terça-feira, 17 de abril de 2012

O DISCURSO DO ÓDIO E O GENOCÍDIO ARMÊNIO.



Meu bom e velho amigo Luís Carlos Bresser escreveu na Folha de
São Paulo artigo em que tece considerações sobre a  decisão da
França de proibir a negação de existência de um genocídio dos
armênios pelos turcos, algo que, no passado, a França fizera
também com o Holocausto, visto que o reconhecimento do
genocídio judeu foi seguido de legislação proibitiva de revisão
histórica e de punição para os que não o reconhecessem.
Alguns anos atrás, examinando a tese de doutoramento de
Samantha Pflug Meyer (Discurso do Ódio, PUC-SP), em que
analisava a conformação de legislações inibidoras de pesquisas
históricas e manifestações públicas, tendo eu arguido a candidata
sobre se o reconhecimento de um fato deveria ser elemento
suficiente para que houvesse vedação a pesquisas sobre o mesmo,
pois que o fato histórico permite sempre novos estudos, que quase
sempre terminam fortalecendo seu reconhecimento. A pesquisa não
pode ser inibida nunca. A examinanda concordou com  a
observação e na edição de seu livro fez questão de  realçar este
aspecto.
Tenho para mim que, na primeira metade do século passado, os
dois mais clamorosos casos de genocídio político foram o dos
armênios pelos turcos e dos judeus por Hitler.  Não há como negá-
los. Ficarão como uma mácula na história da humanidade.
O que me parece, sem a necessidade que o caro amigo Bresser teve
de atacar a França, que, como todas as nações teve  e tem seus

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