segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dilma Presidente

O Brasil elegeu a primeira mulher para a presidência do país. Mais de 55 milhões de brasileiros votaram em Dilma, do PT, contra os mais de 43 milhões de votos para José Serra, do PSDB. A votação expressiva da oposição bem demonstrou o NÃO ao presidente Lula de grande parcela da população, contrastando com os mais  de 80% de aprovação ao seu governo segundo as pesquisas.
Lula movimentou a máquina governamental de uma forma sem precedentes na história deste país, elegeu Dilma, ex-guerrilheira marxista, nome escolhido a dedo pelo PT, tendo em vista que grandes medalhões do partido estiveram envolvidos em escândalos como o do mensalão.
No pronunciamento, logo após ser anunciada a sua  vitória oficial, Dilma se comprometeu a obedecer a Constituição, defender a democracia, a liberdade de imprensa, de culto, de expressão... E vale lembrar que durante a campanha se propôs a não mudar a legislação do aborto, opinião diferente da que tinha até então, pois sempre se manifestou  favorável à descriminalização do aborto, e mudada em função da grande perda de votos no primeiro turno e do debate nacional, que mostrou como grande parte da sociedade brasileira defende a vida.
Cabe à sociedade brasileira, a partir de janeiro de 2011, acompanhar os atos de governo de Dilma, verificando se estarão de acordo com as promessas citadas. É preciso que a sociedade conheça os mecanismos de fiscalização e encontre formas de fazer campanhas e pressões  para que uma vez no poder a presidenta não governe sem  prestar contas a ninguém, fazendo o que bem entender .Os 43 milhões de votos da oposição deixaram claro que o povo não deu uma carta branca ao PT.
É necessário ficar de olho nos projetos de leis que pretenderão aprovar no Congresso Nacional em 2011 e nos anos seguintes. O aborto, o casamento de pessoas do mesmo sexo e a retirada de símbolos religiosos dos lugares públicos, por exemplo, possivelmente serão colocados na pauta de votação e vale destacar o perigo de sua aprovação, tendo em vista que a maioria deles tem sua origem em deputados do PT e que a maioria do Congresso será governista.
É necessário mudar a cultura geral da nação de não se interessar pela política e de não cobrar dos governantes. Precisamos exigir que os compromissos sejam cumpridos, que Dilma governe de acordo com os bons princípios e valores do nosso povo, heranças históricas do Cristianismo no nosso país. E ficou claro no debate nacional que tais valores devem ser no mínimo respeitados e que, portanto, o novo governo entenda que o  Estado é laico, não ateu.

Professor Faria

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