sábado, 18 de janeiro de 2025

PRIMEIRA REGRA: COSTAS ERETAS, OMBROS PARA TRÁS

 

A primeira regra, COSTAS ERETAS, OMBROS PARA TRÁS, sugere posturas eretas, cabeça erguida, que evidenciam vencedores e superioridade, contra as más posturas, que carregam um ar de derrotados, de coitados e de vítimas, de covardes, que não estão preparados para lutar. Emoções são expressas no corpo, por exemplo, sorrir provoca alegria e ficar carrancudo provoca tristeza... Portanto, ficar ereto, dá a impressão de que você está pronto para enfrentar o fardo da vida, para o mundo, passa uma mensagem de confiança e poder.
As pessoas devem liberar mais serotonina por meio de atividades proativas (acordar cedo, ter um café da manha com baixas calorias, manter o nivel de açúcar estável, fazer exercícios físicos...), substâncias que regulam o sono, o humor, o apetite, ritmo cardíaco, a sensibilidade e a dor, garantindo melhor qualidade de vida.
Pessoas vencedoras são capazes de sobreviver em ambientes mais hostis, se impõem, continuam vencedoras e são fontes de inspiração... "Se você se apresentar como um derrotado, as pessoas vão reagir a você como se fosse um perdedor. Se começar a se alinhar, elas olharão e tratarão de forma diferente"

Por que ler Jordan Peterson, em especial 12 REGRAS PARA A VIDA: UM ANTÍDOTO PARA O CAOS e ALÉM DA ORDEM: MAIS 12 REGRAS PARA VIDA?

Resposta: Porque ele é um psiquiatra e experiente psicólogo clínico há décadas, acadêmico, foi professor de Harvard e hoje é professor da Universidade de Toronto, que publicou centenas de artigos científicos... Porque este primeiro título transformou-se num best-seller, que vendeu mais de 5 milhões de cópias, porque é um pensador autônomo, independente da cultura do pensamento do politicamente correto, porque joga água no moinho do conservadorismo...
Porque suas reflexões são reais e oportunas para o nosso tempo, não se trata apenas de autoajuda, no sentido de muitas publicações aqui no Brasil, mas de um profundo exercício de autoconhecimento e autocontrole, para que se viva bem...
Porque está em processo de conversão ao Cristianismo, seus princípios conversam com o pensamento cristão e a filosofia perene, porque por tudo isso pode iluminar nossas ações educativas, mesmo que possamos discordar dele em alguns aspectos...

 

domingo, 5 de janeiro de 2025

10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC (BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR) NA ESCOLA CATÓLICA, À LUZ DOS PRINCÍPIOS CRISTÃOS

1.CONHECIMENTO 
A educação católica valoriza o conhecimento físico, social e cultural (sobretudo o espiritual), o conhecimento da realidade como um todo, como sempre fez ao longo dos séculos. A Igreja é mãe e mestra, a grande pedagoga, perita em humanidade. O seu projeto educacional tem 2000 anos. Ela é fundadora de escolas e universidades, protagonista na arte do ensino do conhecimento do real, verdadeiro e objetivo, da análise de toda a realidade humana, social e cultural. Para isso, utiliza como critérios de análise e filtros de todos os conteúdos os Evangelhos, a Razão e a Ciência, o Bom Senso e o Magistério da Igreja, a sua Doutrina Social e a pedagogia dos santos, com a sua vida (escola de virtudes) e as suas realizações surpreendentes. Assim, tem como objetivo formar pessoas com conhecimento sólido (conteúdo de qualidade), com valores (virtudes) cristãos e humanos, capazes de compreender e transformar a realidade, de construir a verdadeira civilização, alicerçada na transcendentalidade da vida. 

 2.PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO 
A pedagogia católica, ao longo dos séculos, por meio das instituições educacionais da Igreja, como os mosteiros, escolas paroquiais e das catedrais, escolas e universidades em geral, por meio de modelos pedagógicos de excelência, como o dos Jesuítas e o dos Salesianos, sempre priorizou a formação da inteligência, estimulou o método e o espírito científico, a criatividade e a inovação. Não como ciência estéril ou a serviço de interesses excusos (a serviço do mal), mas útil para a solução de problemas reais, sempre baseada na ética, com ênfase na dignidade da pessoa humana, na valorização da vida e para o bem de toda a humanidade. 

