segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A arte da verdadeira educação



Por Robert K. Carlson

Ao descrever as excelências de um aprazível e bem-sucedido College americano, este autor relembra os preceitos clássicos para toda a boa educação, e sobretudo este: um bom ambiente é fundamental para o que há de mais essencial na educação – o aprendizado das virtudes
Recentemente, fui convidado pelo Magdalen College, uma Faculdade católica de Artes Liberais da cidade de Warner, New Hampshire, para falar sobre o tema: Qual é a verdadeira crise moral? Ao voar de volta e pensar sobre a minha estadia ali, reparei que tinha recebido dos estudantes pelo menos tanto quanto procurara dar-lhes – e talvez mais. Magdalen fez-me lembrar de uma verdade perene central que, tal como o pássaro de São Beda, costuma fugir da mente se não se reflete sobre ela: a de que os estudantes não conseguem crescer em solo infértil.

Ao chegar em casa, um amigo perguntou-me se tudo tinha corrido bem. Respondi-lhe que sim: Em Magdalen, o solo era fértil, a semente tinha vida, os agricultores eram fortes, entusiastas e competentes, os estudantes eram dóceis e a colheita foi copiosa. Inspirado nesse solo rico, escrevi uma carta ao Presidente do College, Jeffrey J. Karls, em que resumia a minha experiência:


Os seus alunos, criados em boas famílias católicas, foram-lhe confiados pelos pais para se tornarem membros da ampla família de Magdalen – in loco parentis. Como filhas e filhos adotivos, tomaram contacto com a beleza do campus, com a capela de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, com a liturgia e música sacras, com os trajes civilizados, com as boas maneiras e com o ensino excelente – todo o fértil solo de Magdalen. E isso produziu bons frutos. Demonstram-no a caridade e o zelo de sua faculdade em dar o que tem – a sabedoria –, e a docilidade e alegria que os seus estudantes põem na busca dessa sabedoria, como pude observar nas duas aulas que vi serem ministradas, bem como nas conversas que tive com os alunos fora da sala de aula. E tudo acompanhado de muita educação, sinal de verdadeira caridade posta em prática.


Creio que foi G.K. Chesterton quem disse certa vez, naquele seu estilo inimitável, que na educação o ambiente – o solo – é quase tudo. Nisso posso perdoar a Chesterton a sua costumeira tendência ao exagero retórico, pois frisava um ponto importante: de fato, o solo, se não é quase tudo, é pelo menos a coisa mais importante. E o Magdalen College sabe disso: coisa que muitos educadores de hoje esquecem ou, pelo menos, negligenciam.

Contrariamente à opinião de Chesterton, muitos educadores modernos parecem pensar que o ambiente em que se dá a educação aos nossos estudantes conta muito pouco ou nada. A tradição educativa do Ocidente está certamente do lado de Chesterton, ou melhor, ele é que está do lado dela. Começando por Platão, o primeiro grande comentarista da educação, a tradição nos ensina que os estudantes não conseguem desenvolver-se em solo estéril; que o ambiente docampus onde são educados é de primordial importância para que a educação liberal produza o seu fruto.

E qual é o fruto próprio da educação liberal? A nossa tradição clássica e cristã nos diz que a educação liberal é a arte de tornar o homem melhor enquanto homem, para que assim possa viver uma vida melhor. É também a arte que possibilita ao homem adquirir as virtudes ou hábitos morais e intelectuais. Essas virtudes são os princípios absolutos e universais que regem a educação enquanto arte: são o significado da sua pretensão de tornar o homem melhor. Pois a educação liberal – do latim líber, livre – prepara a pessoa em função do seu próprio bem, e não apenas para algum trabalho. É a educação de um homem livre, e não de um escravo. Por isso, ao contrário de um escravo, o homem que recebeu essa educação vive por si próprio, no sentido exposto por Marcus Berquist: “compreende interiormente a finalidade da sua vida e a assume na sua própria pessoa”.

A educação liberal forma o intelecto e as virtudes intelectuais. Robert Maynard Hutchins, explicando o enfoque tradicional da educação liberal, aponta: “Ao falar de virtudes intelectuais, refiro-me aos bons hábitos intelectuais. Das cinco virtudes intelectuais que os antigos distinguiam, três eram virtudes especulativas: o conhecimento intuitivo, que é o hábito da indução; o conhecimento científico, que é o hábito da demonstração; e a sabedoria filosófica, que é o conhecimento – ao mesmo tempo científico e intuitivo – das coisas de natureza mais alta: os primeiros princípios e as causas. As outras duas virtudes correspondem ao intelecto prático: a arte, que é a capacidade de agir conforme o verdadeiro curso do raciocínio, e a prudência, que é a reta razão quanto ao que se deve fazer”.

No entanto, a educação liberal não menospreza a força da vontade – fonte primária da moralidade –, nem, muito especialmente, o cultivo prático das três virtudes morais cardeais – a temperança, a justiça e a fortaleza – que resumem todos os outros valores morais.

Embora ao longo da história da educação liberal tenha havido muita discussão quanto ao ensino dessas virtudes morais – como devem ser ensinadas e se, a rigor,podem mesmo ser ensinadas –, há um consenso geral de que o intelecto tem de estar envolvido no cultivo da vontade. Como diz o antigo ditado, o intelecto propõe e a vontade dispõe. Mark Van Doren comenta a propósito da vontade e do intelecto: “Sem capacidade de abstração, ficaríamos ofuscados ao ver as coisas, tal como o homem de Platão quando sai da caverna. O que não vemos é a natureza daquilo que vemos. «Virtude é conhecimento», disse Sócrates, ao explicar que o ignorante não pode ser corajoso, pois a coragem consiste em saber o que se deve e o que não se deve temer. A educação moral nada mais é do que reflexão. O método mais seguro de educação moral consiste em ensinar a pensar. Como dizia Pascal, «trabalhemos, pois, para bem pensar: eis o princípio da moral».

Consta da declaração de princípios educacionais do Magdalen College que o seu Programa de Estudos se baseia na visão clássica e cristã da educação liberal, em coerência com o dito socrático: uma vida irrefletida não é uma vida digna. Por isso, anuncia que a sua missão é capacitar os estudantes a viverem bem a vida, o que é justamente a finalidade última da educação liberal.

O Programa foi montado para realizar essa tarefa ajudando os estudantes na aquisição das virtudes intelectuais: como questionar e como participar no discurso racional; como pensar e como aprender; como defender opiniões e como chegar à verdade; como analisar e como sintetizar. Isso, por sua vez, irá prepará-los para as virtudes morais, pois, como acabamos de ver, pensar bem é o princípio da moral.

