Olavo de
Carvalho
Diário do Comércio, 19 de abril de 2012
Diário do Comércio, 19 de abril de 2012
Vocês conhecem alguém que tenha sido
alfabetizado pelo método Paulo Freire? Alguma dessas raras criaturas, se é que
existem, chegou a demonstrar competência em qualquer área de atividade técnica,
científica, artística ou humanística? Nem precisam responder. Todo mundo já
sabe que, pelo critério de “pelos frutos os conhecereis”, o célebre Paulo
Freire é um ilustre desconhecido.
As técnicas que ele inventou foram
aplicadas no Brasil, no Chile, na Guiné-Bissau, em Porto Rico e outros lugares.
Não produziram nenhumaredução
das taxas de analfabetismo em parte alguma.
Produziram, no entanto, um
florescimento espetacular de louvores em todos os partidos e movimentos
comunistas do mundo. O homem foi celebrado como gênio, santo e profeta.
Isso foi no começo. A passagem das
décadas trouxe, a despeito de todos os amortecedores publicitários,
corporativos e partidários, o choque de realidade. Eis algumas das conclusões a
que chegaram, por experiência, os colaboradores e admiradores do sr. Freire:
“Não há originalidade no que ele diz,
é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica
bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.” (John Egerton, “Searching for Freire”, Saturday Review of Education,
Abril de 1973.)
“Ele deixa questões básicas sem
resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e
manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão
usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua
ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a
violência da mudança revolucionária?” (David
M. Fetterman, “Review of The Politics of Education”, American Anthropologist, Março
1986.)
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