domingo, 22 de dezembro de 2019

NOSSOS PAIS E AVÓS FORAM "DOUTORES" EM EDUCAÇÃO


Especialistas em educação, estudiosos de diversas áreas e educadores em geral apresentam muitas propostas "inovadoras", radicais, que seriam as soluções para os fracassos da educação e por consequência da falência do ser humano e das relações sociais. Eis algumas delas:
Para o desenvolvimento motor global e fino da criança, o progresso do movimento, o importante é que a criança tenha oportunidades de andar, correr, pular, subir em árvores, segurar objetos diversos e por aí vai ... mas a nossa infância foi exatamente fazendo estas coisas, seja na roça, nos quintais, nas ruas, nas praças e em todo lugar.
A brincadeira é a chave para o desenvolvimento integral da criança (toda criança tem o direito de brincar): constrói a identidade, desenvolve habilidades cognitivas, emocionais, afetivas, sociais e promove a criatividade... mas isso foi o que mais fizemos na infância: brincamos o tempo todo, na maioria das vezes construímos os nossos próprios brinquedos (cultura maker), interagimos com todos e não ficamos trancafiados em apartamentos, cercados de eletrônicos, saturados e entendiados.
Neurocientistas e linguistas afirmam que a melhor forma de desenvolvimento da oralidade, para o posterior progresso da leitura e da escrita e da comunicação é o contar e recontar de histórias, a roda de conversa, as cantigas de roda ... lembram das brincadeiras de roda, das histórias da vovó, quando não havia celular e todos se encontravam ao redor da mesa para jogar e brincar, onde interagiam e os conflitos eram resolvidos por meio do diálogo...?
Pedagogos modernos salientam que a horta e o cuidado de animais é um poderoso recurso pedagógico para a aprendizagem das Ciências da Natureza, além de eficaz terapia para o desenvolvimento da afetividade ... mas, lembrem-se que nossos pais nos colocavam para cuidar da horta, regar as plantas, capinar, jogar milho e ração para as galinhas, mesmo quem morava nas cidades, pois os quintais eram amplos...
É consenso entre educadores, psicólogos e outros especialistas que é preciso dizer não, colocar limites, pois só assim educamos de fato para a empatia, o cumprimento das regras e a boa convivência ... assim fomos educados, nossos pais nos ensinaram "que não é não", "a respeitar os mais velhos", a ceder o lugar, "a pensar nos outros", a valorizar o professor e ser solidários "com quem precisa"... e acima de tudo a reverenciar a Deus.
Há mesmo quem defenda, pediatras inclusive, que é importante tomar banho de chuva, pisar na lama, cair, se machucar, pois assim nos tornamos preparados para os desafios da vida, para superar as quedas e as frustrações ... e quantas vezes chegamos ralados e fomos tratados com remédios que ardiam ... caímos e levantamos, como o que ocorre tantas vezes na nossa história...
Nossos pais e avós tinham razão, com sabedoria e bom senso, com simplicidade, sem a necessidade de tantas especulações e debates teóricos, muitas vezes estéreis, nos ensinaram que educação primeiro se aprende em casa.

domingo, 8 de setembro de 2019

O Estado é laico...


