Este é o título da reportagem de capa da revista Superinteressante deste mês de Junho. A matéria é de Leandro Narloch, autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil.
Além dos mitos (pasmem, Santos Dumont não é mesmo o inventor do avião),
a matéria explica a razão do surgimentos desses mitos, oriundos de uma
visão enviesada da sociedade e que tomou corpo nas décadas de 60 a 80,
anos da Guerra Fria.
"A nova geração de historiadores formou-se em ambiente menos tenso e polarizado, com maior liberdade de debate e um ambiente intelectual mais produtivo.", diz o professor José Murilo da UFRJ.
Antes tarde do que nunca, espero que diminua os preconceitos oriundos destas mistificações e deturpações da história e sociedade.
"Pesquisadores destroem as mentiras que você aprendeu na escola.", é o que está no arquivo on line da revista. Aí eles foram bem mais incisivos do que no impresso. Vou destacar algumas coisas que achei importante e que tem a ver com que já escrevi:
Mito 1: "A sociedade brasileira se dividia entre senhores e escravos"
=> Havia mais pessoas livres do que se imagina. No século 18, 40% da população era de escravos. No começo do século 19, 25%. E alguns senhores trabalhavam com os negros, já que tinham poucos escravos
Mito 4: "A Inglaterra fez o Brasil destruir o paraguai"
=> Ao contrário do se imagina, a diplomacia britânica tentou evitar o conflito. O país tinha investimentos no Brasil e no Paraguai que ficariam em risco em caso de guerra.
Mito 7: "O Paraguai era uma potência latente"
=>Era o país mais atrasado do Cone Sul. O comércio exterior era 6 vezes menor que o do Uruguai, que tinha a metade da população.
Mito 13: "Os índios do sudeste foram praticamente extintos"
=> Milhares de índios foram dizimados, mas outros preferiam deixar as aldeias e ir para as cidades, assimilando-se à população. Hoje na média 8% do genoma dos brasileiros tem origem indígena.
Mito 15: "Os quilombos lutavam contra a escravidão"
=> Lutavam contra a escravidão deles próprios, mas seguindo os padrões africanos, é provável que os membros poderosos tivessem escravos próprios.
Mito 16: "A Inglaterra foi contra a escravidão para criar um mercado consumidor"
=> A luta contra a escravidão na Inglaterra partiu de um movimento religioso e popular. Não passava pela cabeça dos homens de negócio ingleses acabar com a escravidão nas colônias britânicas na América.
Qual a importância disso? É que em muitos casos estes mitos conduzem a políticas públicas errôneas, quando não a preconceitos e difamações.
"A nova geração de historiadores formou-se em ambiente menos tenso e polarizado, com maior liberdade de debate e um ambiente intelectual mais produtivo.", diz o professor José Murilo da UFRJ.
Antes tarde do que nunca, espero que diminua os preconceitos oriundos destas mistificações e deturpações da história e sociedade.
"Pesquisadores destroem as mentiras que você aprendeu na escola.", é o que está no arquivo on line da revista. Aí eles foram bem mais incisivos do que no impresso. Vou destacar algumas coisas que achei importante e que tem a ver com que já escrevi:
Mito 1: "A sociedade brasileira se dividia entre senhores e escravos"
=> Havia mais pessoas livres do que se imagina. No século 18, 40% da população era de escravos. No começo do século 19, 25%. E alguns senhores trabalhavam com os negros, já que tinham poucos escravos
Mito 4: "A Inglaterra fez o Brasil destruir o paraguai"
=> Ao contrário do se imagina, a diplomacia britânica tentou evitar o conflito. O país tinha investimentos no Brasil e no Paraguai que ficariam em risco em caso de guerra.
Mito 7: "O Paraguai era uma potência latente"
=>Era o país mais atrasado do Cone Sul. O comércio exterior era 6 vezes menor que o do Uruguai, que tinha a metade da população.
Mito 13: "Os índios do sudeste foram praticamente extintos"
=> Milhares de índios foram dizimados, mas outros preferiam deixar as aldeias e ir para as cidades, assimilando-se à população. Hoje na média 8% do genoma dos brasileiros tem origem indígena.
Mito 15: "Os quilombos lutavam contra a escravidão"
=> Lutavam contra a escravidão deles próprios, mas seguindo os padrões africanos, é provável que os membros poderosos tivessem escravos próprios.
Mito 16: "A Inglaterra foi contra a escravidão para criar um mercado consumidor"
=> A luta contra a escravidão na Inglaterra partiu de um movimento religioso e popular. Não passava pela cabeça dos homens de negócio ingleses acabar com a escravidão nas colônias britânicas na América.
Qual a importância disso? É que em muitos casos estes mitos conduzem a políticas públicas errôneas, quando não a preconceitos e difamações.
0 comentários:
Postar um comentário