A verdadeira Pedagogia...
A Pedagogia tradicional é
demonizada por pedagogos e professores marxistas, à moda Paulo Freire, que se
intitulam libertadores, criadores de uma consciência crítica capaz de engendrar
a transformação social e a construção de uma sociedade democrática, solidária e
cidadã. E na verdade nunca se viu tanto individualismo, egoísmo e violência nas
escolas e na sociedade. A escola tradicional tinha os seus defeitos, inerentes
às contingências humanas, mas nos limites do seu contexto produziu conhecimentos
e inspirou valores humanos que fermentavam as práticas sociais, pautadas no respeito,
tolerância, disciplina, honestidade e no senso de responsabilidade, produzindo
uma verdadeira transformação nas relações humanas.
A Pedagogia tradicional não
é a que se identifica com a educação tecnicista, inaugurada com a Revolução
Francesa e Industrial e muito em voga no século XX, mas aquela aplicada no
Brasil com os jesuítas, representada pela Ratio Studiorum, que se fundamentava numa
concepção integral da pessoa humana e incorporava toda a riqueza dos
conhecimentos construídos pela Filosofia, Teologia, e tudo o que foi produzido por
grandes estudiosos nos séculos anteriores, como Santo Agostinho, Boécio, Santo
Tomás de Aquino, Hugo de São Vitor e tantos outros. Era uma educação que tinha
com clareza as ideias dos fins. Educar para quê? Para que se conhecesse o mais
profundo sentido e a razão da existência da vida humana, onde a abertura para o
transcendente era o centro da formação educacional. E vale lembrar que considerava
o aluno como o verdadeiro sujeito do processo de ensino e aprendizagem, era um
modelo dinâmico na utilização de recursos, como por exemplo, o teatro, e que
valorizava os conhecimentos experienciais dos educandos e a construção coletiva
dos conhecimentos.
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