Toda vez que alguém tenta usar os princípios da fé e da moral cristã como critérios para analisar e interpretar uma determinada realidade ouve-se o grito de que o Estado é laico. Em nome da liberdade, do pluralismo cultural, do multiculturalismo relativistas há a tendência da legitimação do laicismo antirreligioso, que persegue os cristãos e cerceia os seus valores. TUDO pode, menos defender os princípios perenes fundadores da nossa sociedade e da nossa identidade cristã. Eis os frutos do laicismo:
Em nome de um Estado laico, livre da “tutela” das tradições e da fé, da religião e enfim sem Deus, criou-se um Estado antirreligioso, que proíbe símbolos religiosos em repartições públicas, o uso do nome de Deus nas cédulas e faz leis contrárias aos princípios religiosos da própria sociedade, contra a lei natural, a moral e até contra o bom senso. O Estado sem Deus, pretendendo legitimar-se a si mesmo, sem a transcendência, transforma a política em redentora e tende ao totalitarismo megalomaníaco dos seus líderes.
Em nome da liberdade econômica, sem a consideração do valor da dignidade da pessoa humana, derivada da condição humana de criatura de Deus e destinada ao transcendente, sem a consideração da transversalidade das virtudes morais e da necessidade da solidariedade, a economia tende a absolutização do mercado, a colocar o lucro acima de tudo e a criação de uma sociedade de consumo, materialista e ateia, que tudo transforma em mercadoria e produz extremas desigualdades, marginalizações e frustrações. E por outro lado há a tendência da criação de uma economia planificada, totalmente dirigida pelo Estado, socialista, onde sequer existe alguma liberdade. Ambas são materialistas, opressoras e degeneram a natureza humana e a integralidade da pessoa.
Um direito sem Deus tende a considerar o homem unicamente sob o aspecto do utilitarismo, sob o aspecto da práxis histórica, imanentista, o que o faz legislar contra a vida, contra a lei e o direito natural, contra os valores da maioria de uma população, que é conservadora, orientada por valores perenes e que valoriza as instituições tradicionais, como a família.
Na educação laica não se pode mais falar de Deus, usar símbolos religiosos, falar das coisas sagradas e muito menos fazer qualquer tipo de oração. Mas uma educação sem o paradigma da espiritualidade humana e da fé racional é mentirosa, falsa, favorece a degradação moral, toda espécie de bizarrices nos ambientes escolares, comportamentos animalescos, promiscuidade e crises sociais generalizadas.
E tais frutos do laicismo estruturam uma sociedade e uma cultura sem Deus, um estilo de vida onde a única realidade é a vida presente, a imanência, a práxis, o utilitarismo, o dinheiro, o poder e o prazer. É um estilo de vida consumista, insustentável, que tem espalhado a insatisfação, a incerteza, a falta de referências, a frustração e a infelicidade. E as narrativas da construção de uma sociedade melhor a partir de valores de consenso universal, vazios de referenciais morais, têm sido estéreis.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

DO PRATA AO AMAZONAS: Uma breve explicação do hino da Congregação Mariana

Já na primeira estrofe há uma convocação ao congregado mariano para se alistar no exército do Senhor, que de norte a sul e de leste a oeste deste país continental deve se enfileirar (organizar) para lutar pelo reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo, pregado e continuado pela Santa Igreja Católica. É um chamado para lutar pela fé cristã, contra os seus poderosos inimigos: as armadilhas do demônio, as conspirações do mundo e a maldade do pecado.
E nesta ardorosa luta este pequeno exército é orientado, guiado, inspirado e motivado por Maria, mãe de Deus e nossa mãe. É ela quem nos dá força e valor para superar as grandes batalhas da vida contra as forças das trevas. Ela é soberana, segue na nossa frente, carrega a nossa bandeira e faz tremer os nossos inimigos.
E estes inimigos do reino de Cristo e de tudo que o representa (a Igreja, Nossa Senhora, os santos e todos os cristãos) são poderosos e incansáveis. O averno ruge (os infernos) combate com todas as suas armas, especialmente a da mentira, que ilude, atrai e aliena. Através de ideias e ações revolucionárias, como o Iluminismo liberal e racionalista, concretizado na Revolução Francesa e nas revoluções liberais do século XIX, propagado pela Maçonaria, procurou destruir as monarquias cristãs, a própria Igreja e toda a cultura cristã ocidental (“altar e trono quer destruído”). Os seus frutos foram o relativismo moral, a descristianização, a dessacralização da sociedade e os novos movimentos revolucionários materialistas e ateus.
Contra tudo isso é que o congregado é convocado a lutar (“por Deus e por nossa vida”) com as armas da fé, da oração, dos sacramentos, da caridade, e especialmente da devoção à Imaculada Conceição. É sob a proteção de Maria Imaculada que não devemos temer a espada da ridicularização ou mesmo do martírio, a vitória é certa, pois ela já esmagou a cabeça da serpente e triunfou, triunfa e triunfará sobre todo o mal.
A guerra é santa, pois o nosso ideal é o Reino de Deus, um ideal celeste. E Jesus afirmou que esse reino não é deste mundo. Não lutamos por utopias, pela construção de paraísos perfeitos aqui na terra, mas pela salvação das almas, “seguindo a Maria, Virgem Pura, como seus filhos, que sempre queremos ser”.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

