus seguidores, a ficar “no ar”, fé infantil, irracional.
Albert Einstein: “Ciência sem Religião é paralítica. Religião sem ciência é cega”.
Thomas Alba Edison, com menos diplomacia que Einstein, proclamou: “Ciência sem fé pode ser loucura. Fé sem Ciência é fanatismo”.
Montaigne: “É indispensável acompanhar nossa fé com nossa razão”.
É mandamento na Bíblia. Por exemplo:
Oséias: “Por que tu rejeitaste a ciência, eu te rejeitarei do meu sacerdócio” (Os 4,6).
São Pedro“Sempre prontos a dar razão de vossa esperança e fé” (1Pd 3,15).
Também mandamento da Igreja. Assim, entre outras autoridades:
O Vaticano II pede com grande ênfase que a Teologia procure a verdade de acordo com a Ciência. Uma das petições fundamentais do Concílio, especialmente na Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo atual (Gaudium et Spes)é a recomendação de que “se busque e se proclame a verdade em diálogo constante com as ciências profanas”. A Igreja necessita ajuda dos que “por viver no mundo... conhecem a fundo as diversas instituições e disciplinas“ (“Concilio Vaticano II”, BAC-Biblioteca Autores Cristianos-, Madri, 1967, artigo 44). “Dado que os mais recentes estudos e as novas descobertas da ciência (...) suscitam problemas novos, que trazem consigo conseqüências práticas, e inclusive reclamam novas pesquisas teológicas (...) Há que reconhecer e empregar suficientemente no trabalho pastoral não só os princípios teológicos, senão também as descobertas das ciências profanas, sobre tudo em Psicologia (Parapsicologia), conduzindo assim os fiéis a uma mais pura e madura vida de fé” (Ibidem, artigo 62).
Pio IX (Vaticano I) incumbiu ao Pe. Raupert de estudar a fenomenologia do Espiritismo etc.
Igual João Paulo II, como o próprio título proclama (“Fides et Ratio”- Fé e Razão), advertiu contra uma fé que dispensa a razão. “A verdadeira fé não se reduz a um sentimento subjetivo, mais precisa de bases racionais e de uma certa objetividade, corroborada pela ciências humanas” (...) Cresce cada dia o fenômeno das massas que praticamente se afastam da religião: A negação de Deus ou da religião não são já algo insólito o individual, senão que se apresenta como exigência do progresso” (“Gaudium et Spes” Nº 7). “Um dos fenômenos mais graves do nosso tempo” (Ibidem Nº 19). Ou em frase de Paulo VI em discurso a Congregação Geral da Companhia de Jesus, a 7-5-65: “Um dos fenômenos mais graves de nosso tempo... Um perigo terrível que ameaça à humanidade inteira”.
E ainda João Paulo II: “Ninguém consegue estudar bem Teologia sem conhecer Parapsicologia”, em depoimento final aos participantes de um Congresso Internacional de Teólogos e Parapsicólogos (Os melhores parapsicólogos são também teólogos, padres: Os sacerdotes seculares Mariotti, G. B. Alfano, A. Spesz; os beneditinos A. Mager, L. C. Mohlberg; os dominicanos A. Zacchi, T. Mainage, R. Santilli, R. Omez; os jesuítas L. Roure, A. Gatterer, H. Thurston, G. Bichlmair, G. M. Petazzi, C. M. Heredia, F. M. Palmés; os cistercienses abade L. Wiesinger, W. Hümpfner, P. Castelli. Etc., etc.). E conclui João Paulo II em “Veritatis Splendor” contra só teólogos e a favor dos parapsicólogos: “Só a verdade é consoladora, mesmo se despertar uma crise”.
Sir Alister Hardy, professor no Manchester College, Oxford, demonstrou no Congresso Internacional de Parapsicologia de Agosto 29 a 31 de 1973, em Londres, como também no Congresso Internacional de Saint Paul de Vence, França, que o estudo da Religião pelaParapsicologia “eu acredito enfaticamente que é justamente o que mais necessitamos”
Pe. José de Tonquédec S.J., como resposta às críticas de teólogos que sua atitude de teólogo-parapsicólogo despertou, adverte: “Talvez houvesse confusão inicial entre os parapsicólogos, mas muito pior foi e é o desconhecimento entre os teólogos”.