A tradição classificou a Educação como uma arte cooperativa, juntamente com a Medicina e a Agricultura. Essas artes são cooperativas no sentido de que o professor, o médico e o agricultor cooperam com a Natureza para a consecução de seus fins respectivos: o aprendizado, a saúde e a obtenção dos frutos da terra. A Natureza por si própria é capaz de chegar a essas metas, mas alcança-as melhor através desses artistas, que atuam como instrumentos secundários ao exercerem as suas capacidades.

Por causa da semelhança entre ensinar e plantar, o próprio Cristo fez uma analogia entre essas atividades na Parábola do Semeador, a fim de instruir os Seus discípulos na arte que em breve passariam a praticar pregando o Evangelho. A Parábola do Semeador ensina a importante verdade de que, assim como o solo deve ser rico para que a semente lançada pelo semeador crie raízes e produza fruto abundante, da mesma forma o estudante deve ser dócil ao ouvir as palavras de quem ensina para que elas criem raízes e produzam o seu fruto nele: o fruto do entendimento. Cristo diz: e a semente que cai em terra boa são aqueles que ouvem a palavra e a põem em prática, e dão fruto: uns trinta, uns sessenta e outros cem por um.

A tradição ensina que a docilidade é uma virtude moral, um cume entre dois vícios opostos: a subserviência e a indocilidade. O estudante dócil é aquele que tem o nível adequado de respeito pela autoridade do professor, que é quem semeia a palavra. Se o estudante exagerar na sua dependência dessa autoridade corre o risco de simplesmente ouvir a verdade tal e como o mestre a enuncia, e depois confiá-la à memória sem fazer nenhum esforço por compreendê-la por si mesmo. Isto não é ensino: é doutrinação. Por outro lado, se o estudante não respeita a autoridade do professor, não irá sequer escutá-lo e, em conseqüência, permanecerá na ignorância ou no erro. Estes dois vícios conduzem a efeitos negativos bem conhecidos, ao passo que a docilidade – o nível adequado de respeito pela autoridade do professor – conduz à verdadeira educação.

O Magdalen compreende a docilidade e a valoriza nos seus estudantes. Parte da sua pedagogia consiste em que os alunos leiam os Grandes Livros em pequenas sessões com os professores, nas quais estes procuram fazê-los descobrir a verdade em conversas de estilo socrático. A respeito disso, o programa comenta: Uma vez que viver melhor pressupõe uma busca pessoal dos princípios que integram a nossa existência, os estudantes devem aprender a descobrir e avaliar esses princípios. E o conseguirão na medida em que se fizerem dóceis como as crianças.

Mas como tornar o aluno dócil às palavras do professor? Deve-se deixar isso inteiramente ao acaso, ou os educadores – tal como os agricultores – devem cultivar cuidadosamente o solo educacional em que se encontram imersos os estudantes, com a intenção de os expor à verdade, ao bem e à beleza, para que assim possam mais facilmente tornar-se receptivos à palavra do professor?

Platão, na República, responde: Não permitamos que os nossos guardados cresçam no meio de imagens de deformação moral, como ocorre em certos pastos ruins, e ali mordisquem e comam, dia após dia e pouco a pouco, ervas e flores prejudiciais e venenosas, até acumularem silenciosamente uma massa de podridão que fermenta nas suas almas.

Platão afirma além disso que os educadores, tal como os artistas, devem produzir por meio da razão o rico solo em que os seus educandos podem absorver a graça e a beleza verdadeiras e o bem em todas as coisas. Então a beleza moldará a sua alma desde os primeiros anos, em conformidade e harmonia com a beleza da razão.

E o que pressagia esse rico solo para o estudante cuja alma foi moldada em conformidade e harmonia com a beleza da razão, e que por isso mesmo está apto para uma verdadeira educação? Quem for educado num ambiente onde se cultive corretamente a verdade, o bem e a beleza, argumenta Platão, adquirirá bom gosto nas artes, tornar-se-á nobre e bom, e saudará a sua amiga , com quem convive desde há muito tempo graças à educação.

Em poucas palavras: pela influência desse rico solo, o estudante tornar-se-á dócil, ou seja, capaz de ser ensinado. Conseqüentemente, não somente respeitará a sua “amiga razão”, mas também o representante dela – o professor –, que deposita a semente na sua alma para que aí lance raízes e produza frutos de sabedoria. Vê-se portanto que Platão e a tradição confirmam aquilo que Chesterton diz e que o Magdalen sabe: que na educação o solo é realmente o mais importante. Descrevendo o seu ambiente educativo, o College articula essa verdade perene: “Na sala de aula, espera-se que haja respeito para com todas as pessoas e uma vigorosa busca da verdade. Nas atividades em comum, todos são convidados a participar e os estudantes podem crescer nas virtudes enquanto se divertem e convivem com os colegas. No refeitório praticam-se as boas maneiras e o serviço ao próximo. As residências conservam-se limpas e em ordem, e dá-se incentivo aos bons hábitos de estudo. Por toda parte, vão-se formando verdadeiras e duradouras amizades e consegue-se obter um sólido rendimento acadêmico”.

Nos tempos que correm, e em que esses conceitos são freqüentemente esquecidos, é animador saber que há um pequeno College de Artes Liberais que responde ao apelo do Coração da Igreja (Ex Corde Ecclesiae) e o põe em prática. Magdalen é um diamante aos pés do monte Kearsarge, em Warner, cidade de New Hampshire.

Tradução: Quadrante

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Bento XVI e o jornalismo arregão



Já foi dito por muitos católicos que acompanhar a cobertura desta renúncia papal e do próximo conclave por determinada imprensa era um tipo excelso de sacrifício. Não é de se admirar. Já teve jornal de primeira linha divulgando desde que a renúncia criava um precedente para se acabar com a infalibilidade papal - oi? - até que o momento era uma deixa para um Concílio Vaticano III. Mas até aí, sejamos tolerantes, opiniões jogadas ao vento, aceitas por qualquer papel.
O nível geral, no entanto, desceu drasticamente na última sexta feira, dia 15, quando a Folha de São Paulo divulgou o artigo de Barbara Gancia sobre o tema em questão.
Muito diferente dos outros textos, em que opiniões e especulações - por mais mirabolantes que fossem - eram colocadas em pauta com um mínimo de fundamento e seriedade, esse artigo chocou pelo seu caráter estrito de folhetim, propaganda e ataque pessoal. Dá para ver o veneno contido por entre a tipografia. Ao que tudo indica, a idéia era mesmo debochar, invocar ar de superioridade e capitalizar.

