domingo, 15 de outubro de 2023

 A paz e a guerra

 

Em meio ao gravíssimo contexto de guerra Israel X Hamas, como um capítulo das guerras Árabes X Israelenses, com grande complexidade, pois envolvem questões territoriais, políticas, econômicas e culturais é importante destacar alguns princípios importantes da Doutrina Social da Igreja sobre a paz e a guerra:

 

A paz é fruto da justiça e da caridade, construída através da busca da ordem querida por Deus, um dever universal e direito de todos.    


A guerra é desumana, um flagelo, não resolve os problemas entre os povos e nações, ao contrário, causa danos catastróficos, especialmente a civis.

 

Devem ser buscadas, até ao esgotamento, outras alternativas para resolver os conflitos.        


A busca do desenvolvimento é uma necessidade para a paz, pois a pobreza, a miséria e a exploração são potenciais causas de guerras.    


A guerra de agressão é intrinsecamente imoral e os Estados têm o direito de legítima defesa, inclusive recorrendo ás armas ("guerra justa"), de forma lícita, que não cause maiores danos e desordens. 


As forças armadas devem estar a serviço da paz, sendo cada um de seus membros moralmente obrigados ao respeito ao direito das pessoas e dos povos.   


A legítima defesa deve estar associada à proteção aos inocentes, a população civil que não tem meios para se defender. 


As tentativas de eliminação de grupos nacionais, étnicos, religiosos ou linguísticos são delitos contra Deus e os que o fazem devem ser responsabilizados segundo as normas do Direito Internacional. 


A acumulação excessiva de armas, de destruição em massa, representam uma ameaça grave, não garantem a paz.             


O TERRORISMO não se justifica sob hipótese nenhuma, é uma forma brutal de violência, que semeia ódio, morte, desejo de vingança e de represália, que massacra inocentes, num completo desrespeito à vida humana. Ele não deve ser tolerado por nenhuma religião.    


A verdadeira paz é fruto da fé cristã no amor de Deus, que deve contribuir para a fecunda colaboração para o diálogo entre os povos, só é possível através do perdão (difícil, mas não impossível) e a reconciliação, sem anular as exigências da justiça. 


E a igreja luta pela paz com a oração, donde emana a força para o amor.

 

Fonte: Compêndio de Doutrina Docial da Igreja, 2008.

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