Pe. Reginald–Omez O. P., um dos melhores parapsicólogos: “Grande serviço à Religião será verificar o SN (milagre) autêntico, e separá-lo de imitações ridículas de certos movimentos religiosos”. Ou na expressão nada menos que do extraordinário parapsicólogo e bolandista Pe. Herbert Thurston S.J.:“Embora os verdadeiros crentes (judeus antigos e depois os católicos)não possuem o monopólio de portentos e maravilhas naturais, os grandes prodígios (SN, Supra-Normais, Milagres)realizados entre eles com o poder do Altíssimo são em todos os sentidos mais estupendos que os prodígios naturais” (“Supranormal ou Surnaturel?” Paris, Arthème Fayard, 1959, págs. 122 s).
Como também é um grande serviço à Religião a luta científica contra a superstição, contra o ocultismo etc.: O padre Geral dos jesuítas, na Congregação Geral 33 adverte que precisamente “defesa e propagação da fé” era a preocupação básica do próprio fundadorSanto Inácio de Loyola“É missão da Companhia de Jesus anunciar o Evangelho aos não crentes e aos que crêem de maneira diferente, mais do que aos que são fiéis”.
Cristo morreu de braços abertos para que nenhum católico fique de braços cruzados. Ou como enfaticamente dizia Pio XII“O católico ou é apóstolo ou é apóstata”.
O famoso teólogo Pe. Karl Rhaner S.J., que muito se dedicou à Parapsicologia, em carta (Insbruck, 16/03/84) ao Cardeal Landázuri, do Peru, afirma: “Hoje em dia não se pode fazer Teologia sem ter em conta as Ciências Profanas”. E após a carta confidenciou: “Por favor, se não sabe Parapsicologia, não se chame teólogo. Sem Parapsicologia, em grande parte a Teologia não passa de disquisições”. Ao que o Cônego Frei William Rauscher comenta: “Na Igreja hoje devemos continuamente mostrar novo interesse pela Parapsicológica e todos os estudos Parapsicológicos. Uma Igreja que não se interesse nisso está perdendo seu tempo”(62 Delawere, New Jersey).
Werner Keller“E uma coisa pode-se afirmar: os resultados das pesquisas daParapsicologia (...) arejarão com sua atmosfera fresca e vital as salas de outras disciplinas. Varrerão o pó e porão dúvidas ou lançarão pela borda muitas negações ou
afirmações que sempre foram dadas por estabelecidas. Quase nenhuma ciência será respeitada. Porque a Parapsicologia bate implacavelmente em muitas portas, seja a Física, a Biologia, ou a Teologia” (“Ayer era milagro. Los poderes ocultos del hombre, por fin al descubierto”, Barcelona, Editorial Bruguera, 1974, pág. 397).
E a UNESCO em frase do seu presidente J. Huxley, declara: “Deve a UNESCO (...) zelar particularmente para que se explorem com bastante cuidado os domínios situados nos confins da ciência (...), o que na hora atual se chama Parapsicologia (“UNESCO, sus Fines y su Filosofia”, Buenos Aires, Editorial EL DESAFIO DE LO IMPOSIBLE, 1971, pág. 63).
Por fim, a posição oficial. Lamentavelmente falta a conveniente divulgação e a realização.
Além de “Fides et Ratio”, e tantos outros textos já aludidos:
Bento XIV, o maior sábio do que hoje chamamos Parapsicologia“Máximo comum interesse Teologia-Ciência”.
Leão XIII recomendou financeiramente promover a pesquisa e divulgação das novas descobertas na relação Fé e Razão. E com essa finalidade o mesmo Leão XIII mandou abrir um Centro de Estudos, inaprazável, apoiado pela Hierarquia. A direção foi encomendada a Gabriela Lambertini (Atenção ao sobrenome: o insuperável Bento XIVchamava-se Próspero Lambertini).
“La Civiltá Cattolica” pede “a verificação e diferenciação dos fatos. Única maneira de evitar estradas aberrantes e defender o verdadeiro milagre” (SN).
“L’Osservatore Romano” :Deve apoiar-se a Parapsicologia, necessária na pastoral, pois todos podem apresentar problemas pelo contato com o Espiritismo, Esoterismo, Confissões Independentes etc” (...) Mandamos que em todos os seminários se preparem os alunos nas aulas de Teologia e Apologética para o combate eficiente contra o Espiritismo e demais erros”.
O moderno “Dictionaire de Theólogie Catholique”:“Não há mais que um método válido para estudar estes fenômenos de Possessão, Mística, Aparições etc., como não há mais que um método para estudar os Milagres (...): devemos, nesta matéria, revisar nossos juízos à luz dos progressos incontestáveis da Parapsicologia”.
O excelente parapsicólogo e professor de Religiões comparadas, Pe. Pinard De La Boulaye: “A Psicologia Experimental e especialmente a Parapsicologia estão no seu terreno próprio quando tentam evaluar, nos fenômenos religiosos, aquilo que é explicável por causas naturais”.