O artigo se intitula "Bento XVI, o Arregão". O escopo do artigo versa que Bento XVI se acovardou diante dos desafios da Igreja, que sua renúncia foi um sinal de "derrotismo", "frouxidão", e que este sai "de cena mordido", incapaz de imitar a Cristo. Começa criticando o fato do papa ter renunciando em latim - não ficou claro qual seria a sugestão para se falar diante de cardeais do mundo inteiro que falam em comum, o latim - depois entra nos clichês sobre pedofilia e encerra de forma épica qualificando João Paulo II de misógino. Mas a idéia toda do artigo é a exploração do próprio título, sendo o conteúdo conseguinte apenas desculpa para se divulgar o rótulo e ridicularizar. Bento XVI, seria então arregão.

Quando Joseph Ratzinger fez exatos 75 anos, confessou num seminário em Roma que estava muito cansado e doente. Era diabético, hipertenso, já tinha sofrido AVC e pedido dispensa 3 vezes do seu cargo a João Paulo II, sendo as 3 vezes negada. Já usava marca-passo há algum tempo. Dois anos depois, quando João Paulo II morre e seu sonho de voltar para a Alemanha lecionar finalmente surge no horizonte, os cardeais votam em maioria pela eleição de Ratzinger. Ele poderia ter dito não. Além de todo o vasto campo de trabalho que o cargo de chefe de estado exige - precisando receber Presidentes, Primeiros-Ministros, Diplomatas, etc - Ratzinger ainda teria que zelar pelo rebanho de 1 bilhão de fiéis no mundo. Que empreendimento humano pede tanto a uma pessoa idosa, com saúde delicada? Nenhum. Como dito, ele poderia ter recusado. A história nos mostra no entanto, que ele disse sim.

Mas para Barbara Gancia, Bento XVI não passa de um arregão.

A Igreja Católica tem 4 mil bispos no mundo, sendo que como Papa, Bento XVI precisaria gastar tempo individualmente com cada um deles e periodicamente. Some a estes, outros 180 núncios apostólicos espalhados em quase todos os países. Como Papa, Bento XVI precisaria escrever cartas, encíclicas, constituições e exortações apostólicas, homilias, discursos, preparar catequeses e audiências semanais. Como Papa, Bento XVI precisaria viajar, e muito. Como Papa, Bento XVI precisaria governar o Estado do Vaticano e a Cúria Romana. Como Papa, Bento XVI precisaria rezar, e as vezes, até dormir. Como sabemos, ele disse sim para tudo isso.

Mas para Barbara Gancia, Bento XVI não passa de um arregão.

Em apenas oito anos e já com idade avançada e saúde frágil, Bento XVI fez pelo menos 28 viagens fora da Itália, sendo algumas delas extremamente pesadas. Em 2005, jovens do mundo todo foram escutar o Papa professor em Colônia. Em 2006 foi a vez de se encontrar com as famílias, em Valência. Em 2007 celebrou a canonização do nosso primeiro santo. Em 2008 visitou o "Ground Zero", em New York, e rezou pelas vítimas do terrorismo além de se encontrar com as vítimas dos injustificáveis abusos sexuais. Em 2009 rezou no muro das lamentações, na Terra Santa e nos anos seguintes ainda visitaria Portugal, Reino Unido, Chipre, Croácia, Madri, Alemanha, Benim, México, Cuba…até para o Líbano o Papa viajaria, no meio de tumultos, tiros, e convulsões civis…e em cada viagem, quilos de papéis com discursos, protocolos com autoridades locais, eclesiásticas, além das atividades espirituais próprias para com cada comunidade.

Mas como sabemos, para Barbara Gancia, Bento XVI não passa de um arregão.

De 2005 a 2012, Bento XVI nos deixou ao menos 279 cartas, 139 cartas apostólicas, 117 constituições apostólicas, 18 motu proprio, 4 exortações apostólicas, 3 encíclicas, 3 extensos livros narrando a sua biografia de Jesus Cristo, além de milhares (sim, milhares) de discursos e homilias. Os números são quase miraculosos, não fossem o rigor e a disciplina germânica que sempre marcaram a atividade de Joseph Ratzinger (doutor em 7 universidades), aquele mesmo que 8 anos antes já havia pedido 3 vezes por dispensa.

É, mas para Barbara Gancia, Bento XVI não passa de um arregão.

O código de direito canônico prevê a renúncia de todos os cargos eclesiásticos, inclusivo de um Papa. Não é um fato comum que um Papa renuncie, mas é um fato normal, ou seja, dentro da normalidade da Igreja. Bento XVI já havia emitido sua opinião em entrevista a Peter Seewald: se um Papa não consegue mais assumir os seus encargos, não apenas teria o direito de renunciar mas poderia até mesmo ter o dever de fazê-lo. O mesmo Seewald revelou nesse sábado, dia 16, que Bento XVI estava "esgotado há muito tempo", e que este ouvira do Papa um comovente "sou um homem idoso, as forças me abandonaram, acho que basta o que fiz até agora". Seewald ainda confidenciou que o último livro do Papa fora escrito "com suas últimas forças".

Bem, você já sabe o que a Barbara Gancia pensa de Bento XVI: arregão.

Nos dias seguintes a renúncia, autoridades do mundo todo vieram se manifestar em consideração a Bento XVI. O presidente da Itália disse que se tratava de um ato "de grande coragem e generosidade". Barack Obama disse que seu "apreço e orações" estavam com o papa. A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que aquela era uma "decisão difícil que deve ser respeitada". David Cameron, primeiro-ministro britânico, disse que Bento XVI foi um papa que fez todos se sentarem e pensarem e que "fará falta como um líder espiritual de milhões de pessoas". "Eu acredito que ele merece muito crédito para o avanço das relações inter-religiosas em todo o mundo e entre o judaísmo, o cristianismo e o islamismo”, afirmou o rabino chefe israelense, Yona Metzger.

Ao contrário dessas pessoas, Barbara Gancia considera Bento XVI um arregão.

Peço desculpas pela insistência em reafirmar a opinião da jornalista tantas vezes. Era apenas para deixar claro que Barbara Garcia teve uma grande chance de escrever com seriedade, com decoro e honestidade. Deixou de lado a ética e optou pelo deboche, pela injúria pura e simples. Neste artigo, Barbara desistiu de fazer jornalismo, ou em outras palavras, Barbara decidiu arregar.



Publicado no jornal Gazeta do Povo.

Silvio Medeiros
, publicitário, foi vencedor por 4 quatro vezes do Festival de Cannes.