 3.REPERTÓRIO CULTURAL 
As escolas católicas priorizam a formação de pessoas que valorizem as manifestações artísticas e culturais (verdadeiras) dos povos, inclusive, e principalmente, considera a grande riqueza da arte e de todo o patrimônio cultural construídos pela civilização cristã, cujos valores ecoam nas consciências e no nosso imaginário. A Igreja foi a grande inspiradora da arte e do pensamento (das ideias). Inspirou a arte Românica, Gótica, Renascentista, Barroca, promoveu as ciências em seus diversos ramos como a Matemática, Astronomia, Direito, Filosofia, Arquitetura e tantos outros, cujos fundamentos ainda alicerçam a produção científica contemporânea, além da sua influência decisiva na música e na Literatura, bem como em praticamente todos os setores das atividades humanas. O objetivo é fazer conhecer, valorizar e fruir de todo este patrimônio cultural. 

 4.COMUNICAÇÃO 
A educação católica pretende formar pessoas capazes de comunicarem-se, de comunicar a verdade e o bem, através de diferentes linguagens, pessoas capazes de partilhar informações, conhecimentos e sentimentos nobres e verdadeiros, que produzam sentido, que levem ao entendimento mútuo. 

 5.CULTURA DIGITAL 
A Igreja entende que a tecnologia deve estar a serviço da humanidade, do bem estar pessoal e coletivo, da verdade e do bem. O ensino católico objetiva formar alunos que conheçam tais tecnologias e as utilizem de forma crítica, responsável, com ética, de acordo com a correta ordem moral, para aplicação na solução de problemas, sempre em favor de uma melhor qualidade de vida. 

 6.TRABALHO E PROJETO DE VIDA 
No pensamento católico a educação deve também formar pessoas capazes de valorizar e apropriar-se das experiências do mundo do trabalho, de fazer escolhas alinhadas à cidadania, ao bem comum, e ao seu projeto de vida com liberdade, autonomia, criticidade e responsabilidade. Um bom projeto de vida deve considerar a essência do ser humano (animal racional), o correto uso da liberdade e o trabalho como meio, não como fim último da existência humana (não idolatrar o trabalho, não sacrificar a família e as relações pessoais por causa das exigências do trabalho e muito menos viver para ter as coisas). 

 7.ARGUMENTAÇÃO 
A educação católica é protagonista no estímulo à arte de pensar e argumentar, como o provam o método pedagógico de Hugo de São Víctor, a Ratium Studiorom dos Jesuítas e toda a Filosofia Católica. O ideal católico sempre foi interpretar o mundo com base em fatos reais, objetivos, difundir ideias, pontos de vista, opiniões assentados nos valores cristãos, no respeito aos direitos humanos, na consciência socioambiental, no respeito a toda a criação, respeito ao outro, no consumo responsável e na ética, como afirma a BNCC. 

 8.AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO 
Para o projeto educacional católico, o educando deve conhecer-se, ter consciência dos seus defeitos, das suas limitações e das suas virtudes, das suas capacidades e compreender-se na diversidade humana, apreciar-se, cuidar da sua saúde física e emocional, reconhecendo as suas emoções e a dos outros, sendo capaz de fazer autocrítica e lidar com elas. 

 9.EMPATIA E COOPERAÇÃO 
Esta competência sugere exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação. É preciso fazer-se respeitar e promover o respeito aos outros, aos direitos humanos, com acolhimento da diversidade, sem preconceitos. Tais princípios conversam com os valores cristãos, como nos atesta, por exemplo, o método pedagógico de Dom Bosco, a Pedagogia do Amor, que acolhe a todos, respeita, previne, ensina, corrige e promove o bem. E para isso é fundamental a criação de um ambiente saudável, propício para a oração, para a prática das virtude e para o bem de todos. 

