Conflito entre Ciência e Religião é o motivo de
uma série de manuais anti-religiosos divulgados por toda a parte. O
campo preferido para tal difusão é o meio universitário. Por vezes,
premidos por dificuldades econômicas, jovens menos avisados se fazem os
propagandistas de tais livros. São arautos do erro e, o que é
fundamentalmente terrível, disseminam o veneno da descrença.
Por
preços realmente módicos, Ambarcoumyan e Oparine, da Academia de
Ciências de Moscou, circulam nas Universidades. Onde se deveriam formar
os construtores de uma nação verdadeiramente humana, se contaminam
aqueles que destruirão os pilares daqueles conceitos que fazem uma
comunidade, de fato, equilibrada, porque embasada em Deus. Os citados
autores soviéticos, homens inteligentes a serviço do mal, sabem dar um
cunho de vulgarização altamente periculosa às suas idéias materialistas.
A finalidade russa através do "programa científico-ateu" é ardilmente
dinamizada. O que é mais grave: professores de Filosofia, de Biologia e
de outras disciplinas, em nossa pátria, aconselhando o estudo de tais
obras, particularmente as de Oparine.
Ao
se investigar estes divulgadores do anti-cientificismo das concepções
religiosas do Universo e do Homem, se pode verificar a primariedade da
exposição, mas esta engana os incautos. Invoca-se a memória de Leucipo,
Demócrito e Epicuro, líderes, destacados por eles, do materialismo na
Antigüidade. Recordam-se, preconceituosamente, os eventos ligados a
Copérnico, Giordano Bruno e Galileu. A Igreja Católica, as Igrejas
Ortodoxas, as diversas Confissões Cristãs surgidas após o século XVI, e
até o Islamismo, são focalizados pelo Instituto de História e Teoria do
Ateísmo da Universidade de Lomonosov, sediada em Moscou, como os maiores
inimigos dos cientistas.
Esquecem-se
os marxistas das perseguições, estas sim, destituídas de todo o senso
crítico, movidas aos sábios russos. Em pleno século vinte, portanto, não
na era da deturpada Inquisição, Stalin mandou fuzilar Voznesensky,
porque suas preleções sobre economia pareciam contradizer pontos
dogmáticos do "infalível" Marx. Vavilov, renomado biólogo, foi exilado
por contestar o materialista Lysenko. Embora a proposição sobre a
existência de Deus seja da alçada metafísica e não da jurisdição das
ciências naturais, é bem que se analisem as cogitações mais válidas dos
cultuadores da "deusa" Ciência. Eis uma frase de Ambarcoumyan
positivamente irrisória, mas que impressiona os menos atentos: "... a
astronomia fez uma conquista após outra e começou a banir Deus de todas
as esferas do mundo material". Para ele a astronomia veio ostentar que a
terra é um corpo minúsculo, perdido no macrocosmo.
Eles
não entendem como Cristo, chamado Filho de Deus, poderia se interessar
pelos insignificantes animais evoluídos, que se dizem racionais, e vir
exatamente se encarnar neste minúsculo planeta na imensidão do espaço,
para redimir criaturas tão pequeninas. Assim, Deus é uma imaginação
pretensiosa do homem, fruto das crenças religiosas, as quais raiam como
ridículas ante as conquistas científicas. O que tais autores desconhecem
é o início da Bíblia, pois lá está claro que o homem, ser diminuto ante
a grandeza do cosmos e perante a majestade divina, foi, porém, feito "à
imagem e semelhança de Deus". É um "microcosmo", um pequeno mundo, que
pela sua alma vale mais que milhões de corpos siderais. Embora
participando das vicissitudes de tudo que é material, pode alçar vôos
potentes ao Infinito. Tem uma dignidade que ultrapassa toda a amplitude
do mundo visível. Quanto às asseverações de que este universo está em
expansão, a matéria não se reparte de uma maneira igual em todas as
direções, as galáxias não se formam simultaneamente e têm seu modo de
formação contínua, como o das estrelas, sobre serem meras teorias e,
portanto, suscetíveis de futuras revisões, há uma passagem bíblica que
esclarece tudo, em qualquer hipótese: "Os céus narram as maravilhas de
Deus". O equívoco dos corifeus do erro é patente.
Por: Côn. José Vidigal - 24/07/2008
Professor no Seminário de Mariana - MG
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