sábado, 11 de julho de 2015

A verdadeira Pedagogia...
A Pedagogia tradicional é demonizada por pedagogos e professores marxistas, à moda Paulo Freire, que se intitulam libertadores, criadores de uma consciência crítica capaz de engendrar a transformação social e a construção de uma sociedade democrática, solidária e cidadã. E na verdade nunca se viu tanto individualismo, egoísmo e violência nas escolas e na sociedade. A escola tradicional tinha os seus defeitos, inerentes às contingências humanas, mas nos limites do seu contexto produziu conhecimentos e inspirou valores humanos que fermentavam as práticas sociais, pautadas no respeito, tolerância, disciplina, honestidade e no senso de responsabilidade, produzindo uma verdadeira transformação nas relações humanas.

A Pedagogia tradicional não é a que se identifica com a educação tecnicista, inaugurada com a Revolução Francesa e Industrial e muito em voga no século XX, mas aquela aplicada no Brasil com os jesuítas, representada pela Ratio Studiorum, que se fundamentava numa concepção integral da pessoa humana e incorporava toda a riqueza dos conhecimentos construídos pela Filosofia, Teologia, e tudo o que foi produzido por grandes estudiosos nos séculos anteriores, como Santo Agostinho, Boécio, Santo Tomás de Aquino, Hugo de São Vitor e tantos outros. Era uma educação que tinha com clareza as ideias dos fins. Educar para quê? Para que se conhecesse o mais profundo sentido e a razão da existência da vida humana, onde a abertura para o transcendente era o centro da formação educacional. E vale lembrar que considerava o aluno como o verdadeiro sujeito do processo de ensino e aprendizagem, era um modelo dinâmico na utilização de recursos, como por exemplo, o teatro, e que valorizava os conhecimentos experienciais dos educandos e a construção coletiva dos conhecimentos.  

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