Muitos vivem em extrema pobreza
Assim Fidel Castro impôs a "Revolução" Comunista em Cuba e colocou o País na esfera da influência da antiga URSS. Com o fim desta, em 1989, e o fracasso do comunismo-marxismo, Cuba foi praticamente abandonada pela Rússia que, em crise, passou a sofrer a terrível falta de petróleo e de outros bens.As pessoas que sempre tentaram deixar Cuba, para viver em liberdade em Miami e em outras cidades nos EUA, sempre foram proibidas de fazê-lo, e muitas foram mortas ao tentar fugir do País. Ainda hoje, os cubanos, que tentam implantar um regime democrático em Cuba, são perseguidos.
Há uma massificação para uma sociedade marxista; as pessoas são levadas a pensar que a única saída é o comunismo. Ressalta-se como tática, a filosofia dos heróis nacionais, atuais e do passado, que fizeram a "Revolução", usada como palavra mágica. Por "revolução" pode-se entender o mesmo que bem-aventurança para o cristão. O pensamento do regime afirma que, como disse um médico que lá esteve: "felizes os revolucionários (marxistas), porque criarão o paraíso terrestre para o homem, prescindindo da ilusão de um Deus e de uma vida sobrenatural".
Por outro lado, noticiou o jornal "Folha de São Paulo" de 06 maio 2006, que o presidente de Cuba, Fidel Castro, tem uma fortuna avaliada em US$ 900 milhões, e é o chefe de Estado não-monárquico mais rico do mundo, ficando à frente das rainhas da Inglaterra e da Holanda. E segundo a revista de negócios "Forbes", o ditador ocupa o sétimo lugar da lista dos dez chefes de Estado mais ricos do mundo. No ano passado, Fidel já havia aparecido na lista da revista. O ranking é liderado pelo rei saudita Abdula Bin Abdulaziz (US$ 21 bilhões), seguido pelo sultão de Brunei (US$ 20 bilhões) e vários outros monarcas de países do golfo Pérsico. Fecham a lista a rainha Elizabeth (US$ 500 milhões) e a rainha Beatriz, da Holanda (US$ 270 milhões). É muito difícil compreender como o ditador acumulou esta riqueza imensa em 40 de ditadura, num País onde o povo tem falta de muitos bens e não tem liberdade.
Segundo o bispo Dom Emilio Aranguren Echeverría, bispo de Cienfuegos e secretário-geral da Conferência de Bispos Católicos Cubanos, 10% da população vive em um estado de bem-estar; 40% «sobrevive»; 30% vive na necessidade e 20% na pobreza extrema. (Zenit, 12maio 2004).
E segundo a Revista "VEJA" ('A revolução no escuro – 18 maio 2003'): "Cuba vive hoje uma crise de energia elétrica como não se vê desde os anos 90, quando o fim da mesada soviética deixou os cubanos literalmente no escuro. Cada bairro de Havana fica sem energia das 19 horas à meia-noite pelo menos três vezes por semana. Nos demais dias, falta luz de manhã ou à tarde. Com suas cinco horas diárias de blecaute, a capital é favorecida, pois em cidades do interior o período sem eletricidade chega a 18 horas por dia. Hotéis estatais e 120 fábricas espalhadas pela ilha simplesmente fecharam as portas. A jornada de trabalho diária foi reduzida em meia hora e o horário de verão, esticado por mais um ano. A falta de luz evidencia a precariedade da economia cubana, quase meio século depois da revolução comunista. Nesse período, Cuba caiu da oitava para a 11ª posição entre os países latino-americanos em produção de energia elétrica por habitante. A propaganda cubana alardeia certas "conquistas da Revolução" e costuma descrever a Cuba pré-revolucionária como um País miserável.
A comparação entre os índices sociais e econômicos das Nações Unidas dos dois períodos, antes e depois da revolução, mostra que, na maioria deles, na verdade, Cuba andou para trás. Fulgencio Batista, derrubado por Fidel, havia expandido o sistema educacional, promovido um grande programa de obras públicas e, com isso, alimentado o crescimento econômico. O ditador herdou um País com indicadores sociais e econômicos relativamente avançados para os padrões latino-americanos. Cuba tinha a quarta renda per capita da América Latina, maior que a do Chile, e uma economia vibrante. Hoje, a ilha ocupa uma modesta 15ª posição no ranking da América Latina, e a renda per capita dos chilenos é quatro vezes maior.
Mesmo nos aspectos em que melhoraram, como a alfabetização, o ritmo do avanço foi, em geral, menor que o registrado no restante do continente. "Nas regiões rurais, o único meio de transporte disponível para a população é a carroça, o que era comum na época da II Guerra", informou à "VEJA" Oswaldo Payá, o mais respeitado dissidente cubano. Algumas melhorias sociais nas áreas de saúde e educação, que de fato existiram, foram perdidas depois que a antiga União Soviética parou de pagar as contas. Faltam medicamentos e equipamentos nos hospitais, e apenas quem tem dólares para comprar os próprios remédios e pagar propinas recebe um tratamento digno. Na educação, a situação é pior, pois houve uma debandada dos professores da rede pública. "Quem vai querer ganhar uma miséria para dar aulas se consegue faturar dez vezes mais na economia informal?", pergunta Payá. "Ao tomar o poder, Fidel prometeu pão e liberdade aos cubanos", afirmou à "VEJA" o escritor cubano Carlos Alberto Montaner, exilado em Madri. "Os cubanos, que nunca tiveram liberdade, não têm mais pão", acrescenta.
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