Bento XVI condenou neste domingo em Birmingham o nazismo, que definiu como "ideologia demoníaca", e disse que 70 anos depois da "Batalha da Inglaterra" lembra "com horror e vergonha" o "estremecedor número de mortos e destruição" causado pela guerra. O papa alemão fez estas declarações durante a beatificação do cardeal John Herry Newman, e no aniversário da Batalha da Inglaterra, uma série de operações em céu britânico nas quais a força aérea alemã tentou em vão destruir a britânica para alcançar a superioridade aérea que facilitasse uma invasão das ilhas.
"Para mim que vivi os sofridos, longos e tenebrosos dias do regime nazista na Alemanha é profundamente comovente estar aqui e lembrar dos concidadãos vossos que sacrificaram suas vidas, resistindo com perseverança às forças desta ideologia demoníaca", afirmou o papa diante de 70 mil pessoas reunidas no Cofton Park. Bento XVI acrescentou que pensava "em particular" na vizinha Coventry, que sofreu duríssimos bombardeios, com inúmeras vítimas em novembro de 1940.
"Setenta anos depois lembramos com vergonha e horror o espantoso preço de morte e a destruição que a guerra traz consigo, e renovamos nossa determinação de trabalhar pela paz e a reconciliação, onde queira que ameace um conflito", afirmou o papa. Esta é a segunda vez que Bento XVI condena o nazismo durante sua visita de quatro dias ao Reino Unido, que conclui neste domingo.
Na sua chegada a Edimburgo e no discurso que pronunciou para rainha Elizabeth II referiu-se à agressão nazista contra Grã- Bretanha e ressaltou como o povo britânico enfrentou "à tirania nazista que desejava erradicar a Deus da sociedade e negava a muitos, especialmente aos judeus, a quem não considerava dignos de viver".
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