Neste sentido, as citações abaixo, de Santo Agostinho, nos fornecem critérios básicos e claros de discernimento acerca de tal literatura/educação, à luz dos princípios cristãos, inspirados nas Escrituras e na Tradição da Igreja, como fundamentos da Educação Católica e sua relação com os clássicos.
"Quanto é pequena a quantidade de ouro, prata e vestes tirada do Egito pelo povo hebreu em comparação com as riquezas que lhe sobrevieram de Jerusalém, e que aparecem sobretudo com o rei Salomão (cf 1 RS 10, 14-23), assim é igualmente pequena ciência - se bem que útil - recolhida nos livros pagãos, em comparação com a ciência contida nas Divinas Escrituras"
[...]
"Porque tudo o que um homem tenha aprendido de prejudicial alhures, aí está condenado, e tudo o que aprendeu de bom, aí está ensinado. E quando cada um tiver encontrado tudo o que aprendeu de proveitoso em outros livros, descobrirá muito mais abundantemente aí. E o que é mais, o que não aprendeu em nenhuma outra parte, somente encontrará na admirável superioridade e profundidade destas Escrituras". (Santo Agostinho 354 - 430 - A Doutrina Cristã 2, 43, 63.)
Portanto, os clássicos são essenciais para a formação do conhecimento racional, da ciência e da virtude. É preciso ler Platão, Aristóteles, Cícero, Ovídio, Homero e tantos outros autores da Filosofia perene e da Literatura Clássica. No entanto, são insuficientes para darem respostas sobre as questões existenciais mais profundas. Daí a necessidade dos textos sagrados, das Escrituras, de infinita sabedoria, para, A PARTIR DAS SEMENTES de verdade e de bem presentes nos clássicos, promoverem a educação integral (formação intelectual, socioemocional, espiritual e moral) da pessoa humana.
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