“L’Osservatore Romano” (28/Junho/1971, pág. 9): “No fim dos anos 70 muitos teólogos caíram na conta de que é necessário reconstruir a ciência teológica ‘ab imis fundamentis’”(desde os alicerces mais profundos).
CELAM. Assim, os Srs. Bispos de América Latina, bem encarecidamente e com muito elogio recomendam o estudo da Parapsicologia a todos os padres e agentes de pastoral (Cfr. “Revista Eclesiástica Brasileira”, Setembro, 1960, pág. 669). E depois confirmado na reunião de Rio de Janeiro em 1955 encarece com particular ênfase que "nos seminários maiores e nos institutos teológicos dos religiosos se estabeleçam cursos especiais sobre as heresias (Hoje há 56.000 religiões! Evidentemente Deus só pode haver revelado uma...)e superstições atualmente disseminadas” (Ibidem, título VII, Nº 73).
CNBB . E a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em reunião celebrada em Roma, já em 1953 mandou que “ninguém se ordene de sacerdote, nem seja catequista,nem agente de pastoral sem haver estudado Parapsicologia”, repetido em Rio de Janeiro (Constituições Eclesiásticas do Brasil, Pastoral Coletiva, Nº 1194).
É um objetivo a alcançar, pois ainda faltam professores. Em decorrência desse desejo oficial da hierarquia, o CLAP abriu o Curso de Pós-Graduação, principalmente com o intuito de formar professores.
Porque, como insiste o bispo Dom Boaventura Kloppenburg, a culpa principal da difusão do Espiritismo é do Clero: “A falta de ação clara e uniforme da parte do clero, pensamos que é a causa principal. Os fiéis não foram suficientemente instruídos” (Revista Eclesiástica Brasileira, 1957, págs. 6s).
A modo de conclusão. Acertadamente o grande parapsicólogo Pe. Gerard Frei proclama:“Por cima da Teologia, Filosofia, Psicologia, Psiquiatria, Antropologia, História, Arqueologia e qualquer outro ramo da ciência, a Parapsicologia é o ramo da ciência atual que mais contribui ao maior conhecimento do homem e mesmo dos temas transcendentes com ele relacionados”.
E os Prêmios Nobel Henri Bergson e Werner Keller esperam que a Parapsicologia“esta nova ciência recuperará o tempo perdido por séculos de numerosas religiões e confissões religiosas irracionais por um lado e do materialismo por outro” (“Ayer era milagro”, op. cit., págs. 416s).
E por esses motivos deduz e confirma Harry Price, professor na Universidade de Oxford:“A Parapsicologia é o mais importante campo de pesquisa jamais empreendido pelo homem, e é dever de todo cientista familiarizar-se com ela” (Citado por Werner Keller, op. cit., págs. 1 e 19).
Assim como Charles Richet titulou a Parapsicologia como “a grande esperança”, o célebre filósofo católico Gabriel Marcel concretiza: “A revolução na ciência causada pelaParapsicologia fará que ninguém possa ser materialista e abrirá a prisão em que o agnosticismo e ateísmo encerraram a humanidade”.
Terminamos com a exortação, entre tantas que poderíamos citar, do grande parapsicólogo Pe. Giovanni Battista Alfano (“Lo Spiritismo... questo mistero!”, págs. 736s) junto com o Pe. Antônio Bruers (“La Metapsichica”, Roma, E.S.I.M., 1951, pág. 25): “Aproveitamos a ocasião, nós, sacerdotes católicos (...) para exortar vivamente nossos colegas no sacerdócio (e todos os agentes de pastoral e educadores) a cultivar o estudo da Parapsicologia (...) Devemosantesde mais nada reconhecer a realidade dos fatos parapsicológicos (humanos: Extra-Normal e Para-Normal) para depois poder demonstrar em que medida (...) são diferentes as manifestações bíblicas, agiográficas e mesmo hoje, de claro caráter Supra-Normal, Divino,eassim poder fazer pastoral e ensinar Religião racionalmente”.

