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Por
James Akin |
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Durante a
Segunda Guerra Mundial a Igreja Católica era governada pelo Papa Pio
XII, que se mostrou inimigo pertinaz do nazismo, determinado a salvar o
maior número de vidas judias que pudesse. E mesmo assim, nos dias de
hoje, Pio XII não vem recebendo quase nenhum crédito pelas suas ações
durante a guerra. |
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O
autor anticatólico Dave Hunt escreve: “O Vaticano não tem justificativas
para a sua aliança com os nazistas, para a sua contínua reprovação de
Hitler por um lado e o seu silencio estrondoso quanto à questão judaica
por outro <...>. continuaram a aliança com Hitler
até o fim da guerra, tendo o Vaticano recebido centenas de milhões de
dólares do governo nazista” (1).
Jack Chick, um infame escritor
de quadrinhos anticatólicos, diz-nos no livro Smokescreens (“Cortinas de
fumaça”): “Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, o Vaticano tinha
pisado feio na bola. O Papa Pio XII, depois de ter construído a máquina
de guerra nazista, viu Hitler perder a batalha contra a Rússia e
imediatamente pulou para o outro lado quando viu as pichações nos muros
<...>. Pio XII deveria ter sido levado diante dos juízes de
Nüremberg. Seus crimes de guerra eram dignos de morte” (2).
Somos
tentados a simplesmente desprezar essas acusações, tão grosseiramente
fora da realidade, como desvarios ridículos de gente sem o menor senso
da verdade histórica. Mas neste caso estaríamos subestimando poder de
influência que essas acusações errôneas têm: muitos levam esses autores a
sério.
Saindo do túnel mal-assombrado de Hunt e Chick e de volta
ao sol do mundo real, descobrimos não só que Pio XII não era amigo dos
nazistas, mas que a sua oposição a eles começou anos antes da Guerra,
antes mesmo da sua eleição ao papado, quando ainda era o Cardeal Eugenio
Pacelli, Secretário de Estado do Vaticano.
A 28 de abril de
1935, quatro anos antes do início da Guerra, Pacelli fez um discurso que
atraiu a atenção da imprensa mundial. Falando para um público de
250.000 peregrinos em Lourdes, França, o futuro Papa afirmou que os
nazistas “são, na verdade, apenas uns plagiários que cobriram velhos
erros com um manto novo. Não faz qualquer diferença se os homens se
arrebanham sob cartazes que pregam a revolução social , se guiam por um falso conceito da vida e do mundo ou estão possuídos pela superstição do culto ao sangue e à raça ”
(3). Foram palavras como essas, somadas às observações privadas e às
inúmeras notas de protesto que o Cardeal secretário de Estado enviou a
Berlim, que lhe angariaram a merecida reputação de inimigo do partido
nazista.
Da mesma maneira, os alemães também desgostavam do
pontífice então em exercício, Pio XI, que se mostrou um incansável
oponente dos novos “ideais” germânicos – chegando ao ponto de escrever
uma encíclica inteira, Mit brennender Sorge (“Com ardente preocupação”,
1937), para condená-los. Quando Pio XI morreu, em 1939, os nazistas
receavam acima de tudo que Pacelli fosse eleito seu sucessor.
O
Dr. Joseph Licthen, um judeu polonês que foi diplomata e mais tarde
representante da Liga Judaica Antidifamação B’nai B’rith, escreve:
“Pacelli obviamente já havia definido claramente a sua posição, pois os
governos fascistas, tanto na Itália como na Alemanha, falaram duramente
contra a possibilidade da sua eleição como sucessor de Pio XI em março
de 1939, apesar de o Cardeal Secretário de Estado ter sido núncio papal
na Alemanha entre 1917 e 1929 <...>. No dia seguinte à sua
eleição, o Berliner Morgenpost alardeava: «A eleição do Cardeal Pacelli
não é benéfica para a Alemanha, pois ele sempre se opôs ao nazismo e
praticamente determinava a política do Vaticano sob o seu predecessor»“
(4).
O ex-diplomata israelense e atual rabino ortodoxo Pinchas
Lapide afirma também que Pio XI “tinha boas razões para fazer de Pacelli
o arquiteto da sua política antinazista. Dos quarenta e quatro
discursos feitos pelo núncio Pacelli em solo alemão entre 1917 e 1929,
ao menos quarenta continham ataques ao nazismo ou condenações da
doutrina de Hitler. <...> Pacelli, que nunca se encontrou com o
Führer, designava o nazismo como um «neopaganismo»“ (5).