O Papa e a Igreja em foco



Respostas a alguns comentários errôneos a respeito do Papa e da Igreja

Campinas,  (Zenit.org). Vanderlei de Lima | 170 visitas

Nestes dias, devido à renúncia do Papa Bento XVI, muitos comentários são feitos a respeito do Papa e da Igreja, de modo a requerer, para o bem da verdade, oportunas reflexões.
A revista Veja, de 20/02, trouxe, num artigo, de modo geral, simpático a Bento XVI, mas ácido em relação à Cúria Romana e à Igreja, o seguinte questionamento: “Se a um papa é permitido renunciar ao que seria um casamento com a Igreja, abençoado pela vontade divina, por que marido e mulher não poderiam divorciar-se?” (p. 79).
Em resposta notamos, muito sinteticamente, que Joseph Ratzinger não renunciou ao “casamento com a Igreja”, pois ser Papa não é um tipo de complemento do sacramento da Ordem que ele possui em grau pleno, na condição de Bispo, e continuará a possuir até o fim de seus dias, apesar de não mais exercer a função de Bispo de Roma.
Assim como a Igreja não pode apagar a marca indelével (caráter) do sacramento da Ordem conferido a um de seus filhos, também não pode abolir a indissolubilidade do sacramento do Matrimônio. Ela é administradora zelosa e não dona da Palavra de Deus.
É certo que se a Igreja abrisse as portas ao segundo ou ao terceiro casamentos, às uniões homossexuais, ao aborto, ao uso de preservativos etc. atrairia o aplauso de alguns, mas trairia a sua verdadeira missão. Fiel a Deus e não aos desenfreados caprichos humanos, ela preferiu perder, no século XVI, o Reino Unido do que declarar nulo o casamento válido do rei Henrique VIII com Catarina de Aragão.
Por essas e por outras razões, a Igreja é incompreendida pelos falsos libertários, anticlericais e católicos incoerentes de nossos dias como sempre foi ao longo da história. Todavia, ela nunca deixou de ser, apesar das falhas de não poucos de seus filhos, um porto seguro aos homens e às mulheres de todos os tempos.
Portanto, nenhuma pessoa de bom-senso pode afirmar que a Igreja está longe do povo, mas reconhece, sem demora, que são os homens que estão afastados de Deus e, por isso, se opõem à mensagem do Evangelho ou trocam-na por mesquinharias.
Outra bijuteria que mais especialmente nestes dias ronda o mundo é a afirmação infundada de que o Papa João Paulo I foi assassinado, em 1978, pela Cúria Romana ávida de poder e cheia de interesses mesquinhos.
Em resposta, notamos que ao acusador cabe o ônus da prova. Não basta falar, é preciso comprovar o que se diz sob pena de cair em descrédito. Na verdade, porém, tal prova não existe, uma vez que a causa mortis de João Paulo I foi, conforme seu atestado de óbito citado por historiadores e jornalistas imparciais, um infarto agudo do miocárdio. Aliás, sua família teve também outros membros falecidos subitamente pelo mesmo motivo, segundo atestam Andrea Tornielli e Alessando Zangrando no penúltimo capítulo do livro João Paulo I. O Papa sorriso, publicado no Brasil pela Editora Quadrante.
E mais: quem estuda atentamente a história dos Papas não faz mistério em torno da morte de João Paulo I com apenas 32 dias de pontificado, pois sabe que Estevão II (752) faleceu três dias após a eleição e Urbano VII (1590) morreu doze dias depois de assumir a cátedra de Pedro. Outros Papas que ficaram entre 13 e 30 dias no cargo foram por ordem de tempo: Celestino IV (1241), Sisinio (708), Teodoro II (897), Marcelo II (1555), Dâmaso II (1048), Pio III (1503), Leão XI (1605), Valentim (827) e Bonifácio VI (896).
Não negamos, com isso, que na Cúria Romana, criada para auxiliar o Papa, se tenha – como em outros lugares (que o diga o nosso país do “mensalão” e da “privataria tucana”) – homens falhos e indignos. Contudo, não façamos dessas falhas trampolins para acusar a Igreja. Ela é santa, mas traz em si os filhos pecadores para os quais, como mãe carinhosa, oferece o remédio às suas faltas no sacramento da Confissão.
Vanderlei de Lima é filósofo e autor do livro Papa Bento XVI: aspectos polêmicos do seu pontificado, a ser lançado pela Editora Ecclesiae, de Campinas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Yoani Sánchez, a desinformatzia cubano-brasileira e a mídia idiota nacional



yoaniPara hoje, 18 de fevereiro, foi anunciada a chegada ao Brasil, via Recife, da mais famosa blogueira cubana, tida como de oposição ao regime comunista, Yoani Sánchez.
Esta señorita é certamente o maior sucesso da desinformatzia cubana e, como sempre acontece com os agentes de desinformação comunista, encanta os idiotas úteis de todo o mundo. É desnecessário re-escrever o que já publiquei anteriormente sobre esta mentirosa e falsa oposicionista cubana.
Faz-se, no entanto, necessário comentar a montagem de mais uma manobra de desinformação para dar mais credibilidade à impostora: a invenção de uma vasta operação de espionagem sobre sua visita ao Brasil por parte dos serviços de informação de Cuba em conluio com o governo brasileiro.
Divulgada pela Revista Veja, foi engolida a isca com anzol e tudo pelo ‘coleguinha’ blogueiro brasileiro, o famoso (?) Tio Rei (da cocada preta) Reinaldo Azevedo, supostamente muito bem informado (ver os textosYoani e a sujeira do governo cubano e de petistas e ESCÂNDALO, BAIXARIA E ILEGALIDADE).
É claro que existiu uma vasta operação que envolveu os dois governos comunistas, de Raúlzito e Dilmita, mas foi uma operação tipicamente comunista de desinformação exatamente para atrair a mídia nacional, e, via idiotas úteis como o acima mencionado, escandalizar a população. Dilma, Lula, os irmãos Castro e demais comunas devem estar rindo à socapa da imbecilidade da mídia nacional!
Vale lembrar que num documento do KGB chamado Manual do Diretório RT, desinformatzia era definida como‘a aberta apresentação ao inimigo de falsa informação ou materiais e documentos especialmente preparados com a finalidade de enganá-lo e induzi-lo a decisões e ações que correspondem aos interesses da URSS’ [[i]]. Antes o KGB e o GRU já haviam plantado com sucesso dezenas de falsas informações, das quais duas devem ser referidas aqui.
A primeira foi a criação de um grupo de resistência interna ao governo comunista chamado Trust, usado para desorientar os inimigos de fora e de dentro da URSS. Incluía vários ardis – falsos líderes de resistência e exércitos imaginários para confundir com a verdadeira e autêntica resistência que estava presa e sofrendo o diabo. Até parece que Yoani é pura imitação cubana, pois os verdadeiros dissidentes cubanos ao invés de fazer compras em feiras maravilhosas às quais os cubanos não têm acesso (ver abaixo as fotos da Veja; deve ser nas áreas de acesso exclusivo dos membros do partido) ou beberem alegremente com os amigos, dormem sobre seus próprios excrementos nas masmorras.
O projeto WIN, desenvolvido na Polônia em 1941 era outro grupo ‘de oposição’ para ser visto pelo ocidente [[ii]].
Republico abaixo o artigo ‘De Cuba con cariño - un regalo de los hermanitos castro a los idiotas útiles de Brasil', e forneço links para outros. Leiam a vejam se esta señorita merece a credibilidade que lhe está sendo dada pela mídia brasileira.

