Damasco, 28 Mar. 12 / 10:04 am (ACI/EWTN Noticias)
Quase todos os cristãos na cidade de Homs, arrasada pelo conflito na Síria, fugiram de lá devido à violência e à perseguição, ao mesmo tempo em informes reportam que suas casas foram atacadas e sitiadas por fanáticos vinculados ao Al-Qaeda.
Diversos informes oficiais assinalam que perto de 90 por cento de cristãos deixaram seus lares, e a violência levou a que se tema que a Síria possa converter-se em um "segundo Iraque", com ataques às igrejas, seqüestros e expulsões de cristãos.
O êxodo de mais de 50 000 cristãos produziu-se em sua maioria durante as últimas seis semanas. Isto faz parte da "limpeza étnica" posta em marcha por grupos militantes islâmicos vinculados ao Al Qaeda, de acordo à organização internacional católica Ajuda à Igrejaque Sofre (AIS).
Homs era o lugar de uma das maiores populações cristãs da Síria, e fontes da Igreja assinalam que os fiéis levaram a pior parte da violência. Eles escaparam a povoados, muitos dos quais estão nas montanhas, a 30 milhas fora da cidade.
Islamistas teriam ido de casa em casa nos bairros de Hamidiya e Bustan al-Diwan, em Homs, e obrigaram os cristãos a fugir, sem dar-lhes a oportunidade de recolher seus pertences.
A crise em Homs incrementou o temor de que islamistas estejam ganhando influência na região, ante o vazio de poder deixado pela derrota de outros governos árabes.
As comparações com o Iraque são sinistras. A violência contra os fiéis nesse país ocasionou que a população cristã passasse de 1,4 milhões ao final de 1980 a menos de 300 000 na atualidade.
Tanto na Síria como no Iraque, a Igreja branco de ataques porque se percebe como próxima aos regimes sob o ataque de partidas opositores e grupos rebeldes.
O levantamento na Síria começou em março de 2011, com protestas que buscam uma reforma política. O levantamento se tornou cada vez mais militarizado e mais de 8000 pessoas morreram no conflito no último ano, segundo as cifras da ONU.
Muitos na oposição da maioria Sunita do país, enquanto as minorias religiosas continuam respaldando ao presidente Bashar al-Assad.
A exilada Irmandade Muçulmana de Síria afirmou que não monopolizará o poder em um novo regime, mas respaldará um estado democrático com igualdade para todos os cidadãos e respeito pelos direitos humanos.
Em 26 de março, as forças do governo de Síria bombardearam Homs e realizaram blitz por toda a cidade. Um grupo de direitos humanos diz que as forças governamentais parecem estar preparando-se para retomar o poder das zonas da cidade retidas por rebeldes, informou a Associated Press.
O governo acusou os insurgentes de terrorismo e de conspiração internacional, enquanto que o próprio regime enfrenta acusações de tortura e massacre de civis.
A comunidade cristã sofreu ataques terroristas em outras cidades.
No dia 18 de março, a explosão de um carro bomba teve como alvo o bairro cristão de Alepo, perto da igreja de São Boaventura, dos frades Franciscanos. Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) se encontra agora auxiliando as famílias das vítimas deste atentado.
"As pessoas que estamos ajudando têm muito medo", disse o Bispo de Aleppo, Antoine Audo, que fiscaliza o programa de ajuda. "Os cristãos não sabem o que lhes prepara o futuro. Eles temem que não retornarão aos seus lares".
Os deslocados de Homs estão desesperados por conseguir comida e refúgio. Ajuda à Igreja que Sofre anunciou um pacote de ajuda urgente de 100 000 dólares para aliviar suas necessidades.
Cada família receberá 60 dólares cada mês para mantimentos básicos e alojamento. Os organizadores da assistência esperam que eles possam retornar aos seus lares para o verão.
Dom Audo disse à AIS que é muito importante ajudar aqueles que se encontram em perigo.
"Rezem por nós e trabalhemos juntos para construir a paz em Síria", disse o prelado.
Por Sergio Mora
ROMA, quinta-feira, 22 de março de 2012 (ZENIT.org) - Quatro dias antes da viagem apostólica do papa a Cuba e ao México, foi apresentado nesta quarta-feira (21), em Roma, o filme mexicano Cristiada, que narra os terríveis eventos da guerra civil mexicana (1929–1929), conhecida como guerra cristera, entre cujos personagens há vários que foram canonizados por João Paulo II ou beatificados por Bento XVI.
