Matéria publicada no Jornal Americano "The State", Carolina do Sul e "The Daily Ardmoreite", Oklahoma, USA
http://www.thestate.com
http://www.ardmoreite.com/stories/040497/news/news12.html
Um estudo indica que muitos cientistas acreditam em Deus conforme o conceito mais comum e usual.
Repetindo com exatidão uma famosa pesquisa realizada em 1916, Edward Larson, da Universidade da Geórgia, constatou que a profundidade da fé religiosa entre os cientistas não diminuiu apesar dos avanços científicos e tecnológicos deste século.
Tanto em 1916 como agora, em torno de 40% dos biólogos, físicos e matemáticos que participaram da pesquisa disseram que acreditavam em um Deus que, segundo a estrita definição do questionário, se comunica com a humanidade e a quem se pode orar "na expectativa de receber uma resposta".
Cerca de 15% em ambas as pesquisas alegaram ser agnósticos ou de não ter "uma convicção definida" sobre a questão.
Em torno de 42% em 1916 e aproximadamente 45% agora disseram que não criam em um Deus como o especificado no questionário, apesar de que não se verificou se eles criam em alguma outra definição de divindade ou ser superior.
Mais revelador do que os próprios números, segundo disseram os especialistas, é a sua estabilidade. O fato das convicções pessoais dos cientistas terem permanecido inalteradas durante quase um século caracterizado por mudanças sugere que a religiosidade ortodoxa não está desaparecendo em maior grau entre os que são considerados a elite intelectual e a população em geral. Os resultados também indicam que, enquanto a religião e a ciência são freqüentemente apontadas como irreconciliavelmente antagônicas, cada uma disputando para si o trono da verdade, muitos cientistas não vêem contradição entre a busca para entender as leis da natureza e a fé em uma divindidade superior. ( The State, South carolina`s Home Page, 4/4/97)
"A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro.
Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu. Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia atéia.
Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880. Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas.
No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis.
Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria.
Há, porém, várias maneiras de se representar Deus. Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas.
É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos. Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias.
Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência.
A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do misterioso. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.
Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos.
A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.
Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéia que faço de Deus".
"Submeti a um estudo profundo as verdades fundamentais da fé, e […] desse modo encontrei eloqüentes testemunhos que tornam a religião acreditável a quem use apenas a sua razão".
"A mais persuasiva demonstração da existência de Deus depreende-se da evidente harmonia daqueles meios que asseguram a ordem do universo e pelos quais os seres vivos encontram no seu organismo tudo aquilo de que precisam para a sua subsistência, a sua reprodução e o desenvolvimento das suas virtualidades físicas e espirituais".
"Quando tocar a nossa última hora, teremos a indizível alegria de ver Aquele que em nosso trabalho apenas pudemos pressentir".
"Quanto mais fundo penetramos na harmoniosa dinâmica da natureza, tanto mais nos sentimos inspirados a uma atitude de modéstia e humildade […] e tanto mais se eleva a nossa admiração pela infinita Sabedoria, que penetra todas as criaturas".
"Declaro com ufania que sou homem de fé. Creio no poder da oração. Creio nisto não só como fiel cristão, mas também como Cientista".
"A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta".
"Nós topamos com uma grande variedade de fenômenos que […] em linguagem inequívoca falam da sabedoria e da bendita mão do Grande Mestre das obras".
"A grande quantidade de descobertas modernas destruiu por completo o antigo materialismo. O universo apresenta-se hoje ao nosso olhar como um pensamento. Ora, o pensamento supõe a existência de um Pensador".
"Tenho […] enorme respeito e a mais elevada admiração por todos os engenheiros, especialmente pelo maior deles : Deus".
"Não se pode de maneira nenhuma justificar a opinião, de vez em quando formulada, de que na época das viagens espaciais temos conhecimentos da natureza tais que já não precisamos de crer em Deus. Somente uma renovada fé em Deus pode provocar a mudança que salve da catástrofe o nosso mundo. Ciência e religião são, pois, irmãs, e não pólos antiéticos […] Quanto mais compreendemos a complexidade da estrutura atômica, a natureza da vida ou o caminho das galáxias, tanto mais encontramos razões novas para nos assombrarmos diante dos esplendores da criação divina".
"Estamos cercados de assombrosos testemunhos de inteligência e benévolo planejamento; eles nos mostram através de toda a natureza a obra de uma vontade livre e ensinam-nos que todos os seres vivos são dependentes de um eterno Criador e Senhor".
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