O mal do poder totalitário é um dos temas centrais d'O senhor dos anéis. Como ele mesmo explicava, O senhor dos anéis é uma estória “formulada em termos de um lado bom e um lado mau, da beleza contra a feiúra cruel, da tirania contra a realeza, da liberdade moderada pelo consentimento contra a compulsão que há muito perdeu o objeto, salvo o mero poder, e assim por diante.” O enredo central d'O senhor dos anéis envolve a questão épica de destruir o Um anel, que continha o poder de governar toda a Terra-média. Ainda que as personagens e os acontecimentos d'O senhor dos anéis geralmente desafiem precisos paralelos alegóricos, o Um anel facilmente simboliza a corrupção e a tirania que resultam do poder político incontrolado. O Um anel dá ao usuário o poder de governar a Terra-média, mas também impõe uma escravidão inescapável para manter o poder a qualquer custo. Num determinado nível, O senhor dos anéis faz a alegoria da progressão de um tirano. Começando como governante, até mesmo com boas intenções, ele ou ela passa a ser governado por uma ânsia espasmódica de adquirir ainda mais poder e o desejo insaciável de esmagar qualquer liberdade. O tirano, então se torna tão escravo quanto seus súditos, onde tudo o que existe passa à um estado banal de servidão que repudia qualquer expressão de virtude.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
John Ronald Reuel Tolkien
O mal do poder totalitário é um dos temas centrais d'O senhor dos anéis. Como ele mesmo explicava, O senhor dos anéis é uma estória “formulada em termos de um lado bom e um lado mau, da beleza contra a feiúra cruel, da tirania contra a realeza, da liberdade moderada pelo consentimento contra a compulsão que há muito perdeu o objeto, salvo o mero poder, e assim por diante.” O enredo central d'O senhor dos anéis envolve a questão épica de destruir o Um anel, que continha o poder de governar toda a Terra-média. Ainda que as personagens e os acontecimentos d'O senhor dos anéis geralmente desafiem precisos paralelos alegóricos, o Um anel facilmente simboliza a corrupção e a tirania que resultam do poder político incontrolado. O Um anel dá ao usuário o poder de governar a Terra-média, mas também impõe uma escravidão inescapável para manter o poder a qualquer custo. Num determinado nível, O senhor dos anéis faz a alegoria da progressão de um tirano. Começando como governante, até mesmo com boas intenções, ele ou ela passa a ser governado por uma ânsia espasmódica de adquirir ainda mais poder e o desejo insaciável de esmagar qualquer liberdade. O tirano, então se torna tão escravo quanto seus súditos, onde tudo o que existe passa à um estado banal de servidão que repudia qualquer expressão de virtude.
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