Algumas
semanas após a eleição de Pacelli, o Serviço de Segurança do Reich
Alemão preparou um relatório sobre o novo Papa. O rabino Lapide cita um
trecho:
“Pacelli já se tornou conhecido pelos seus ataques ao
nacional-socialismo quando exercia a função de Cardeal Secretário de
Estado, fato que lhe rendeu a calorosa aprovação dos estados
democráticos durante as eleições papais <...>. O amor de Pacelli
pela democracia é especialmente celebrado na imprensa francesa” (6).
Infelizmente,
a alegria pela eleição de um papa forte, que continuaria – como Pio XI –
a opor-se abertamente ao nazismo, foi escurecida pelos acontecimentos
sinistros da política européia. A Guerra finalmente eclodiu em 1º de
setembro de 1939, com a invasão da Polônia pelos alemães. Dois dias
depois, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha.
Em
começos da década de 40, Hitler fez uma tentativa de evitar que o novo
Papa continuasse com a postura antinazista que tinha antes da eleição.
Mandou-lhe um subordinado, o Marechal Joachim von Ribbentrop, para
tentar convencer Pio XII a não seguir a política do seu predecessor.
“Von Ribbentrop, recebido em audiência formal a 11 de março de 1940,
falou longamente sobre a invencibilidade do Terceiro Reich, a vitória
inevitável dos nazistas e a inutilidade do alinhamento papal com os
inimigos do Führer. Pio XII escutou-o com polidez e impassividade.
Depois, abriu um enorme livro de registros na sua escrivaninha e, no seu
alemão perfeito, começou a recitar um catálogo das perseguições
infligidas à Polônia pelo Terceiro Reich, mencionando a data, o local e
os detalhes precisos de cada crime. A audiência terminou; a posição do
Papa era claramente inabalável” (7).
O Papa trabalhou
secretamente para salvar tantas vidas judias como pudesse da campanha
nazista de extermínio, que entrou na sua a fase mais intensa somente
depois do início da Guerra. É aqui que os anticatólicos tentam construir
seu castelinho de areia, pois acusam Pio XII ora de mudez covarde, ora
de apoio incondicional ao aniquilamento nazista de milhões de judeus.
Grande
parte desse ataque ao Vaticano pela sua suposta atuação na Segunda
Guerra Mundial origina-se, como convém, de uma obra de ficção – uma peça
teatral chamada O representante, escrita após a Guerra pelo alemão Rolf
Hochhuth, um dramaturgo protestante pouco conhecido, ex-membro da
juventude hitlerista e depois membro do partido comunista da Alemanha
Oriental.
A peça apareceu em 1963 e retratava um papa demasiado
tímido para falar publicamente contra os nazistas. Paradoxalmente, mesmo
Hochhuth admitia que Pio XII tinha tomado medidas efetivas para a
proteção dos judeus. O historiador Robert Graham explica: “O dramaturgo
Rolf Hochhuth criticava o Pontífice pelo seu (suposto) silêncio, mas
mesmo ele admitia que, no campo das ações, Pio XII não poupou esforços
para ajudar os judeus. Hoje, um quarto de século mais tarde, depois de
um desfiguramento arbitrário e tendencioso dos fatos, o significado da
palavra «silêncio» expandiu-se bastante. «Silêncio» agora também
significa «apatia», «inação» e, implicitamente, «anti-semitismo»“ (8).
O
papa fictício de Hochhuth, calado mas ativo, foi transformado pelos
rumores anticatólicos num papa calado e inativo – alguns chegaram a
transformá-lo num monstro ativo e pró-nazista. Mesmo se houvesse alguma
verdade na acusação de que Pio XII se teria calado, o silêncio não seria
devido a uma covardia moral diante dos nazistas, mas ao fato de que o
Papa estava empreendendo uma guerra subversiva e clandestina contra eles
na tentativa de salvar os judeus.
