sexta-feira, 21 de abril de 2017

Disciplina

Pensadores como Foucault veem a disciplina como estrutura de poder de dominação das elites opressoras, como alienação pela manipulação do sujeito. Contestam, por exemplo, a disposição dos alunos em fila, as regras disciplinares em geral como "adestradoras" dos corpos e todos os mecanismos sociais disciplinadores... o "poder disciplinador" como "jogo moderno das coerções sobre os corpos, os gestos, os comportamentos" (Foucault, Vigiar e Punir, p.170).
Ideias como estas estão destruindo a educação, formando uma geração de jovens "conscientizada" dos seus direitos, mas sem a contrapartida da responsabilidade, sem o comprometimento com os seus deveres, uma geração contestadora, crítica, de tudo, sem discernimento da verdade e dos bons princípios morais como formadores do caráter.
Sem a prática das virtudes, sem a disciplina, o respeito e a obediência a sociedade caminha para a exacerbação dos conflitos, a desordem, o caos, que não serão eliminados com discursos utópicos, falaciosos e vazios.

sábado, 15 de abril de 2017

O ensino de Artes: uma reflexão.

Uma das Disciplinas do curso de Pedagogia é a de Tendências Contemporâneas do Ensino de Artes. Os seus ideólogos execram o ensino de Artes associado à Pedagogia Tradicional, que durante séculos se inspirou na Filosofia Perene, principalmente nas ideias de Aristóteles e Platão, segundo as quais a Arte deve fazer uma associação lógica entre o belo, a verdade e o bem, portanto tem uma função moralizante e civilizatória, de transmitir a realidade objetiva, a verdade. O historiador inglês, Paul Jhonson, nessa mesma perspectiva, afirma que a Arte que não inspira bons valores não serve para nada.
No atual contexto da corrente pedagógica da Diversidade e Pluralidade Cultural, inspirada nas ideias dos pensadores pós modernos, como Foucault e Deleuze, a Arte assume um caráter subjetivo, fundado no critério do relativismo cultural e moral, um caráter de transgressão e desconstrução, de ruptura revolucionária, com o objetivo de fundar uma nova sociedade, livre, sem as "amarras" do verdadeiro e do falso. Tudo em nome da liberdade, da autonomia e da criatividade ... sem a verdade, sem a transcendência, sem o bom senso e sem a compreensão da integralidade da pessoa humana.