Notas:
[i] Political Intelligence the Territory of USSR, Andropov Institute of the KGB, Moscou, 1989
[ii] WIN é a abreviatura para o lema polonês ‘Liberdade e Independência’. Segundo o relatório para Moscou: ‘Desinformar o inimigo envolveu fornecer alguma informação autêntica (para estabelecer credibilidade) junto com puros engodos’.
(Operação César, publicação do Partido Comunista Polonês, 1954)

De Cuba com Cariño

Não é ao menos estranho que um regime que faz o que bem entende com os opositores, conta com quase total apoio internacional inconteste para prender, matar, raramente exilar qualquer um dos cidadãos, que tem leis estritas sobre o uso da internet, proíbe computadores pessoais, principalmente laptops e notebooks, permita que esta moça continue impunemente comandando um blog oposicionista?

Será lançado hoje (29), no Auditório d'O Globo, o livro De Cuba com Carinho, de Yoani (ou Yoanis) Sánchez, a 'superblogueira' cubana que consegue burlar todas as diretivas do Partido Comunista Cubano quanto ao uso da Internet. Consegue mesmo? É autêntica a moça? Ou não passa de uma impostora e seu blog Generación Y de um embuste genialmente montado pelo aparelho de desinformação da DGI - Dirección General de Investigaciones - o KGB cubano?
Cada noticia sobre la "ciudadana bloguera" Yoani Sánchez  me deja  más confundida, y repito  que  no es  porque tenga  nada en su contra  personalmente, sino porque sus posibilidades y libertad de movimientos llegan a poner en duda a cualquier persona por imberbe que sea,  imagínense a un opositor o periodista independiente cubano que haya 
sufrido o sufra en carne propia la represión, el acoso, la humillación  y la tortura psicológica que el régimen castrista aplica a los que 
disienten de sus dictámenes.
Adela Soto Álvarez
Não existe nesta maldita história escrita com o sangue dos mártires há cinqüenta anos, nenhum FATO semelhante ao desta blogueira que tivesse ficado impune. A forma arrogante como ela refere ter deixado a delegacia quando foi intimada "apenas" para ser notificada de que não poderia realizar o encontro dos blogs é por si só, um fato alarmante. Não se conhece um só opositor que tivesse sido tão desaforado com os interrogadores e que não tivesse - no mínimo - levado uns bofetões de arrancar os dentes e em seguida jogado no calabouço da Villa Marista. Mas Yoani disse o que quis e saiu ilesa, inclusive saudada pela rede inteira como "heroína". Agora afronta ninguém menos que a filha do ditador hereditário substituto e não passa nada?
Graça Salgueiro
Adela Soto Alvarez sabe do que está falando. É licenciada em Filologia, Jornalista, Escritora, Poeta. Fundou a Imprensa Independente em Cuba e foi condenada a um ano de prisão domiciliar na Primavera Negra de 2003, por suas atividades contestatórias. Reside atualmente em Miami como refugiada política. Autora da novela-testemunho "O Império da Simulação" (Miami 2005) e outros livros sobre a realidade cubana.
Graça Salgueiro dispensa apresentações, vale dizer apenas que na minha opinião, na de Alejandro Peña Esclusa, Olavo de Carvalho e vários outros estudiosos da Iberoamérica, Graça é a pessoa que mais entende do assunto no Brasil, talvez em mais ampla área, mormente nas questões cubanas, a cujos mártires vem dedicando sua vida há anos, adquirindo reconhecimento e respeito internacional.
No mesmo dia em que recebi o primeiro aviso do lançamento do livro, o Diário Exterior anunciava com o TítuloSentenciado a dos años de prisión:
Dos días después de la visita de Moratinos (Ministro do Exterior da Espanha) se ratifica la condena de cárcel a otro opositor cubano (El miembro del Movimiento Cristiano de Liberación (MCL) y coordinador del Proyecto Varela en el este de Cuba, Agustín Cervantes). Los miembros de la oposición cubana habían advertido que a la excarcelación de un preso de conciencia y el decreto de libertad a otro opositor que se encontraba fuera de prisión con licencia extrapenal, seguirían nuevas condenas y encarcelamientos a disidentes. Tan sólo dos días después de esas medidas, tomadas tras la visita de Miguel Ángel Moratinos a La Habana, el régimen castrista ha ratificado la sentencia de dos años de prisión al primer demócrata sometido a juicio sumario desde 2003.
2003 é exatamente o ano da 'Primavera Negra' em que o governo comunista prendeu 75 pessoas, entre eles médicos, jornalistas, professores. Submetidos a julgamento sumário a maioria foi condenada a penas de prisão de 15 a 20 anos por "atentarem contra a segurança do Estado e difundir idéias contrárias ao sistema comunista cubano'.
Não é ao menos estranho que um regime que faz o que bem entende com os opositores, conta com quase total apoio internacional inconteste para prender, matar, raramente exilar qualquer um dos cidadãos, que tem leis estritas sobre o uso da internet, proíbe computadores pessoais, principalmente laptops e notebooks, permita que esta moça continue impunemente comandando um blog oposicionista?
yoanifaketotalSegundo levantamento feito pelo site de oposição NOTICUBA, Yoanis vive em Nuevo Vedado numa confortável residência com telefone e serviço de internet, única cubana com liberdades para utilizar o serviço de internet sem interrupções, e que jamais foi objeto de perseguição ou maltrato e muito menos detida, pelo que desconhecem o porquê de sua presença como opositora.
Nuevo Vedado é considerado um dos melhores bairros de Havana, onde estão hotéis de 4 a 5 estrelas e alugam-se residências bastante amplas comparada aos miseráveis cortiços em que vivem os cubanos comuns.
O mesmo Editorial afirma o que confirmei pessoalmente em detalhada pesquisa pela Internet: (Jornalistas cubanos independentes) afirmaram que a conheciam de ouvir falar, outros que nem a conheciam porque ela não é membro de nenhum grupo opositor, que somente souberam pela imprensa estrangeira que havia feito um ato de presença no caso do roqueiro Gorki, e sobre as demais participações no estrangeiro. (...) Depois de muita sondagem soubemos que em Cuba ninguém sabe o porquê da fama de Yoanis Sánchez, nem o porquê do Prêmio Ortega y Gasset de Jornalismo Digital 2008, nem a viagem à Espanha suspensa pelo governo de Cuba. Muito menos a participação em vídeo na SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) (...) Isto, porém não corresponde com Yoanis Sánchez, pois ela não responde pela imprensa independente cubana, não foi detida, nem perseguida politicamente, nem sequer, como afirma a oposição, pertence a nenhum grupo organizado. Apenas criou um blog em 2007, chamado "Generación Y" com o objetivo, segundo ela, de poder dizer o que sente e para que o mundo conheça [seus pensamentos].
Como Yoanis mora neste lugar? Como paga o aluguel - ou é proprietária (o que seria uma aberração em Cuba)? Segundo ela mesma em seu site é 'Licenciada en Filologia, Reside en La Habana y combina su pasión por la informática con su trabajo en el Portal Desde Cuba'. Como se sustenta? Como pode usar a Internet sem interrupções? São perguntas que permanecem sem resposta.
YOANIS E GENERACIÓN Y COMO OPERAÇÃO DE DESINFORMAÇÃO?
Uma das principais armas do movimento comunista internacional é a desinformação (do russodesinformatsiya). Ela difere da propaganda convencional porque suas verdadeiras intenções são secretas e as operações sempre envolvem alguma ação clandestina. Significa a disseminação de informação falsa ou provocativa. Inclui a distribuição de documentos, cartas, fotos forjadas, propagação de rumores enganosos e inteligência errada. Segundo Biezmenov o KGB gastava 85% dos seus recursos em medidas ativas e de influência (lavagem cerebral) (O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial, p. 57-59).
A DGI, discípula fiel do KGB, segue os mesmos passos. Uma de suas operações mais bem sucedidas foi convencer o mundo todo de que após a revolução cubana houve uma melhora imensa na educação e na saúde, mentiras deslavadas, pois antes da revolução Cuba apresentava os melhores níveis educacionais das Américas, melhores inclusive que os da Itália e da Suécia. E sua medicina que era de ponta virou uma mixórdia com alguns centros de sub-excelência baseados em estudos nos EUA e que só estão à disposição para ricos turistas. Fidel, quando passa mal, vai para Isla de Margarita, Venezuela, onde Chávez montou um hospital de primeira linha. Os hospitais para os cubanos comuns são horríveis, sujos, sem médicos (pudera, ganhando 5 dólares por mês!).
Conseguido este intento é bem possível que a DGI passasse a atacar um ponto negativo para os ocidentais: a falta de liberdade individual e de imprensa. Ora, o que haveria de melhor do que uma mulher jovem, bonita, bem falante e boa escritora, com toda a liberdade de escrever o que queira (talvez passando antes pelo crivo da DGI), com acesso total à internet e morando muito bem?
A parte clandestina da desinformação são as mensagens subliminares para criar dúvidas nas mentes ocidentais (lavagem cerebral):
não se vive tão mal em Cuba
- esta moça diz o quer, até mesmo interpela em público Mariela, a filha de Raúl Castro e não vai presa! Ora, Cuba não é tão repressiva assim!
- quando é chamada à polícia é tratada com delicadeza inusitada e sai livre, leve e solta! A polícia cubana não é o que a propaganda direitista fala, é melhor até que a PM do Rio!
- compartilha festinhas com seu marido e amigos livremente, ouvem música e bebem bebidas estrangeiras, igual aqui, ora!