 10.RESPONSABILIDADE E CIDADANIA 
Esta competência sugere formar pessoas para agirem pessoalmente e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação. Tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários, valores que conversam com as propostas da Doutrina Social da Igreja e os valores cristãos em geral. Para que isto aconteça é importante uma pedagogia de projetos na escola, além de toda uma prática curricular inspiradora de ações afirmativas, no sentido correto do termo.

domingo, 29 de dezembro de 2024

DEZ MANEIRAS DE DESTRUIR A IMAGINAÇÃO DE SEU FILHO.

(Resumo) Este é o título do livro de Anthony Esolen, professor acadêmico, renomado escritor, pensador norte-americano e defensor das tradições culturais ocidentais. Segundo ele, as crianças (não apenas elas) vivem num mundo artificial, fora da realidade, sem a possibilidade da contemplação da Beleza, da Verdade e do Bem, com a imaginação contida e por isso inertes, dóceis às imposições do Estado, da sociedade de massas e dos controladores sociais em geral... estão encaixadas num mundo de shoppings centers, de enlatados, de burocracia e entretenimento iguais por toda parte, motivados pelas mídias e por uma educação esvaziada de estímulos à imaginação e à memorização, em nome de um tal "pensamento crítico"... fatos reais, ciência objetiva, gramática e aritmética, que são algumas das bases de toda uma estrutura intelectual, são negligenciados... Dito isto, eis o método para destruir a imaginação... 

 Método 1: MANTENHA OS SEUS FILHOS EM AMBIENTES FECHADOS o máximo possível, num mundo virtual, irreal, (sair deste mundo pode ser perigoso para criar autonomia, independência) longe da contemplação dos elementos da natureza, que estimula a curiosidade, o conhecimento e as noções de infinitude, de liberdade e o desejo do sagrado, da busca do transcendental, contra o imediatismo do mundo material. 

 Método 2: JAMAIS DEIXE AS CRIANÇAS SOZINHAS. Trate-as como se fossem feitas de vidro, incapazes de resistirem a algumas quedas, colisões e ferimentos, tornando-as incapazes do auto gerenciamento e organização. Esvazie a competitividade dos jogos, para evitar "frustrações", desencoraje a assumir riscos, incapacite para a organização em comunidades com objetivos comuns. 

 Método 3: MANTENHA AS CRIANÇAS LONGE DE MÁQUINAS OU DE QUEM SABE OPERÁ-LAS. Elas devem ficar longe de adultos que saibam fazer coisas, para que sejam alienadas da engenhosidade, da inventividade. Desencorajadas de colocar a mão na massa, deixam de saber como as coisas funcionam (o importante é apenas acreditar na ciência, como uma cartilha política). As crianças não devem ficar fascinadas pelo mundo animal, não devem se envolver com o mundo (exceto sob a forma de engajamento ideológico), devem afastar-se de pessoas que fazem brinquedos com mapas e projetos que ajudam no raciocínio estratégico, a lidar com questões abstratas, enfim, incapazes para a leitura mais profunda e de um encontro imaginativo com o mundo real... 

 Método 4: SUBSTITUA OS CONTOS DE FADAS POR CLICHÊS POLÍTICOS E MODAS... Ao invés de valorizar os contos que trazem personagens fiéis à verdade da vida, que habitam um mundo moral, que são fundamentos positivos da imaginação, elimine, corrompa e subverta-os, de forma que estejam bloqueados para o conhecimento do universo das artes e dos mistérios da vida humana, sem os quais serão suscetíveis às baboseiras políticas e ao entretenimento vazio das massas, a acreditar em quaisquer coisas. Leiam livros efêmeros, que não abram a mente, reduza tudo (ciências, artes, religião...) a um sentido político, como se toda a realidade fosse um jogo de poder. A redução de tudo à política é a redução de tudo à insignificância. 

 Método 5: DIFAME O HEROICO E O PATRIÓTICO. A perda do senso de honrar o país e os país ( no sentido histórico), como mostra George Orwell no livro 1984 (anulação das referências do passado), arraigam as pessoas no imediatismo do presente, com o desejo apenas de novidade. Para os controladores sociais é importante "matar" o passado, e também "matar os pais", no sentido de afastar a influência dos pais biológicos sobre as crianças. E, através do multiculturalismo, destruir a cultura. 

