Especialistas em educação, estudiosos de diversas áreas e educadores em geral apresentam muitas propostas "inovadoras", radicais, que seriam as soluções para os fracassos da educação e por consequência da falência do ser humano e das relações sociais. Eis algumas delas:
Para o desenvolvimento motor global e fino da criança, o progresso do movimento, o importante é que a criança tenha oportunidades de andar, correr, pular, subir em árvores, segurar objetos diversos e por aí vai ... mas a nossa infância foi exatamente fazendo estas coisas, seja na roça, nos quintais, nas ruas, nas praças e em todo lugar.
A brincadeira é a chave para o desenvolvimento integral da criança (toda criança tem o direito de brincar): constrói a identidade, desenvolve habilidades cognitivas, emocionais, afetivas, sociais e promove a criatividade... mas isso foi o que mais fizemos na infância: brincamos o tempo todo, na maioria das vezes construímos os nossos próprios brinquedos (cultura maker), interagimos com todos e não ficamos trancafiados em apartamentos, cercados de eletrônicos, saturados e entendiados.
Neurocientistas e linguistas afirmam que a melhor forma de desenvolvimento da oralidade, para o posterior progresso da leitura e da escrita e da comunicação é o contar e recontar de histórias, a roda de conversa, as cantigas de roda ... lembram das brincadeiras de roda, das histórias da vovó, quando não havia celular e todos se encontravam ao redor da mesa para jogar e brincar, onde interagiam e os conflitos eram resolvidos por meio do diálogo...?
Pedagogos modernos salientam que a horta e o cuidado de animais é um poderoso recurso pedagógico para a aprendizagem das Ciências da Natureza, além de eficaz terapia para o desenvolvimento da afetividade ... mas, lembrem-se que nossos pais nos colocavam para cuidar da horta, regar as plantas, capinar, jogar milho e ração para as galinhas, mesmo quem morava nas cidades, pois os quintais eram amplos...
É consenso entre educadores, psicólogos e outros especialistas que é preciso dizer não, colocar limites, pois só assim educamos de fato para a empatia, o cumprimento das regras e a boa convivência ... assim fomos educados, nossos pais nos ensinaram "que não é não", "a respeitar os mais velhos", a ceder o lugar, "a pensar nos outros", a valorizar o professor e ser solidários "com quem precisa"... e acima de tudo a reverenciar a Deus.
Há mesmo quem defenda, pediatras inclusive, que é importante tomar banho de chuva, pisar na lama, cair, se machucar, pois assim nos tornamos preparados para os desafios da vida, para superar as quedas e as frustrações ... e quantas vezes chegamos ralados e fomos tratados com remédios que ardiam ... caímos e levantamos, como o que ocorre tantas vezes na nossa história...
Nossos pais e avós tinham razão, com sabedoria e bom senso, com simplicidade, sem a necessidade de tantas especulações e debates teóricos, muitas vezes estéreis, nos ensinaram que educação primeiro se aprende em casa.
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