A fábrica de mitos comunista produz dissidentes
No mesmo livro (PP 168-173) mostro como o KGB fabricou um dissidente muito mais importante que uma menina boba como Yoani: Andreiï Sakharov, o 'Pai da Bomba H soviética'. O estrago causado por ele na intelectualidade ocidental foi devastador!
A entrevista na imigração - negativa para sair do país
Foi amplamente divulgado um vídeo pelo Youtube onde Yoani comparece na Imigração cubana e lhe é negado sair do país. Assistam o vídeo: a gravação interrompe o vídeo e só fica o áudio, as vozes mudam. Obviamente falso! Montagem!






Links:
A cidadã blogueira - de Adela Soto Álvarez;
Desconstruindo falsos mitos - de Graça Salgueiro;
Editorial - NOTICUBA INTERNACIONAL.
Você acredita em Papai Noel? Em Coelhinho da Páscoa que põe ovos? Em mula sem cabeça? OK, se a resposta é sim para qualquer uma das perguntas, você deve acreditar que Cuba é um paraíso que permite uma blogueira desancar los hermanitos – y la hijita de uno de ellos – sem nenhum problema.
OUTROS LINKS:

As impessoas e la bloguera cariñosa

As impessoas e la bloguera cariñosa - 2

O enigma Yoani Sanchez

Vídeo:
{youtube}4tCGC8_Zpew{youtube}

N. do E.:
 Leiam ainda ‘Quem está por trás de Yoani Sánchez’.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Tempo de conclave e conversão



Enquanto chegam a Roma os cardeais para o conclave, duas forças se mobilizam buscando influenciá-los.