DIALÉTICA DA SECULARIZAÇÃO


Disse o cardeal Ratzinger (papa emérito Bento XVI) no diálogo com Habermas sobre a Dialética da Secularização (sobre a razão e a religião) realizado em 2004 na Academia Católica da Baviera que o crescimento do conhecimento científico produziu uma nova visão de mundo e de homem que abalou as certezas morais, deixando à ciência toda a responsabilidade sobre o ser humano. Mas afirmou que a ciência não pode alcançar toda a dimensão humana e sim apenas aspectos parciais. Disse ainda que os debates científicos não serão capazes de produzir uma consciência ética renovada.
Para Ratzinger o princípio da maioria não pode ser a única origem do direito, pois deixa sem solução a questão dos fundamentos éticos do direito, uma vez que a história comprova que as maiorias podem ser cegas ou injustas. Na verdade existem valores e direitos que decorrem da essência do ser humano, não apenas da vontade geral consensual, e que por isso são invioláveis.
Sobre a questão dos limites ao poder disse que apenas a razão não é suficiente, que emancipada das tradições religiosas ela torna-se ameaçadora. A hybris da razão é perigosa. Ela produziu a capacidade do homem destruir a si mesmo, criou as bombas atômicas, a possibilidade da destruição e do caos total.
Defendeu que a fé tem muito a dizer sobre o ser humano, que não contradiz a racionalidade e a liberdade humana e que deve haver uma correcionalidade entre a razão e a fé (uma autolimitação), entre razão e religião, que elas podem se purificarem e se curarem mutuamente e numa relação de complementaridade, numa perspectiva interculturalista, construírem uma ética universalista, que amplie os direitos e ao mesmo tempo seja uma ética de deveres.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

A EDUCAÇÃO 4.0 DA ERA DIGITAL, A CULTURA DA INOVAÇÃO E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES QUALIFICADOS PARA UMA ESCOLA NOTA 1000.



