domingo, 29 de dezembro de 2024

DEZ MANEIRAS DE DESTRUIR A IMAGINAÇÃO DE SEU FILHO.

(Resumo) Este é o título do livro de Anthony Esolen, professor acadêmico, renomado escritor, pensador norte-americano e defensor das tradições culturais ocidentais. Segundo ele, as crianças (não apenas elas) vivem num mundo artificial, fora da realidade, sem a possibilidade da contemplação da Beleza, da Verdade e do Bem, com a imaginação contida e por isso inertes, dóceis às imposições do Estado, da sociedade de massas e dos controladores sociais em geral... estão encaixadas num mundo de shoppings centers, de enlatados, de burocracia e entretenimento iguais por toda parte, motivados pelas mídias e por uma educação esvaziada de estímulos à imaginação e à memorização, em nome de um tal "pensamento crítico"... fatos reais, ciência objetiva, gramática e aritmética, que são algumas das bases de toda uma estrutura intelectual, são negligenciados... Dito isto, eis o método para destruir a imaginação... Método 1: MANTENHA OS SEUS FILHOS EM AMBIENTES FECHADOS o máximo possível, num mundo virtual, irreal, (sair deste mundo pode ser perigoso para criar autonomia, independência) longe da contemplação dos elementos da natureza, que estimula a curiosidade, o conhecimento e as noções de infinitude, de liberdade e o desejo do sagrado, da busca do transcendental, contra o imediatismo do mundo material. Método 2: JAMAIS DEIXE AS CRIANÇAS SOZINHAS. Trate-as como se fossem feitas de vidro, incapazes de resistirem a algumas quedas, colisões e ferimentos, tornando-as incapazes do auto gerenciamento e organização. Esvazie a competitividade dos jogos, para evitar "frustrações", desencoraje a assumir riscos, incapacite para a organização em comunidades com objetivos comuns. Método 3: MANTENHA AS CRIANÇAS LONGE DE MÁQUINAS OU DE QUEM SABE OPERÁ-LAS. Elas devem ficar longe de adultos que saibam fazer coisas, para que sejam alienadas da engenhosidade, da inventividade. Desencorajadas de colocar a mão na massa, deixam de saber como as coisas funcionam (o importante é apenas acreditar na ciência, como uma cartilha política). As crianças não devem ficar fascinadas pelo mundo animal, não devem se envolver com o mundo (exceto sob a forma de engajamento ideológico), devem afastar-se de pessoas que fazem brinquedos com mapas e projetos que ajudam no raciocínio estratégico, a lidar com questões abstratas, enfim, incapazes para a leitura mais profunda e de um encontro imaginativo com o mundo real... Método 4: SUBSTITUA OS CONTOS DE FADAS POR CLICHÊS POLÍTICOS E MODAS... Ao invés de valorizar os contos que trazem personagens fiéis à verdade da vida, que habitam um mundo moral, que são fundamentos positivos da imaginação, elimine, corrompa e subverta-os, de forma que estejam bloqueados para o conhecimento do universo das artes e dos mistérios da vida humana, sem os quais serão suscetíveis às baboseiras políticas e ao entretenimento vazio das massas, a acreditar em quaisquer coisas. Leiam livros efêmeros, que não abram a mente, reduza tudo (ciências, artes, religião...) a um sentido político, como se toda a realidade fosse um jogo de poder. A redução de tudo à política é a redução de tudo à insignificância. Método 5: DIFAME O HEROICO E O PATRIÓTICO. A perda do senso de honrar o país e os país ( no sentido histórico), como mostra George Orwell no livro 1984 (anulação das referências do passado), arraigam as pessoas no imediatismo do presente, com o desejo apenas de novidade. Para os controladores sociais é importante "matar" o passado, e também "matar os pais", no sentido de afastar a influência dos pais biológicos sobre as crianças. E, através do multiculturalismo, destruir a cultura. Método 6: DIMINUA TODOS OS HERÓIS. Riem-se deles, eduque para mostrar que seus feitos são inúteis, desconsiderem as histórias de heroísmo, as figuras dos heróis e o risco do narcisismo ficará evidente. Para isso, difame o ideal militar, ridicularize as virtudes mais difíceis de se obter, e, como o heroico amplia a nossa imaginação, ensine os seus filhos a suspeitar e a odiar a excelência (democratize a excelência, como se a excelência de alguém fosse uma ofensa à autoestima dos outros), destruindo a admiração pelo heroísmo. Ridicularize as figuras históricas, ensine que todos são iguais (igualdade putativa) e que se for para admirar alguém, que seja a si mesmo. Assim, privados de grandes mananciais da imaginação, buscarão satisfação nos prazeres desenfreados. Método 7: REBAIXE TODA CONVERSA SOBRE AMOR A NARCISISMO E SEXO. Não mais aquele amor que inspirou toda a literatura, alto e nobre, que reverência o mistério do outro (não carnal) como aquele de Odisseu e Nausica, na Odisseia de Homero e de Dante e Beatriz na Divina Comédia. Reduza eros à comichão da luxúria ou da vaidade, o amor entre um homem e uma mulher a algo privado, socialmente indiferente e arbitrário, povoe o imaginário de sensualidade e luxúria, do bizarro e repugnante, reduzindo tudo ao narcisismo e ao sexo banal. Método 8: EQUIPARE AS DISTINÇÕES ENTRE HOMEM E MULHER O fascínio, a curiosidade entre os sexos, a admiração e os ritos iniciáticos devem ser banalizados, as pessoas virtuosas escarnecidas, o que desencoraja a ideia de começar uma família, o desejo de devoção e entrega ao outro. Método 9: DISTRAIA A CRIANÇA COM O SUPERFICIAL E O IRREAL . É preciso privar a criança do silêncio e da quietude (porque restauram o poder da imaginação, que é uma faculdade da alma). Privando a criança do sossego por meio de televisores, computadores, videogames e celulares, as crianças convivem com o barulho o tempo todo, tornando-se incapazes da observação e contemplação. Em paz, as crianças poderiam descobrir livros maravilhosos e alcançar a independência, o conhecimento de si e da realidade, da verdade e a conversão. Método 10: NEGUE O TRANSCENDENTE. Negue a nobreza da fé, ensine a ser hostil à fé e que é pior, banalize a fé, transformando-a numa coisa infantil. Então, o materialismo é a melhor opção, ensine que tudo o que existe é matéria, a ideia de Deus é uma projeção do pai, a beleza é apenas um tic neurológico ou uma opinião pessoal, o amor é apenas a tendência para a reprodução e o homem apenas um ser na poeira cósmica. No fundo, o que querem os destruidores da imaginação, é a destruição do próprio homem.

0 comentários:

Postar um comentário