A renúncia de Bento XVI traz para a agenda dados e fatos da história recente da Igreja Católica. No meio deles a disputa entre conservadores e progressistas. Durante as últimas décadas foi-se tornando explícita a desastrosa ideologização e o engajamento político de extensos setores da Igreja, numa seqüência que começou com a preparação do terreno pelos Cristãos para o Socialismo (CpS), avançou com a concepção de uma Igreja Popular, ganhou suposta base filosófica através da Teologia da Libertação (TL) e se ramificou com as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). No fundo, era o velho biscoito marxista molhado em água benta e servido segundo a estratégia de Gramsci.
Essas idéias ganharam os seminários, encantaram segmentos da hierarquia, coincidiram com a ostpolitik do Vaticano nos anos 60 e 70, influenciaram o Concílio Vaticano II, fizeram adeptos em expressivos segmentos da intelectualidade laica e cativaram a tal ponto a maioria das editoras religiosas que por volta dos anos 80 era quase impossível encontrar um livro católico que não estivesse contaminado pela TL. No Brasil foi terrível a influência dessas idéias sobre a CNBB, no topo, e sobre os seminários, na base. Editavam-se, em profusão, documentos e livros que funcionavam como difusores do credo marxista dos autores da moda, cujos nomes, necessariamente, enfeitavam as notas de rodapé: Leonardo Boff, Frei Betto, Jon Sobrino, Pablo Richards, Gustavo Gutierrez, entre outros. As próprias assembléias da entidade dos bispos ganhavam muito mais destaque pelo conteúdo político dos depoimentos de alguns participantes do que pela orientação pastoral. Era evidente o alinhamento da face mais visível da Igreja Católica no Brasil com o discurso utópico e voluntarista, marxista e comunista, oposicionista e oportunista do partido que hoje hegemoniza o poder no Brasil.
Ao longo de quatro décadas, em centenas de artigos, mostrei que essa distorção e perda de foco está entre as causas da deserção de muitos fiéis que têm fluído para outros credos em busca da espiritualidade que a minha Igreja se omite em lhes proporcionar. Sempre esclareci que o amor cristão aos pobres não se pode confundir com o ódio ideológico aos ricos. Sempre sustentei a importância das autonomias. Sempre disse que a militância política é um espaço dos leigos e não dos seus pastores nem dos documentos eclesiais. Conquistei inimigos. Nossa! Quantos inimigos me apareceram!
Por aqueles descaminhos, a CNBB, inúmeras dioceses e pastorais ajudaram a construir e saudaram a vitória petista em 2002 como a concretização do Reino de Deus. Lá estava Frei Betto, ao pé da orelha de seu messias de Garanhuns. O humilde metalúrgico do ABC arribava, enfim, à Brasília terrestre, montado no burrico de sua simplicidade. Com a diferença de que Lula chegava mais popular do que Jesus em Jerusalém. O marido de Marisa Letícia vinha para instaurar o reino definitivo aqui e agora. A estrela avermelhou-se e se instalou nos jardins do Alvorada. Hosana ao filho de dona Lindú!
No entanto, o homem das promessas desembarcou na terra prometida para não cumprir qualquer delas. O barbudo em quem depositavam tantas esperanças precipitou-se do trono de nuvens desde o qual julgava, dedo em riste, os bons e os maus, para associar-se aos maus e aos piores. Não fez qualquer milagre. Não multiplicou pães. Não pôs a correr vendilhões. Antes, chamou-os para os banquetes do poder. Deixou o burro a pastar e adquiriu um avião novinho em folha. Uniu-se aos fariseus, aos doutores da lei, aos trocadores de moeda e virou, ele mesmo, cobrador de impostos. E o seu partido, levado ao poder pela mão de tantos religiosos, passados dez anos, ataca por todos os flancos o depósito precioso dos valores e do ensino cristão.
O momento político interno que passa a viver a Igreja com o processo sucessório de Bento XVI será, também, tempo quaresmal. Tempo para exame de consciência. Tempo de revisão de vida. Enquanto chegam a Roma os cardeais para o conclave, duas forças se mobilizam buscando influenciá-los. São as forças mundanas clamando agendas mundanas e as forças inimigas empenhadas na maligna missão de prevalecer contra a Igreja. Não, não prevalecerão!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Coréia do Norte: horror em campos de concentração não pára



campo22Guardas desertores narraram numerosas formas de tortura no “Campo 22” (foto), experimentações “médicas” e de novas armas tomando os presos como alvo, inclusive crianças.


Imagens de satélite desmentiram as alegações da ditadura norte-coreana de que o campo de concentração conhecido como “Penal Labour Colony 22” foi fechado e os presos distribuídos em outras prisões.
Flagradas em 11 de outubro, as imagens foram exibidas pelo Committee for Human Rights in North Korea, com sede em Washington D.C., noticiou o diário londrino “The Telegraph”.
Segundo o relatório, a tirania marxista executa uma matreira substituição de prisioneiros para dizer ao Ocidente que os está retirando do campo.
“As imagens de satélite mostram que foi derrubado um prédio que segundo desertores funcionava como centro de interrogatórios, mas o campo em si mesmo continua operacional” – diz o relatório.
De fato, esse campo de concentração é uma rede de instalações presidiárias interconectadas, que cobrem 87 milhas quadradas, rodeadas por arame eletrificado. Ex-carrascos que fugiram da Coréia do Norte disseram que o campo tem mil guardas armados com metralhadoras.

KimJong-Un
Kim Jong-Un perpetua velhos e cruéis métodos e é súdito fiel da  China.
Não há noticias de um só prisioneiro que tenha conseguido fugir do campo para o exterior.
A maioria dos presos foi condenada à perpetuidade por causa de crimes políticos e crenças religiosas, ou são membros ‘expurgados’ do partido comunista.
Há 50 mil presos nessa galáxia carcerária. Eles são obrigados a trabalhos forçados em fábricas ou em minas de carvão.
Guardas desertores narraram numerosas formas de tortura no “Campo 22”, experimentações “médicas” e de novas armas tomando os presos como alvo, inclusive crianças.
Em 2011, mais de 120 países representados na Assembleia Geral da ONU manifestaram “séria preocupação” pela “existência de um grande número de campos de concentração e de uma larga utilização da mão de obra forçada” na Coréia do Norte.
O documento foi engrossar os enormes arquivos de decisões da ONU sem qualquer prosseguimento.
Muitos produtos “made in China” talvez tenham saído das mãos daqueles infelizes prisioneiros.

Luis Dufaur, escritor, edita o blog Pesadelo Chinês.