Ou a escola se transforma ou ela terá grandes dificuldades para sobreviver às demandas da nova sociedade, às disputas comercias e às concorrências ferozes da guerra mercadológica educacional, pois estática já não atenderá mais às necessidades do exigente mercado de trabalho e da sociedade midiatizada, marcada pelas inovações tecnológicas, pela digitalização e pela globalização. Entenda-se aqui a escola como um todo institucional funcionando nos moldes tradicionais, oriundos das necessidades criadas na época do 1ª Revolução Industrial. E tais mudanças devem ser rápidas e radicais, começando por uma transformação das mentalidades educacionais, desde a gestão de recursos e de pessoas, passando pela coordenação/orientação dos processos pedagógicos e chegando à cultura da inovação, que revolucione na prática os espaços de aprendizagens por excelência, como as salas de aula, bibliotecas, laboratórios, pátios, todo o ambiente escolar e as práticas pedagógicas inerentes a estes espaços.
Uma das afirmações mais repetidas nos congressos, feiras pedagógicas, programas de capacitação e eventos educacionais em geral, no Brasil e no mundo, é que “temos uma escola do século XIX, um professor do século XX e um aluno do século XXI”. Temos escolas e professores brilhantes, inovadores, com práticas excepcionais, mas muitas vezes isolados como ilhas de modernidade. Mas via de regra o que ainda prevalece na realidade são escolas e professores acomodados, temerosos e resistentes às inovações, que não conseguem conectar a educação com o mundo real, alunos desestimulados e desinteressados e famílias indiferentes, onde cada um dos atores joga a culpa dos fracassos sobre os outros, sem fazer uma auto reflexão acerca das suas respectivas responsabilidades.
A revolução técnica científica criou o meio técnico científico informacional e nos últimos anos acelera os processos da 4ª revolução industrial, que impactam na dinamização das atividades econômicas, nas relações sociais e na cultura de um mundo cada vez mais globalizado, integrado e dinâmico. Fala-se o tempo todo de digitalização, de inteligência artificial, robótica e realidades virtuais, que produzem uma mudança de época, na qual estão inseridos os nossos alunos. Aliás, eles não viveram num mundo sem celular, sem internet, sem a comunicação virtual e sequer conseguem vislumbrar esta realidade. Suas experiências dizem respeito às realidades virtuais interativas, dinâmicas e aceleradas. Dizem alguns estudos que até a configuração cerebral e a lógica de pensar já mudou por influência dos impactos da tecnologia. Essa nova geração de jovens cresceu usando intensivamente as tecnologias digitais e se comunica mesclando comunidades virtuais e reais, em rede, de acordo com as suas necessidades. Para eles a escola se tornou uma instituição alheia ao seu mundo, onde as práticas de copiar, ouvir passivamente, reproduzir conhecimentos são consideradas irrelevantes em suas vidas cotidianas, em um paradoxo com as sensações e oportunidades oferecidas pelo universo midiático onde estão inseridos. Mas em geral estão asfixiados por tanta informação e carentes de orientação e referências éticas para lidarem com elas e transformá-las em conhecimentos significativos, úteis para a melhoria da qualidade de suas vidas e para a transformação da realidade do mundo.
Neste cenário é que os especialistas em educação tanto falam que a necessidade de orientar o aluno para o desenvolvimento de novas habilidades é dever de uma escola 4.0. Modelos que se reduzem ao uso de livros didáticos, lousa, ao aluno fazedor de cópias e decorebas (escola 1.0), ao uso de hardware e softwares sem interatividade (2.0) ou o uso de múltiplos recursos, mas com decisões centradas no professor, sem o protagonismo do aluno, não são suficientes. A escola 4.0 prioriza metodologias ativas, ambientes inovadores, cooperativos, a cultura maker (aprender fazendo), a resolução de problemas, a programação, a incorporação das tecnologias ao universo escolar sob a intencionalidade da perspectiva pedagógica, buscando aproximar o aluno da realidade e prepará-lo para dar respostas satisfatórias aos novos desafios propostos.
 Não se trata de demonizar e abandonar as boas práticas da escola tradicional, como a disciplina, o cuidado com a formação de valores e a ênfase nos conteúdos. A própria aula expositiva continua sendo importante, desde que seja bem dada, dialogada e interativa, de forma que prenda a atenção do aluno e seja motivadora para aquisição de conhecimentos. Os conteúdos são fundamentais, extremamente importantes, pois ninguém raciocina e constrói pensamento crítico sobre o nada, sobre o vazio. Mas podem ser construídos a partir de metodologias mais dinâmicas, lúdicas e prazerosas. Assim, as metodologias ativas devem ser complementares dessas práticas mais tradicionais, formando um conjunto misto e harmônico, que colabore para aprendizagens ricas e significativas.
