Um
professor de matemática da escola João Octávio dos Santos, que fica no
Morro do São Bento, em Santos, resolveu aplicar uma estranha prova,
conforme vocês verão abaixo. Leiam com atenção. Volto em seguida:
Por Talita Bedinelli, na Folha:
“Zaroio tem um fuzil AK-47 com um carregador de 80 balas. Em cada rajada ele gasta 13 balas. Quantas rajadas ele poderá disparar?”
“Zaroio tem um fuzil AK-47 com um carregador de 80 balas. Em cada rajada ele gasta 13 balas. Quantas rajadas ele poderá disparar?”
A
questão acima fazia parte de uma avaliação diagnóstica voltada para
alunos de 14 anos de uma escola estadual de Santos (litoral de São
Paulo), segundo pais e estudantes ouvidos pela Folha. O professor queria
testar os conhecimentos em matemática dos alunos do ensino médio no
primeiro dia de aula, na última segunda-feira.
Além
da questão, eles deveriam responder a outros cinco problemas que
versavam sobre a fabricação de cocaína e o lucro com a sua venda, o
consumo de crack, a venda de heroína “batizada” e o dinheiro recebido
por um assassinato encomendado. A prova, que teria conteúdo quase
idêntico ao de mensagem que circula pela internet satirizando o crime
organizado no Rio, teria sido aplicada em ao menos duas salas (uma de 3º
ano e outra de 1º), com cerca de 80 alunos.
A
Secretaria Estadual de Educação diz que o professor de matemática foi
afastado e o caso será investigado. A prova deveria ser respondida e
entregue ao professor, mas uma das alunas, de 14 anos, sem entender os
enunciados, levou para a casa e pediu ajuda aos pais. “Fiquei chocada.
Nas questões o crime só dá lucro”, diz a mãe da menina que procurou a
direção da escola e registrou um boletim de ocorrência na polícia.
Segundo
os estudantes, o professor dá aulas na escola há pelo menos cinco anos e
já foi vice-diretor. Os estudantes dizem considerá-lo bom. “A gente viu
as questões e deu risada. Se fosse algo mais suave ninguém teria
prestado atenção”, diz Renato dos Santos Menezes, 18, estudante da sala
do 3º ano que também fez a prova.
Uma
aluna diz que em 2010 ele aplicou um exercício com conteúdo parecido. A
questão, vista pela Folha, pedia para os estudantes calcularem quantas
rotas de fuga teria uma quadrilha que vai assaltar uma joalheria em um
shopping center.
A
escola João Octávio dos Santos fica no Morro do São Bento, região com
problemas de criminalidade. A Folha não localizou o professor, que pode
ser indiciado por apologia ao crime.
Voltei
E aí? Uma das cascatas mais vigaristas e influentes da educação reza que o “educador” deve respeitar o “universo do educando”, usando elementos do seu cotidiano para, a partir daí, fazer uma reflexão política. É coisa de esquerdopata, é óbvio. Seu maior teórico foi Paulo Freire, secretário da educação de Luíza Erundina na prefeitura de São Paulo e homem que introduziu em São Paulo o que ficou conhecido como “progressão continuada” — sim, é obra do PT!
E aí? Uma das cascatas mais vigaristas e influentes da educação reza que o “educador” deve respeitar o “universo do educando”, usando elementos do seu cotidiano para, a partir daí, fazer uma reflexão política. É coisa de esquerdopata, é óbvio. Seu maior teórico foi Paulo Freire, secretário da educação de Luíza Erundina na prefeitura de São Paulo e homem que introduziu em São Paulo o que ficou conhecido como “progressão continuada” — sim, é obra do PT!
Eis
aí… Se o professor não é só um vapor barato do narcotráfico ou maluco,
então tem na cabeça um monte dessas titicas paulo-freirianas. Ainda
voltarei a esse assunto em outros posts: o dito-cujo é apenas a
expressão mais pontualmente escandalosa de mal mais geral.
Por Reinaldo Azevedo
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