 Método 6: DIMINUA TODOS OS HERÓIS. Riem-se deles, eduque para mostrar que seus feitos são inúteis, desconsiderem as histórias de heroísmo, as figuras dos heróis e o risco do narcisismo ficará evidente. Para isso, difame o ideal militar, ridicularize as virtudes mais difíceis de se obter, e, como o heroico amplia a nossa imaginação, ensine os seus filhos a suspeitar e a odiar a excelência (democratize a excelência, como se a excelência de alguém fosse uma ofensa à autoestima dos outros), destruindo a admiração pelo heroísmo. Ridicularize as figuras históricas, ensine que todos são iguais (igualdade putativa) e que se for para admirar alguém, que seja a si mesmo. Assim, privados de grandes mananciais da imaginação, buscarão satisfação nos prazeres desenfreados. 

 Método 7: REBAIXE TODA CONVERSA SOBRE AMOR A NARCISISMO E SEXO. Não mais aquele amor que inspirou toda a literatura, alto e nobre, que reverência o mistério do outro (não carnal) como aquele de Odisseu e Nausica, na Odisseia de Homero e de Dante e Beatriz na Divina Comédia. Reduza eros à comichão da luxúria ou da vaidade, o amor entre um homem e uma mulher a algo privado, socialmente indiferente e arbitrário, povoe o imaginário de sensualidade e luxúria, do bizarro e repugnante, reduzindo tudo ao narcisismo e ao sexo banal. 

 Método 8: EQUIPARE AS DISTINÇÕES ENTRE HOMEM E MULHER O fascínio, a curiosidade entre os sexos, a admiração e os ritos iniciáticos devem ser banalizados, as pessoas virtuosas escarnecidas, o que desencoraja a ideia de começar uma família, o desejo de devoção e entrega ao outro. 

 Método 9: DISTRAIA A CRIANÇA COM O SUPERFICIAL E O IRREAL . É preciso privar a criança do silêncio e da quietude (porque restauram o poder da imaginação, que é uma faculdade da alma). Privando a criança do sossego por meio de televisores, computadores, videogames e celulares, as crianças convivem com o barulho o tempo todo, tornando-se incapazes da observação e contemplação. Em paz, as crianças poderiam descobrir livros maravilhosos e alcançar a independência, o conhecimento de si e da realidade, da verdade e a conversão. 

 Método 10: NEGUE O TRANSCENDENTE. Negue a nobreza da fé, ensine a ser hostil à fé e que é pior, banalize a fé, transformando-a numa coisa infantil. Então, o materialismo é a melhor opção, ensine que tudo o que existe é matéria, a ideia de Deus é uma projeção do pai, a beleza é apenas um tic neurológico ou uma opinião pessoal, o amor é apenas a tendência para a reprodução e o homem apenas um ser na poeira cósmica. No fundo, o que querem os destruidores da imaginação, é a destruição do próprio homem.

UM LEGADO DE AMOR

Nesta noite muito especial, especialíssima, com profunda alegria, carinho e GRATIDÃO, aqui estamos, nesta linda festa, para a comemoração dos 50 anos de sacerdócio de Dom Fernando, de uma vida sacerdotal dedicada ao amor de Deus, à Igreja e ao amor do próximo, de uma linda história que impacta diretamente as nossas vidas, pois muito do que nós temos e do que nós somos, como pessoas e como cristãos, é fruto deste ministério sacerdotal, como um verdadeiro LEGADO de amor. 

 Algumas pessoas, escolhidas e guiadas pela Providência Divina, inspiradas por Deus, são protagonistas, personagens principais da história, que, literalmente, transformam a realidade, mudam o mundo, os rumos e o sentido do processo histórico, deixando um LEGADO eterno. Uma destas pessoas é Dom Fernando. 

 Fernando Arêas Rifan nasceu na pequena cidade cidade de São Fidélis, em 25 de outubro do ANO SANTO de 1950, 5 dias antes da proclamação do Dogma da Assunção de Nossa Senhora. Dos seus pais, Sr. Badir, bancário e contador de piadas, e dona Jove, florista, recebeu uma boa educação, CATÓLICA, berço da sua vocação, bem simbolizada no gesto heroico dos dois, que, mesmo chorando, mas, por amor, entregaram o seu filho único para Deus. 