“A necessidade de refrear
declarações provocativas num momento tão delicado era largamente
reconhecida nos círculos judeus. Era, de fato, a regra básica de todas
as instituições que, naqueles tempos de guerra na Europa, se sentiram
chamadas ao dever de fazer tudo o que pudessem pelas vítimas das
atrocidades nazistas e, em particular, pelos judeus em risco iminente de
deportação para um «lugar desconhecido»“ (9). As conseqüências
negativas de discursos inflamados eram lamentavelmente bem conhecidas.
“Num
episódio trágico, o Arcebispo de Utrecht foi avisado pelos nazistas
para não dar declarações contra a deportação dos judeus holandeses. O
Arcebispo não se importou e protestou publicamente. Em represália,
mandou-se executar os judeus católicos da Holanda. Entre eles estava a
filósofa carmelita Edith Stein” (10).
Enquanto os “pescadores de
aquário” dos círculos anticatólicos queriam que o Papa desse, durante a
guerra e em pleno território do Eixo, declarações barulhentas e
propagandísticas contra os nazistas, Pio XII percebeu claramente que
essa não era a melhor escolha a fazer se quisesse salvar vidas, ao invés
de simplesmente posar para as câmeras.
Esse desejo de discrição
também foi expresso pelas pessoas que Pio XII ajudou. Um casal de judeus
de Berlin que fora prisioneiro nos campos de concentração, mas que
conseguiu escapar para a Espanha com a ajuda de Pio XII, afirmou:
“Nenhum de nós queria que o Papa falasse abertamente. Todos éramos
fugitivos, e fugitivos não querem ser apontados. Isso estimularia ainda
mais a Gestapo a intensificar as suas buscas. Se o Papa tivesse
protestado, Roma tornar-se-ia o centro das atenções. Foi melhor o Papa
não ter dito nada. Todos partilhávamos dessa opinião à época e essa é a
nossa convicção ainda hoje” (11).
Enquanto os EUA, o Reino Unido e
outros países negavam a entrada de refugiados judeus durante a Guerra, o
Vaticano emitia dezenas de milhares de documentos falsos para permitir
que judeus se passassem por cristãos, escapando assim dos nazistas. E
ainda há mais. A ajuda financeira de Pio XII aos judeus foi bem
substancial. Lichten, Lapide e outros cronistas judeus da época
mencionam milhões de dólares, e vale lembrar que o dólar valia bem mais
do que hoje.
Em fins de 1943, Mussolini, que nunca foi muito
amigo dos papas, foi deposto pelos italianos, mas Hitler, temendo que a
Itália negociasse a paz com os aliados separadamente, invadiu o país,
assumiu o controle e recolocou Mussolini no poder como um
testa-de-ferro. Foi neste momento em que os judeus de Roma – os que o
Papa tinha condições de ajudar mais diretamente – começaram a ser
ameaçados, que Pio XII mostrou realmente toda a sua valentia.
Lichten
registra que, a 27 de setembro de 1943, um dos comandantes nazistas
exigiu que a comunidade judaica de Roma lhe entregasse cem libras de
ouro (cerca de 45 kg) dentro de trinta e seis horas; caso contrário,
trezentos judeus seriam feitos prisioneiros. Após conseguir levantar
apenas setenta libras, o Conselho da Comunidade Judaica voltou-se para o
Vaticano.
“Nas suas memórias, o então Rabino-chefe de Roma,
Israel Zolli, escreve que foi enviado ao Vaticano, onde, conforme se
combinou previamente, seria recebido como um «engenheiro» chamado para
verificar um problema de construção, a fim de que a Gestapo não o
barrasse. Foi atendido pelo Tesoureiro e pelo Secretário de Estado, que
lhe disseram que o Santo Padre pessoalmente dera ordens para cobrir a
diferença com vasos de ouro tirados do Tesouro” (12).
Pio XII
também tornou pública a sua postura a respeito dos judeus italianos: “O
Papa manifestou-se fortemente a favor deles quando houve a primeira
prisão em massa de judeus, em 1943, e o Osservatore Romano trouxe um
artigo protestando contra a prisão dos judeus e o confisco das suas
propriedades. A imprensa fascista chegou a chamar o jornal do Vaticano
de «porta-voz dos judeus»” (13).
