Já na primeira estrofe há uma convocação ao congregado mariano para se alistar no exército do Senhor, que de norte a sul e de leste a oeste deste país continental deve se enfileirar (organizar) para lutar pelo reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo, pregado e continuado pela Santa Igreja Católica. É um chamado para lutar pela fé cristã, contra os seus poderosos inimigos: as armadilhas do demônio, as conspirações do mundo e a maldade do pecado.
E nesta ardorosa luta este pequeno exército é orientado, guiado, inspirado e motivado por Maria, mãe de Deus e nossa mãe. É ela quem nos dá força e valor para superar as grandes batalhas da vida contra as forças das trevas. Ela é soberana, segue na nossa frente, carrega a nossa bandeira e faz tremer os nossos inimigos.
E estes inimigos do reino de Cristo e de tudo que o representa (a Igreja, Nossa Senhora, os santos e todos os cristãos) são poderosos e incansáveis. O averno ruge (os infernos) combate com todas as suas armas, especialmente a da mentira, que ilude, atrai e aliena. Através de ideias e ações revolucionárias, como o Iluminismo liberal e racionalista, concretizado na Revolução Francesa e nas revoluções liberais do século XIX, propagado pela Maçonaria, procurou destruir as monarquias cristãs, a própria Igreja e toda a cultura cristã ocidental (“altar e trono quer destruído”). Os seus frutos foram o relativismo moral, a descristianização, a dessacralização da sociedade e os novos movimentos revolucionários materialistas e ateus.
Contra tudo isso é que o congregado é convocado a lutar (“por Deus e por nossa vida”) com as armas da fé, da oração, dos sacramentos, da caridade, e especialmente da devoção à Imaculada Conceição. É sob a proteção de Maria Imaculada que não devemos temer a espada da ridicularização ou mesmo do martírio, a vitória é certa, pois ela já esmagou a cabeça da serpente e triunfou, triunfa e triunfará sobre todo o mal.
A guerra é santa, pois o nosso ideal é o Reino de Deus, um ideal celeste. E Jesus afirmou que esse reino não é deste mundo. Não lutamos por utopias, pela construção de paraísos perfeitos aqui na terra, mas pela salvação das almas, “seguindo a Maria, Virgem Pura, como seus filhos, que sempre queremos ser”.
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