 Neste ambiente católico e feliz, Fernando cresceu como uma uma criança normal, que frequentava a igreja, era coroinha, ia para a escola, brincava na rua e gostava de uma festinha e de um bolinho de aniversário com os amigos. Estudava, tirava boas notas e, com os seus colegas, num gesto de apreço pelos educadores, buscava a professora em casa, como sempre gosta de de lembrar. Tudo isto era prenúncio e alicerce de um futuro exímio leitor, estudioso, de um entusiasta educador, construtor de um grandioso LEGADO educacional, fundador e inspirador de muitas escolas católicas, hoje 17, e formador de centenas de professores, num processo que continua ininterruptamente, impactando gerações de alunos, pais e famílias em geral. 

 No seminário, desde menino, e depois como padre, desde 1974, teve sempre vultoso destaque na vida de estudos, na formação intelectual, humana, artística e espiritual, fundamentos do seu insígne repertório cultural, da sua enorme capacidade de guia intelectual e espiritual, do poder de ensinar e encantar a todos com as suas palavras, por meio de suas homilias, palestras e escritos... Também apreciador da boa cultura, poeta, musicista, fundador de corais, compositor e inspirador de eventos culturais diversos. 

 Dom Fernando, admirável missionário, sempre fiel cumpridor do mandamento do Senhor: "Ide e ensinai..." a bordo do seu fusca, depois Brasília, Marajó, Parati, do Logus preto, de barcos, na zona rural, na região do Imbé, de Rio Preto e do Deserto, com seus coroinhas e catequistas, viajando por estradas e caminhos difíceis, quase naufragando algumas vezes, celebrando debaixo de árvores, também nas comunidades urbanas, realizou frutuosas missões. Mestre da diplomacia, lutou muito, teve papel central e decisivo na criação da Administração Apostólica (2002) e como Bispo, em inumeráveis viagens, continua sendo incansável missionário apostólico, divulgando a "Adapostólica Way of Life", o jeito católico de ser na Administração Apostólica, dentro da unidade Católica, fiel ao Magistério e à Tradição da Igreja, criando apostolados externos pelo país e estabelecendo fraternas relações com o mundo católico, inspiração de uma verdadeira renovação na Igreja... Este, um LEGADO missionário que fará jus ao que disse o profeta Daniel: "Os mestres sábios, aqueles que ensinaram muitas pessoas a fazer o bem, brilharão como as estrelas do céu, como um brilho que nunca se apagará". 

 Portanto, celebramos hoje, neste JUBILEU ÁUREO DE DOM FERNANDO, o amor de Deus por nós, os inúmeros benefícios que recebemos, intelectuais, éticos, morais, e espirituais, do seu zeloso ministério sacerdotal. Celebramos a simplicidade, a bondade e o ensino da verdade, por uma mente brilhante, que nos foi dada na pessoa de Dom Fernando. Celebramos um legado missionário, educacional, de construção de igrejas e de pessoas, um legado de uma esplêndida sensibilidade social, presente nos seus inúmeros projetos sociais. Celebramos uma história que precisa ser contada e para isso seriam necessários livros, autobiografias, biografias, para que seja valorizada, reconhecida e esteja eternamente nas nossas mentes. A Vossa Excelência, Dom Fernando, a nossa admiração, reverência, fidelidade, a nossa GRATIDÃO, carinho e o nosso amor. Que Deus vos abençoe sempre e a Imaculada Conceição vos conduza para que esteja conosco por muitos anos, para o bem de tantas almas. Parabéns Dom Fernando e obrigado por tudo.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

EDUCAÇÃO CLÁSSICA ou EDUCAÇÃO CATÓLICA?

Há um gigantesco movimento de leitura/estudo da Cultura Clássica e uma proliferação de narrativas e iniciativas sobre a Educação Clássica pelo Brasil afora, via internet especialmente, como um fenômeno de crescente conservadorismo, uma reação ao processo revolucionário, que está na origem da atual crise educacional. 