A educação 4.0 é concebida a partir de novos paradigmas. O aluno passa a ser o protagonista e o professor o orientador qualificado para a construção eficaz dos conhecimentos. O aluno assume um papel mais ativo e torna-se o sujeito do seu próprio conhecimento. No entanto, é imprescindível notar que a máquina não vai substituir o professor, pois a interatividade, a mediação e a orientação serão sempre essenciais para os processos de aprendizagens. Sempre aprendemos na interação com o mundo, com as pessoas, que nos transmitem os saberes produzidos ao longo do tempo.  
Neste contexto a qualificação dos profissionais da educação é a condição sine qua nom para que ocorram as mudanças significativas na direção da cultura da inovação. Neste processo a gestão assume o papel de agente principal das mudanças. Urge a necessidade de uma gestão motivadora da equipe, que deve criar na escola um ambiente de formação continuada, através de reuniões e apoio ao estudo e à formação. Cabe também ao gestor atender com qualidade a clientela, aplicar racionalmente os recursos, priorizando a questão da qualidade dos processos pedagógicos, bem como acompanhar o andamento das práticas educacionais, tudo sob a perspectiva da gestão democrática, onde todos são envolvidos e participam ativamente das decisões. A Escola de hoje requer um professor mais crítico, criativo, que participe e que empreenda, que tenha mais dinamismo em lidar com as situações imprevisíveis e solucionar problemas. Nesse sentido, é que a escola deve se tornar o lócus formativo, onde se possam compartilhar experiências, socializar reflexões, fazer um trabalho colaborativo e produzir conhecimentos efetivos. Para isso os professores terão de se encontrar muito e interagir qualitativamente.
Essa cultura da inovação é contemplada na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que foi homologada e tem caráter normativo, força de lei. Ela deverá reorientar obrigatoriamente todos os currículos a partir de 2020. Nas suas 10 competências gerais, a base evidencia a necessidade da construção e valorização do conhecimento a partir da investigação, experimentação, argumentação e comunicação, da fruição e (re) elaboração de repertório cultural, centrados no protagonismo do aluno como sujeito da construção do seu próprio saber. Também é competência geral da BNCC a cultura digital, que diz: “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”. Assim, o aluno deverá ser capaz de usar as ferramentas digitais para resolver problemas, criar e apresentar produtos digitais, como páginas da web, vídeos, aplicativos, usar linguagens de programação, dominar algoritmos, entender os impactos da tecnologia na sociedade e fazer uso ético dos diversos recursos tecnológicos.
Outra demanda da nova sociedade presente na BNCC é que a escola deverá ensinar as competências e as habilidades socioemocionais. Os impactos dos avanços tecnológicos serão cada vez mais avassaladores sobre as atividades econômicas, sociais e culturais, transformando a maneira como trabalhamos e a maneira como vivemos. Segundo pesquisas do Fórum Econômico Mundial 65% dos jovens que estão começando o ensino fundamental trabalharão, daqui há 15 ou 20 anos, em profissões que hoje nem existem e terão que lidar com frustrações, ter grande capacidade de adaptação, de reinvenção e, portanto, de regulação emocional. Segundo os especialistas a escola deverá desenvolver competências socioemocionais como a autoconfiança, a empatia, o julgamento para a tomada de decisões, a liderança, a resiliência, enfim, as habilidades de autoconhecimento, de comunicação, de relacionamentos e a consciência social.
Diante de toda essa complexidade das relações sociais impactadas pela tecnologia, das novas contribuições da neurociência sobre como o cérebro aprende à escola caberá o papel de se transformar, racionalizar e modernizar os seus diversos espaços de conhecimento, personalizar o seu atendimento educacional, aplicar as metodologias ativas como a sala da aula invertida, o ensino híbrido e tantas outras, além de priorizar a criação e resolução de problemas, sem que o professor ofereça as respostas prontas, incorporar as tecnologias nos currículos, inclusive o tão polêmico uso do celular na sala de aula. As aulas deverão ser mais dinâmicas, lúdicas, prazerosas, onde os alunos poderão fazer experimentações, debates, dialogar, aprendendo através da interatividade e cooperação. A escola 4.0 deverá oferecer atividades extracurriculares como o xadrez, aulas de música, práticas esportivas, além da promoção de eventos culturais que aproximem a comunidade e reforcem a parceria entre a família e a escola. Tudo isso é uma questão de sobrevivência da escola e deverá acontecer dentro do padrão dos valores e da identidade da escola e da comunidade por ela atendida, conciliando a inovação cultural com as tradições de sucesso da instituição. É assim que se forma para a vida.
José Antônio de Faria