sábado, 3 de março de 2012

A vida cristã em Damasco, na Síria, onde Paulo se converteu





Ainda que o cristianismo em Damasco tenha suas raízes nos tempos anteriores a São Paulo, a pequena comunidade atual luta por sobreviver. Precisamente porque a Igreja é uma minoria em terra muçulmana, cada cristão sai da pauta cultural, explica o arcebispo católico Samir Nassar, de Damasco. O bispo, que cumpriu 60 anos em 5 de julho, serve a Igreja local desde 2006. Nesta entrevista, ele fala das dificuldades enfrentadas pela Igreja, mas também das razões para a esperança. Damasco, onde o senhor é arcebispo, é uma cidade que está no coração do cristianismo, onde São Paulo perdeu a vista e a recuperou novamente. Poderia nos falar da situação atual dos cristãos em Damasco? Dom Nassar: A Síria é um país cristão muito antigo. Nela, há 33 mil igrejas. A Síria era predominantemente cristã e ainda temos muitos lugares cristãos famosos. Temos muitas igrejas cristãs que ainda estão vivas. Os cristãos no país não são convidados; têm suas raízes e viveram ao lado dos muçulmanos desde o século VII.O cristianismo, no entanto, estava profundamente enraizado na Síria antes do Islã. Sim, antes de São Paulo, porque São Paulo foi batizado e foi capaz recobrar a vista em Damasco, o que significa que o cristianismo existia aqui antes de São Paulo. Como são os cristãos na Síria hoje? Dom Nassar: Temos três tipos de igrejas. Em primeiro lugar, temos as igrejas monofisitas, que são as ortodoxas sírias e as ortodoxas armênias; têm seu patriarca, que mora em Damasco. Depois, temos a ortodoxa grega, a maior igreja da Síria; e finalmente, temos muitas igrejas católicas. Além disso, certamente, há algumas igrejas protestantes. Todas essas igrejas são muito antigas, exceto as protestantes, que chegaram durante o último século; as demais igrejas se remontam aos apóstolos. Eu pertenço à Igreja Maronita, que foi fundada no século V por São Maron, um monge que costumava morar em algum lugar entre Alepo e Antioquia. Nos primeiros mil anos, estivemos na Síria e, depois, mudamos para as montanhas libanesas; agora estamos em todos os lugares, na Austrália, na América. Mais da metade da população está fora do Oriente Médio. Voltemos à Síria. Que porcentagem da população da Síria é cristã? Dom Nassar: Oficialmente, somos cerca de 8%. Alguns dizem que não passamos de 5%. Somos uma minoria. Isso seria mais ou menos um milhão de pessoas, em uma população de 21 milhões. Como o senhor descreveria a relação atual entre cristãos e muçulmanos na Síria? Dom Nassar: Vivemos juntos durante 1.400 anos. Algumas vezes, tivemos problemas, mas vivemos juntos. Compartilhamos e vivemos juntos e, no meu bispado em Damasco, tenho uma mesquita precisamente do lado do meu quarto, e por isso escuto suas orações e eles podem escutar a nossa oração também. Coexistimos no dia-a-dia. Uma criança cristã frequenta uma escola local, que é de maioria muçulmana; lá, as crianças cristãs aprendem o Alcorão e o Islã. Elas se tornam muçulmanas? Dom Nassar: Pouco a pouco, vão se familiarizando mais com o Alcorão e com Maomé que com Jesus Cristo. Nós lhe damos uma hora de catequese e, para isso, temos de enviar um ônibus ou um carro para trazer as crianças e depois levá-las de volta. Algumas vezes elas vêm, outras vezes não, e uma hora de catequese não é suficiente. Então, tentamos encontrar a forma de conservar a nossa Igreja viva nesta terra da Bíblia. Se uma moça deseja se casar com um muçulmano, ela tem de se converter? Dom Nassar: Sim, é um problema. E se um cristão quiser se casar com uma muçulmana, também tem de se converter. Esta é uma lei muito antiga e não pode ser mudada. Ninguém obriga esse homem a se casar com uma moça muçulmana, mas 95% das moças são muçulmanas, apenas 5% são cristãs; há mais opções do lado dos 95%, então, quando se casam, também perdemos nossa gente. E quanto à questão da conversão? Há muçulmanos que vão às igrejas católicas maronitas, interessados em converter-se? Como o senhor responderia a este tema da conversão, sendo que no Islã a conversão é castigada com a morte? Dom Nassar: Isso é fanatismo, mas muitos muçulmanos vêm à nossa igreja; aprendem o catecismo, acompanham nossos encontros, mas não podem ser batizados. Se quiserem, podem ser cristãos no seu coração, mas não podem mostrar isso. Então são... cristãos escondidos? Dom Nassar: Não podem mostrar, mas nós os recebemos de coração aberto e alguns vêm à Missa diariamente, aos estudos da Bíblia e à catequese, Vêm, mas para os de fora, eles têm de permanecer sendo muçulmanos. Então, o