Num auditório do Instituto Patrístico Agustinianum, situado ao lado das colunas de Bernini da Praça de São Pedro, os convidados, em sua maioria jornalistas e pessoas do mundo da comunicação e dos espetáculos, assistiram à pré-estreia em evento organizado pela agência H2O e apresentado pelo mexicano Pablo José Barroso, produtor do filme, e por Jesús Colina, diretor de Aleteia.org.
O produtor destacou: “Neste domingo, o santo padre celebrará a missa aos pés do Cerro Cubilete, onde está a imagem de Cristo Rei, centro geográfico e espiritual do México. Significa um reconhecimento a todos os nossos mártires que lutaram pela fé e pela liberdade de religião”.
O produtor recordou que, entre os personagens, um dos protagonistas é um menino, “o beato José Sánchez del Río, martirizado quando tinha 14 anos e beatificado por Bento XVI, junto com Anacleto González Flores, Miguel Gómez Loza e os irmãos Vargas”.
“Vocês conhecerão a história deles, como a de Cristóbal Magallanes, interpretado por Peter O'Toole, e a do padre José María Robles, canonizados por João Paulo II”.
No Cerro Cubilete, há 90 anos, o delegado apostólico Ernesto Filippi consagrou a primeira pedra do monumento a Cristo Rei, o que lhe valeu a deportação. O papa celebrará ali a santa missa com mais de quatrocentas mil pessoas.
“Com Cristiada, nós queremos que o mundo saiba e nunca se esqueça das pessoas que morreram por Jesus, pela fé e para defender a sua liberdade de religião. Sempre com as palavras Viva Cristo Rey y la Virgen de Guadalupe!” E terminou pedindo “o apoio de vocês e de todas as pessoas que acreditam na liberdade para continuarmos nos cinemas”.
O filme será apresentado nas salas do México em 20 de abril, nos Estados Unidos em 1º de junho e na Espanha em setembro. É a mais recente produção mexicana capaz de competir com as melhores do mundo. No elenco, nomes de fama mundial como Andy García e Peter O’Toole. O diretor é Dean Wright, cujos efeitos especiais foram vistos em Titanic, O Senhor dos Anéis eAs Crônicas de Nárnia. O roteiro é de Michael Love, baseado em eventos históricos. O filme foi rodado em inglês.
“Planejamos o filme há três anos. Quem diria que o papa iria para o México e, mais ainda, para o Cubilete, e celebraria uma missa lá! Tudo isso vem do céu!”, comemora Barroso.
“Nós, da Dos Corazones Films, fizemos outros três filmes e vemos que as pessoas querem histórias com valores positivos. Primeiro fizemos um sobre a história da Virgem de Guadalupe, depois um sobre A Lenda do Sol, e depois O Grande Milagre, que ficou em primeiro lugar nas bilheterias do México durante cinco semanas. Eu não queria fazer mais filmes, mas quando Deus quer alguma coisa, ele é mais insistente do que ninguém. E aconteceu. Ele mesmo nos inspirou e guiou, achamos ótimos atores e o resultado superou as minhas expectativas”.
“Os cristeros são importantes para o México e para todo o continente, são pessoas que se entregaram pelas suas crenças e, graças a eles, conseguimos a liberdade de religião que temos hoje, e até uma viagem de um papa ao México”.
Baseado nos fatos reais da guerra cristera, o filme começa com a proibição de culto imposta pelo presidente Plutarco Calles. Um milhão de assinaturas foram apresentadas em protesto e rejeitadas pelo governo, que adotou uma série de intimidações, interrompendo missas e chegando a fuzilar sacerdotes, num crescendo de violência que levou as pessoas simples das áreas rurais a empunhar as armas. Grande número de católicos aderiu, outros não apoiaram e muitos não participaram, mas ajudaram os cristeros com armas e apoio logístico. Começou também um boicote econômico popular, evitando qualquer consumo.
O filme, que conta uma guerra de três anos através de uma rica série de personagens e efeitos especiais, recorda que não faltaram brutalidades como a queima de 51 pessoas dentro de um trem por causa de um ataque cristero. Os rebeldes recebem a ajuda de um general, Enrique Gorostieta, se disciplinam e dão corpo ao levantamento, colocando em sérias dificuldades o governo de Calles. A mediação de Roma para dar fim ao conflito não é aceita.
O filme é pródigo em detalhes importantes que mostram a transformação interior dos personagens, partindo do general Gorostieta, que aceita comandar as tropas em defesa da liberdade religiosa, mesmo não acreditando na Igreja. Mas o suceder-se dos fatos prepara a sua conversão. É determinante o papel do menino José, um dos principais personagens, que é assassinado depois de ser torturado por não renegar a fé, preferindo proclamar “Viva Cristo Rei!”.
Para ver o trailer: http://www.cristiadafilm.com.