Pio XII já se vinha empenhando
muito para conseguir que os judeus emigrassem da Itália antes da invasão
nazista; depois, teve de dirigir os seus esforços no sentido de
encontrar locais onde escondê-los. “O Papa – escreve Lichten – deu ordem
para que os prédios religiosos fossem usados para abrigar judeus, mesmo
à custa de grande sacrifício por parte dos ocupantes, e liberou os
mosteiros e conventos da clausura (regra que permite apenas o acesso de
algumas pessoas às casas religiosas), para que assim pudessem ser usados
como esconderijos. Milhares de judeus – fala-se de quatro a sete mil –
foram escondidos, alimentados, agasalhados e alocados em 180 refúgios na
Cidade do Vaticano, nas igrejas, nas basílicas, nos prédios
administrativos da Igreja e nas casas paroquiais. Um número desconhecido
de judeus foi acolhido em Castelgandolfo, a residência papal de verão,
além de casas particulares, hospitais e orfanatos; e o Papa assumiu
pessoalmente o cuidado pelos filhos dos judeus deportados da Itália”
(14).
O rabino Lapide registra que “em Roma vimos uma lista de
155 conventos e mosteiros italianos, franceses, espanhóis ingleses,
americanos e também alemães – na sua maioria, propriedades
extraterritoriais do Vaticano –, <...> que abrigaram cerca de
cinco mil judeus durante a ocupação alemã. Nada menos do que três mil
encontraram asilo na residência de verão papal em Castelgandolfo;
sessenta viveram por nove meses na Universidade Gregoriana Jesuíta e
meia dúzia dormiam no porão do Pontifício Instituto Bíblico” (15).
Repare-se
bem que Papa não estava simplesmente permitindo que os judeus se
escondessem em diversos edifícios da Igreja em Roma. Escondia-os no
próprio Vaticano e na sua residência de verão. O seu sucesso em proteger
os judeus italianos dos nazistas é notável. Lichten registra que,
depois do fim da Guerra, se pôde verificar que apenas oito mil judeus
foram levados da Itália pelos nazistas (16) – bem menos do que em outros
países europeus. Em junho de 1944, Pio XII enviou um telegrama ao
General Miklos Horthy, governante da Hungria, e conseguiu evitar a
planejada deportação de 800.000 (!) judeus daquele país.
Os
esforços do Papa não ficaram despercebidos pelas autoridades judaicas,
mesmo durante a Guerra. O rabino-chefe de Jerusalém, Isaac Herzog,
enviou pessoalmente uma mensagem de agradecimento a Pio XII em 28 de
fevereiro de 1944, na qual diz: “O povo de Israel nunca esquecerá o que
Sua Santidade e seus ilustres representantes, inspirados pelos eternos
princípios da religião que formam as próprias fundações da civilização
verdadeira, estão fazendo pelos nossos desafortunados irmãos e irmãs no
momento mais trágico da nossa história, o que é a prova viva de que a
Providência Divina age no mundo” (17).
Outros líderes judeus
também se manifestaram. O rabino Safran de Bucareste, Romênia, enviou
uma nota de agradecimento ao núncio a 7 de abril de 1944: “Não é fácil
para nós encontrar as palavras corretas para expressar o acolhimento e a
consolação que experimentamos graças à solicitude do pontífice supremo,
que ofereceu uma alta quantia para aliviar os sofrimentos dos judeus
deportados <...>. Os judeus da Romênia jamais esquecerão esses
fatos de importância histórica” (18).
E não faltou o
agradecimento do Rabino-chefe de Roma, Israel Zolli: “O que o Vaticano
fez ficará indelevelmente gravado em nossos corações <...>.
Sacerdotes e altos prelados fizeram coisas que sempre honrarão o
catolicismo” (19).
Depois da guerra, Zolli tornou-se católico e,
para homenagear o Papa pelos seus feitos em favor dos judeus e pelo
papel que teve na sua conversão, escolheu o nome de Eugenio como nome de
batismo (lembremos que Pio XII se chamava Eugenio Pacelli antes da
eleição). Zolli enfatizou que a sua conversão se deveu a motivos
teológicos, o que seguramente era verdade, mas o fato de o Papa ter
trabalhado tanto em beneficio dos judeus sem dúvida o levou a procurar
conhecer mais a fundo as verdades do cristianismo.