senhor tem de ter muito cuidado; quando um jovem vem até o senhor e deseja se converter, como o senhor lida com a situação? Dom Nassar: Posso recebê-lo, mas não posso batizá-lo, para não ter problemas com o governo... Mas é uma Igreja feliz. Não somos muitos, mas somos uma pequena Igreja muito ativa e dinâmica; temos uma vida ecumênica belíssima. Trabalhamos juntos. Em Damasco, somos 9 bispos: 5 ortodoxos e 4 católicos, e nos reunimos uma vez ao mês para compartilhar nosso trabalho pastoral, rezar juntos e organizar nosso trabalho. E tudo vai bem. Na Igreja, quando as pessoas vêm à Missa, não são somente católicos; alguns são ortodoxos e outros, cristãos. Minha gente também vai à Missa na igreja ortodoxa, e isso nos torna quase uma família. O que seria do Oriente Médio sem a Síria? No sentido de que a Igreja Católica no Iraque está desaparecendo rapidamente e assim está ocorrendo em todo o Oriente Médio, exceto no Líbano, mas inclusive lá os jovens estão indo embora... Dom Nassar: Se você olha para o Oriente Médio, tem a guerra entre a Turquia e o Curdistão, tem a guerra no Iraque, a guerra entre os palestinos e Israel, a guerra do Líbano; e a Síria é o único país pacífico na região. É por isso que todo mundo vem para a Síria, porque é o único lugar pacífico para viver, para trabalhar, para rezar e aprender; é uma cidade universitária. Sem a Síria, a maioria das pessoas abandonaria o Oriente Médio. Iriam embora, emigrariam. O senhor tem esperança na Igreja? Dom Nassar: Tenho que ter. Somos a Igreja da esperança. Não podemos ser pessimistas; esta é a nossa fé para nos convertermos em mártires. Vi alguns iraquianos cristãos que são felizes, apesar da perseguição. Jesus Cristo, depois de tudo, foi um refugiado, um mártir, e me dá a força na minha fé neste mundo; e é belíssimo demonstrar quão importante é para nós permanecer aqui. Fonte: ZENIT

SÍRIA: A COMUNIDADE DE MAR MOUSSA, VÍTIMA DE UM ATAQUE ARMADO

ZP12022906 - 29-02-2012 Permalink: http://www.zenit.org/article-29811?l=portuguese Cerca de 30 homens encapuzados invadiram o mosteiro MAR MOUSSA, quarta-feira 29 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) .- Na quarta-feira passada, 22 de Fevereiro, a comunidade de Mar Moussa na Síria sofreu um ataque armado. De acordo com um comunicado divulgado pela comunidade do mosteiro de Mar Moussa el-Habachi, na quarta-feira 22 de fevereiro, por volta das 18 horas, realizou-se os seguintes fatos: "Cerca de 30 homens armados, que, com exceção do comandante, estavam mascarados, invadiram o celeiro do mosteiro, onde havia alguns funcionários. Saquearam as instalações em busca de armas e dinheiro, perguntando onde estava o padre responsável. Um dos funcionários foi obrigado a levar algumas pessoas armadas para a outra parte do mosteiro. Ali, quatro freiras foram fechadas em uma sala sob vigilância, quando se preparavam para ir para a oração. Em seguida, alguns dos agressores entraram na igreja. A comunidade monástica, reunida para a meditação lembrou-lhes que este espaço estava consagrado à oração e merecia respeito. Os homens armados obrigaram os presentes, sob ameaças, a se reunirem em um canto da igreja. Depois interceptaram outras pessoas no mosteiro tratando-as de uma forma brutal. Então, sem causar maiores danos, continuaram, sempre sem sucesso, a buscar armas e dinheiro, destruindo todos os meios de comunicação que eles encontraram. Durante o ataque, o responsável do grupo tirava fotos com o seu celular. Depois de permitir que continuassem a oração, ordenou que os presentes permanecessem na igreja durante uma hora. " "O superior do mosteiro – continua o comunicado – estava em Damasco, e só pôde voltar na madrugada da quinta-feira". O comunicado disse que "aqueles que tinham autoridade entre as pessoas armadas tinham declarado em seguida a sua intenção de não prejudicar as pessoas presentes no mosteiro, e realmente cumpriram sua palavra durante a agressão". Naturalmente, continua o comunicado, "surge a questão sobre a identidade do grupo armado. Impossível no momento dar uma resposta certa. Parece ser que se trata de homens acostumados com o uso de armas, a fim de atender seus interesses materiais. Fica totalmente obscurecida a razão pela qual procuravam armas em um mosteiro conhecido há anos pela sua escolha e sua promoção da não-violência." "Agradecemos a Deus – conclui o comunicado – pela proteção dos seus anjos e oramos durante a missa pelos nossos agressores e suas famílias. Apesar destes acontecimentos dolorosos, não perdemos a paz e nem o desejo de servir à reconciliação. "