Leiam o que vai no Estadão Online. Volto em seguida:
 
Assange pode ser executado ou ir para Guantánamo, dizem advogados
Os
 advogados de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, disseram que seu 
cliente corre “sério risco” de ser condenado à morte ou de se tornar um 
prisioneiro em Guantánamo caso seja extraditado para a Suécia, onde é 
acusado de delitos sexuais, segundo reportagem do jornal britânico The 
Guardian.
Os
 representantes legais de Assange, apresentando um resumo de como 
defenderão o australiano no caso da extradição, argumentam que é 
provável que os EUA tentem sua extradição assim que ele for enviado à 
Suécia. Sob custódia dos americanos, Assange “correria sério risco de 
ser detido em Guantánamo ou algum outro lugar”.
A
 prisão de Guantánamo é usada pelos EUA para abrigar presos considerados
 perigosos, como terroristas e fundamentalistas. Os defensores de 
Assange e o próprio fundador do WikiLeaks acreditam que os EUA planejem 
indiciá-lo por conspiração e espionagem. O vice-presidente americano, 
Joe Biden, chegou a chamá-lo de “ciberterrorista”.
“Se
 Assange for levado aos EUA sem garantias de que não seria condenado à 
morte, há um grande risco de que essa seja sua pena. É de conhecimento 
de todos que figuras proeminentes, se não disseram diretamente, 
insinuaram que ele deveria ser executado”, diz o documento dos advogados
 de Assange.
Assange
 está em liberdade condicional. Ele permaneceu preso por nove dias em 
Londres, mas foi libertado após pagar fiança de 200 mil libras (R$ 533 
mil) e depois que um recurso da promotoria sueca contra sua libertação 
foi rejeitado.
Atualmente
 ele está hospedado em uma mansão a nordeste de Londres, propriedade de 
um colega. Ele havia sido detido pelos britânicos por conta de um 
mandado de prisão internacional expedido por Estocolmo.
O
 australiano compareceu à corte nesta terça para uma audiência, a 
primeira do ano sobre o caso de sua extradição, que será definida no 
início de fevereiro. Após a sessão, ele afirmou que “o trabalho do 
WikiLeaks continua”.
Assange
 é acusado pela Justiça sueca de delitos sexuais contra duas mulheres. 
Elas o acusam de coerção ilegal, estupro e de tê-las. Ele nega as 
acusações e diz que “há evidências bem sugestivas” de que as mulheres 
foram motivadas por vingança, por dinheiro e por pressão policial para 
dar queixa.
Comento
Quanto mais leio sobre esse rapaz, mais vou sendo tomado por aquela desagradável sensação da vergonha alheia, sabem como é? Chego a achar impressionante que não tenham percebido que Assange é um misto de mitômano com megalômano, e sua patologia, pelo visto, está contaminando também seus advogados. A história de que ele pode ir parar em Guantánamo ou ser condenado à morte é espantosamente ridícula. É parte do esforço para mantê-lo na mídia.
Quanto mais leio sobre esse rapaz, mais vou sendo tomado por aquela desagradável sensação da vergonha alheia, sabem como é? Chego a achar impressionante que não tenham percebido que Assange é um misto de mitômano com megalômano, e sua patologia, pelo visto, está contaminando também seus advogados. A história de que ele pode ir parar em Guantánamo ou ser condenado à morte é espantosamente ridícula. É parte do esforço para mantê-lo na mídia.
Já
 escrevi tudo o que penso sobre esse cara. Essa síntese que vai acima, 
do Estadão, é obviamente exagerada. O que foi divulgado, até agora, 
sobre a diplomacia americana não constrangeu ninguém. Nem haveria 
motivos para isso. Ao contrário até: o que se viu foi um corpo 
diplomático muito disciplinado, atento a detalhes, dedicado a relatar em
 minúcias a seus chefes aquilo que vê, ouve e, eventualmente, fala.
Assange,
 ele sim, andou enfiando os pés pelas mãos quando decidiu se comportar 
como chantagista no caso do Bank of America. Até agora, mantém a ameaça 
de divulgar documentos devastadores etc e tal. Vocês já conhecem a 
história. Desconfio, às vezes, que ele é uma espécie de Truman Burbank, 
do filme The Truman Show, estrelado por Jim Carrey e dirigido por Peter Weir. Está mais para personagem do nosso tempo do que para uma pessoa real.
Nunca
 caí na conversa. Essa história de hoje diz bem com que - ou com quem - o
 mundo está lidando. Não sei quem é o diretor desse filme. Uma coisa é 
certa: ele odeia os EUA.
Por Reinaldo Azevedo
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