 Neste sentido, as citações abaixo, de Santo Agostinho, nos fornecem critérios básicos e claros de discernimento acerca de tal literatura/educação, à luz dos princípios cristãos, inspirados nas Escrituras e na Tradição da Igreja, como fundamentos da Educação Católica e sua relação com os clássicos. "Quanto é pequena a quantidade de ouro, prata e vestes tirada do Egito pelo povo hebreu em comparação com as riquezas que lhe sobrevieram de Jerusalém, e que aparecem sobretudo com o rei Salomão (cf 1 RS 10, 14-23), assim é igualmente pequena ciência - se bem que útil - recolhida nos livros pagãos, em comparação com a ciência contida nas Divinas Escrituras" [...] "Porque tudo o que um homem tenha aprendido de prejudicial alhures, aí está condenado, e tudo o que aprendeu de bom, aí está ensinado. E quando cada um tiver encontrado tudo o que aprendeu de proveitoso em outros livros, descobrirá muito mais abundantemente aí. E o que é mais, o que não aprendeu em nenhuma outra parte, somente encontrará na admirável superioridade e profundidade destas Escrituras". (Santo Agostinho 354 - 430 - A Doutrina Cristã 2, 43, 63.) 

 Portanto, os clássicos são essenciais para a formação do conhecimento racional, da ciência e da virtude. É preciso ler Platão, Aristóteles, Cícero, Ovídio, Homero e tantos outros autores da Filosofia perene e da Literatura Clássica. No entanto, são insuficientes para darem respostas sobre as questões existenciais mais profundas. Daí a necessidade dos textos sagrados, das Escrituras, de infinita sabedoria, para, A PARTIR DAS SEMENTES de verdade e de bem presentes nos clássicos, promoverem a educação integral (formação intelectual, socioemocional, espiritual e moral) da pessoa humana.

quarta-feira, 17 de julho de 2024

"Celulares, Internet e mídias sociais são uma DROGA potente..."

Esta é a ALARMANTE afirmação da psiquiatra Anne Lembek, professora da universidade de Stanford, autora do best-seller "Nação Dopamina". Inúmeras pesquisas e autores vão na mesma linha. O americano Tristan Harris (ex-Google e ativista digital) afirma que o smartphone é tão viciante quanto uma máquina de caça-níqueis (o jogo que mais causa dependência) e a empresa de pesquisa Dscout Research diz que o celular já vicia mais gente e de forma mais intensa que o cigarro. O senador Josh Rawley afirmou que "as empresas de tecnologia adotaram o modele de negócio baseado no vício". 

 VÍDEOS CURTOS, cliques, notificações, rolagens infintas e curtidas liberam cargas excessivas de DOPAMINA, os neurotransmissores responsáveis por um sistema de recompensa cerebral, que atuam sobre o humor, o prazer, a aprendizagem, a coordenacao motora, entre outros. Ocorre que o cérebro fica "encharcado", viciado no "ciclo da dopamina": gatilho, ação, satisfação imediata e surpreendente. Atividades "NORMAIS" cotidianas já não liberam a quantidade moderada e gradual destes neurotransmissores necessária para motivar o ciclo da vida. O cérebro passa a funcionar como o de um drogado, são exigidas dosagens mais altas, com efeitos cada vez menores, daí a "fuga" para coisas mais intensas: drogas, pornografia, jogos eletrônicos, entre outros. 

 A saúde mental se degenera. Os efeitos desse mau uso e da própria abstinência são perversos, especialmente nas crianças e jovens: dificuldade de convivência social, isolamento, dores de cabeça e na coluna, deterioração da memória e da capacidade de concentração, insônia, estresse e ansiedade, que evoluem para a NOMOFOBIA (medo de ficar desconectado), para transtornos como o TDA, TDAH, Síndrome de Burnout, depressão e pensamento suicida. Entre 2016 e 2023 o TDAH cresceu 43 % nos EUA. 

 Neurocientistas, psicólogos e tantos outros especialistas e instituições propõem uma desintoxicação do excesso da dopamina, fazer jejum de dopamina (retirar os super estímulos) por meio do controle do uso do smartphone e das telas, um "reset do cerebro", proposto por alguns do Vale do Silício. Use o celular de forma racional, para vídeos mais longos, formação, faça atividades ao ar livre, encontre pessoas reais, tome café e converse com os amigos, cuide do jardim, dos animais, cozinhe, leia bons livros, dedique-se a exercícios espirituais e, pais, não "eduquem" os seus filhos por meio de telas.