Lapide
escreve: “Quando Zolli se fez católico em 1945 e adotou o nome de
batismo de Pio XII, Eugenio, muitos judeus romanos acreditaram que a sua
conversão era um ato de agradecimento pelo auxilio aos judeus
refugiados durante os tempos de guerra e, não obstante as seguidas
negações, muitos ainda são dessa opinião. Assim, o rabino Barry Dov
Schwartz escreveu no periódico Conservative Judaisme, no verão de 1964:
«Muitos judeus converteram-se depois da guerra, como um ato de gratidão,
àquela instituição que salvou suas vidas»” (20).
No seu livro
Three Popes and the Jews (“Três papas e os judeus”), Lapide estima o
número de judeus poupados graças às ações clandestinas da Igreja sob Pio
XII. Após totalizar os judeus salvos em diferentes regiões e deduzir
aqueles salvos por outras causas, tais como os nobres esforços de alguns
protestantes europeus, escreve: “A quantidade final de vidas judias
salvas pela Igreja Católica é, pois, no mínimo, de 700.000 almas, mas
com bastante probabilidade está perto de... 860.000” (21). Esse número
ultrapassa o total de judeus salvos por todas as organizações européias
de auxílio juntas. Lapide calcula que a Igreja de Pio XII constituiu a
mais bem-sucedida organização de assistência aos judeus de toda a Europa
em guerra, superando a Cruz Vermelha e todas as outras instituições.
Este
fato continuava a ser reconhecido em 1958, quando Pio XII morreu. O
livro de Lapide registra alguns elogios de líderes judeus ao Papa; longe
de considerarem que ele merecesse a morte por causa dos seus “crimes de
guerra”, eles o enalteciam muito (22).
“Nós compartilhamos do
grande pesar que atinge o mundo por causa da morte de Sua Santidade Pio
XII <...>. Durante os dez anos do terror nazista, quando o nosso
povo passou pelos horrores do martírio, o Papa levantou a sua voz para
condenar os perseguidores e condoer-se das vítimas” (Golda Meir,
representante de Israel na ONU e futura primeira-ministra israelense).
“Com
especial gratidão, nós recordamos tudo o que ele fez pelos judeus
perseguidos durante um dos períodos mais negros de toda a sua história”
(Nahum Goldmann, presidente do Congresso Judaico Mundial).
“Mais
do que qualquer outro, nós tivemos a oportunidade de apreciar a grande
generosidade, cheia de compaixão e magnanimidade, que o Papa demonstrou
durante os terríveis anos de perseguição e terror” (Elio Toaff,
Rabino-chefe de Roma após a conversão de Zolli).
Enfim, podemos
concluir com uma declaração citada por Lapide, que não foi dada por
ocasião da morte de Pio XII, mas depois do fim da Guerra pela figura
judaica mais conhecida do século XX, Albert Einstein: “Apenas a Igreja
Católica protestou contra a violação da liberdade por Hitler. Até então,
eu nunca me havia interessado pela igreja, mas hoje sinto uma grande
admiração por ela, que teve a coragem de combater sozinha pela verdade
espiritual e pela liberdade moral” (23).
REFERÊNCIAS:
(1) Dave Hunt, A Woman Rides the Beast, Harvest House, Oregon, 1994, pág. 284. (2) Jack Chick, Smokescreens, Chick Publications, California, 1983, pág. 45. (3) Robert Graham SJ, ed., Pius XII and the Holocaust, Catholic League for Religious and Civil Rights, New Rochelle, 1988, pág. 106. (4) Joseph Lichten, A Question of Moral Judgement: Pius XII and the Jews, in Graham, pág. 107. (5) Pinchas E. Lapide, Three Popes and the Jews, Hawthorn Publ., New York, 1967, pág. 118. (6) Ibid., pág. 121. (7) Lichten, pág. 107. (8) Graham, pág. 18. (9) Ibid., pág. 19. (10) Lichten, pág. 30. (11) Ibid., pág. 99. (12) Ibid., pág. 120. (13) Ibid., pág. 125. (14) Ibid., pág. 126. (15) Lapide, pág. 133. (16) Lichten, pág. 127. (17) Graham, pág. 62. (18) Lichten, pág. 130. (19) American Jewish Yearbook 1944-1945, pág. 233. (20) Lapide, pág. 133. (21) Ibid., pág. 215. (22) Ibid., págs. 227-228. (23) Ibid., pág. 251. |
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