Igreja e direitos humanos



Falar de Igreja e direitos humanos – a partir da Declaração de 1789 – significa enfrentar o nó da relação desta instituição com a modernidade. Fá-lo presente Daniele Menozzi, que volta a percorrer com grande atenção as posições tomadas sobre esta questão pelas hierarquias eclesiásticas, no livro Chiesa e diritti umani (il Mulino), consciente de que sobre este tema o debate foi intenso desde o início.
Os Papas do século XIX condenaram a Declaração porque a viam, por bons motivos, como «um caminho de emancipação da sociedade civil em relação à direcção da Igreja sobre a sociedade». Em síntese, pensavam que os direitos dos seres humanos, necessariamente mutáveis, se opusessem aos de Deus – assentes sobre a verdade e portanto eternos – dos quais a Igreja era depositária.
Mas as vexações políticas e económicas às quais muitos regimes laicos tinham submetido a Igreja impuseram depressa uma maior flexibilidade: com efeito, os direitos começaram a ser invocados para obter a liberdade religiosa e de ensino. Mas a mudança teórica fundamental é a de Leão XIII, que abre aos direitos económico-sociais, mas também à ideia de que os direitos humanos são positivos porque dependem da lei natural desejada por Deus, conservada pela Igreja.
Porém, a finalidade proposta aos católicos não é a realização dos direitos mas, também no plano social, a do Reino de Cristo, projecto que infelizmente é muitas vezes acompanhado de posições hostis em relação aos judeus, para os quais se pede sim a suspensão de toda a violência, mas não a igualdade. Por conseguinte, um conflito entre verdade e liberdade que, com efeito, caduca diante das grandes ditaduras. Elas fazem redescobrir aos opositores católicos – como o bispo Clemens August von Galen – a importância dos direitos humanos. Mas é também o desprezo por eles da parte das mesmas ditaduras ateias que contribui para o fortalecimento, na cultura católica, da ideia de que só a fundação transcendente da pessoa oferece a possibilidade de atribuir ao homem o valor absoluto que está na base dos direitos. E vemo-lo – embora Menozzi não o observe – já na condenação da eugenética, contida na encíclica Casti connubii (1930), única entre as vozes autorizadas dessa época.
As posições católicas a favor dos direitos humanos – a mais relevante foi sem dúvida a de Jacques Maritain – multiplicam-se durante e após a segunda  guerra mundial, e  desempenharão um papel não secundário na redacção da Carta de  1948. Todavia, o verdadeiro obstáculo para a aceitação total por parte da Igreja é a liberdade de consciência, que só será acolhida por João XXIII, com a encíclica Pacem in terris (1963): nela os direitos humanos são considerados uma «etapa de aproximação», válida a nível planetário, para «o modelo ideal de organização da sociedade civil», proposto pelos católicos.
A partir daquele momento – graças também à contribuição decisiva de Paulo VI – a Igreja torna-se fomentadora sincera dos direitos humanos, considerados «ponto de referência essencial para tutelar a dignidade da pessoa». No entanto, Menozzi atribui a João Paulo II e a Bento XVI uma involução eclesiocêntrica testemunhada, na sua opinião, pela evocação cada vez mais forte da lei natural da qual somente a Igreja é intérprete. Em síntese, acusada de falta de actualização e portanto de um «retorno invasivo (...) à lei natural, em detrimento dos direitos humanos».
O historiador esquece que, nestes anos, foram precisamente os direitos humanos que mudaram, abrindo-se a uma extensão ilimitada da liberdade individual, a começar pelos chamados direitos reprodutivos que compreendem também o aborto. Ampliação em que a Igreja vê uma violação do primeiro direito, precisamente à vida. Portanto, esta involução presumível é determinada por motivos perfeitamente compreensíveis.
Menozzi é muito polémico também em relação a uma reconstrução histórica, por ele considerada apologética – o estudioso define deste modo qualquer posição não crítica – que vê os católicos, inclusive Bento XVI, atribuírem a génese dos direitos à tradição cristã. Esquecendo que esta tese foi defendida por intelectuais que dificilmente podem ser considerados  apologetas, de Alexis de Tocqueville a Marcel Gauchet.
  Lucetta Scaraffia

15 de Junho de 2012
[palavras-chave: Direitos humanos]
http://www.osservatoreromano.va/portal/dt?JSPTabContainer.setSelected=JSPTabContainer%2FDetail&last=false=&path=/news/editoriali/2012/137q12-Chiesa-e-diritti-umani.html&title=%20%20%20Church%20%20and%20human%20rights%20%20%20%20%20%20%20%20%20&locale=pt

Doutorando em História na USP: "Quem não crê em Jesus Cristo permanece escravo" e Albert Einstein



Autorizados, transcrevemos abaixo email do Doutorando em História, da USP, José Miguel Nanni Soares, comentando texto e citando o pensador e historiador francês Alexis de Tocqueville, sobre a interdependência entre a liberdade e o cristianismo.

Aproveitamos para complementar com Albert Einstein, que, escrevendo sobre Ciência e Religião, para explicar a importância dos princípios cristãos, propôs o cumprimento de um enunciado que teria a religião retirada do contexto. As pessoas deveriam cumprir somente os princípios extraídos da religião, logo após email.

Excelentíssimo bispo Dom Luiz,

Que a Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo e de Nossa Senhora de Fátima estejam sempre convosco em vossa corajosa atividade pastoril! Que a mesma sirva de exemplo para todos os católicos do Brasil.

Não podemos mais permitir o avanço de doutrinas desumanas que, sob o verniz de promoverem os direitos humanos e o progresso da humanidade, cortejam o ódio, o orgulho e, em última instância, a morte.

Na condição de doutorando em história pela USP, gostaria de pedir-vos licença para citar um grande autor que equilibrava dois valores em seus escritos, a saber, a Liberdade e o Cristianismo, razão pela qual não logrou sistematizar uma doutrina (como Marx e Comte).

Trata-se de Alexis de Tocqueville e a seguinte frase: "Se for livre, tem que crer [no Cristianismo]; se não crê, tem que ser escravo". Tocqueville não poderia estar mais certo. 

Alexis de Tocqueville

Do marxismo de Marx e Engels às seitas micróbicas de hoje, o verdadeiro inimigo desta seita não é o capitalismo, mas o Cristianismo e sua grande nave (palavras do genial Joseph de Maistre), a Igreja Católica.

Parabéns ao digníssimo Bispo, sempre presente em nossas orações!

Atenciosamente,
 José Miguel Nanni Soares 



Aproveitando a intervenção do futuro, em breve, Doutor José Miguel Nanni Soares, trazemos a interpretação do indiscutível Albert Einstein, que, ao tratar da relação entre Ciência e Religião, apresentou uma síntese maravilhosa dos princípios. 
"Quando Einstein foi tratar da relação entre Ciência e Religião, apresentou uma síntese maravilhosa dos princípios.
Disse ele que os mais elevados princípios e aspirações das pessoas do mundo contemporâneo são fornecidos pela tradição judaico-cristã.
Essa tradição é, na verdade, um objetivo bastante elevado que dificilmente o ser humano, repleto de imperfeições, atinge, mas, deveras, se apresenta como um fundamento seguro para qualquer construção humana.
Propôs o genial pensador que, se fosse retirado o contexto religioso desse objetivo e se se mantivesse dele o conteúdo puramente humano, poderia ele ser assim enunciado:

Albert Einstein
"...desenvolvimento livre e responsável do indivíduo, de tal modo que ele possa colocar seus poderes livre e prazerosamente, a serviço de toda a humanidade."  (Rizzato Nunes, "O Princípio Constitucional da Dignidade Humana", Saraiva, capítulo 2, "O princípio absoluto")
Tocqueville e Einsten foram conscientes que os princípios cristãos são imprescindíveis para fundamentar a vida da pessoa humana.

Naquela época, agora e sempre! 

SEXTA-FEIRA, 9 DE DEZEMBRO DE 2011

http://www.domluizbergonzini.com.br/2011/12/doutorando-em-historia-na-usp-quem-nao.html