Por
John Lennon J. da Silva
Apostolado São Clemente Romano
Podemos
ainda hoje observar um chamado socialismo cristão, enveredado de
“catolicismo” em vários ambientes ligados a Igreja católica no Brasil,
mesmo com o descrédito e agonia de um dos principais movimentos como a
Teologia da Libertação que desde o fim da Ditadura Militar em 1985,
encontra-se fora de moda em desfalecimento em nosso país.
Tentaram
infiltrar na Igreja um marxismo (socialismo) cristão, fato
inconsistente com o próprio catolicismo, lembremos quando o então
cardeal da Congregação para doutrina e fé e hoje Papa Bento XVI,
destitui o Ex-Frei Leonardo Boff de suas funções atividades com a
Igreja. Lembremos também da posição de João Paulo II que após elogiar a
TL, analisou e retificou sua posição a este movimento na America Latina,
o condenando. Foi habitualmente clara durante o pontificado de vários
papas a incompatibilidade entre o socialismo e a doutrina da Igreja.
Muitos
ainda querem segurar esta linha ideológica, usando como pretexto as
camadas menos abastadas de nosso país e a situação dos pobres ou a
situação capitalista e materialista de nossa nação, mais a Igreja
enquanto instituição tem como missão anunciar e auxiliar os pobres e,
mas não necessariamente precisando de compressos ideológicos de ação
surgidos com o ”Manifesto comunista” de Marx e Engels foi publicado em
1848, muitos pensam que a Igreja não condena este tido socialismo, ou
até desconhecem que o Magistério dos Papas sempre condenou o socialismo
então faremos uma caminhada percorrendo os documentos e pronunciamentos
dos últimos 10 Papas.
Papa Pio IX (1846-1878):
“Transtorno
absoluto de toda a ordem humana” “[…] tampouco desconheceis, Veneráveis
Irmãos, que os principais autores desta intriga tão abominável não se
propõem outra coisa senão impelir os povos, agitados já por toda classe
de ventos de perversidade, ao transtorno absoluto de toda a ordem humana
das coisas, e entregá-los aos criminosos sistemas do novo socialismo e
comunismo” (Pio IX, Encíclica Noscitis et Nobiscum, 8 de dezembro de
1849 – Colección Completa de Encíclicas Pontifícias”, Editorial Poblet,
Buenos Aires, pág. 121).
Papa Leão XIII (1878-1903):
“[…]o
“comunismo”, o “socialismo”, o “nihilismo”, monstros horrendos que são a
vergonha da sociedade e que ameaçam ser-lhe a morte” (Leão XIII,
Encíclica Diuturnum Illud, 29 de junho de 1881 – Editora Vozes Ltda.,
Petrópolis, pág. 16).
“Ruína
de todas as instituições” “[…] suprimi o temor de Deus e o respeito
devido às suas leis; deixai cair em descrédito a autoridade dos
príncipes; dai livre curso e incentivo à mania das revoluções; dai asas
às paixões populares, quebrai todo freio, salvo o dos castigos, e pela
força das coisas ireis ter a uma subversão universal e à ruína de todas
as instituições: tal é, em verdade, o escopo provado, explícito, que
demandam com seus esforços muitas associações comunistas e socialistas”
(Leão XIII, Encíclica Humanum Genus, de 20 de abril de 1884 – Editora
Vozes Ltda., Petrópolis, págs. 20-21).
“[…]
esta seita de homens que, debaixo de nomes diversos e quase bárbaros se
chamam socialistas, comunistas ou nihilistas, e que, espalhados sobre
toda a superfície da terra, e estreitamente ligados entre si por um
pacto de iniqüidade, já não procuram um abrigo nas trevas dos
conciliábulos secretos, mas caminham ousadamente à luz do dia, e se
esforçam por levar a cabo o desígnio, que têm formado de há muito, de
destruir os alicerces da sociedade civil. É a eles, certamente, que se
referem as Sagradas Letras quando dizem: ‘Eles mancham a carne,
desprezam o poder e blasfemam da majestade’ (Jud. 8)” (Leão XIII,
Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora
Vozes Ltda., Petrópolis, págs. 3-4).
“[…]
todos sabem com que gravidade de linguagem, com que firmeza e
constância o Nosso glorioso Predecessor Pio IX, de saudosa memória,
combateu, quer nas suas Alocuções, quer nas suas Encíclicas dirigidas
aos Bispos de todo o mundo, tanto os esforços iníquos das seitas, como
nomeadamente a peste do socialismo, que já irrompia dos seus antros”
(Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 –
Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 7).
“[…]
os socialistas e outras seitas sediciosas que trabalham há tanto tempo
para arrasar o Estado até aos seus alicerces” (Leão XIII, Encíclica
Libertas Praestantissimum, 20 de junho de 1888 – Editora Vozes Ltda.,
Petrópolis, pág. 16)
“É
necessário, […] que trabalheis para que os filhos da Igreja Católica
não ousem, seja debaixo de que pretexto for, filiar-se na seita
abominável (do socialismo), nem favorecê-la” (Leão XIII, Encíclica Quod
Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora Vozes Ltda.,
Petrópolis, pág. 14).
Inimigo da sociedade e da Religião
“[…]
temos necessidade de corações audaciosos e de forças unidas, numa época
em que a messe de dores que se desenvolve diante de nossos olhos é
demasiado vasta, e em que se vão acumulando sobre nossas cabeças
formidáveis perigos de perturbações ruinosas, em razão principalmente do
poder crescente do socialismo. Esses socialistas insinuam-se habilmente
no coração da sociedade. Nas trevas das suas reuniões secretas e à luz
do dia, pela palavra e pela pena, impelem a multidão à revolta; rejeitam
a doutrina da Igreja, negligenciam os deveres, só exaltam os direitos, e
solicitam as multidões de desgraçados, cada dia mais numerosos, que,
por causa das dificuldades da vida, se deixam prender a teorias
enganosas e são arrastados mais facilmente para o erro. Trata-se ao
mesmo tempo da sociedade e da Religião. Todos os bons cidadãos devem ter
a peito salvaguardar uma e outra com honra” (Leão XIII, Encíclica
Graves de Communi, 18 de janeiro de 1901 – Editora Vozes Ltda.,
Petrópolis, págs. 15-16).
“…
era o Nosso dever advertir publicamente os católicos dos graves erros
que se ocultam sob as teorias do socialismo, e do grande perigo que daí
resulta, não somente para os bens exteriores da vida, mas também para a
integridade dos costumes e para a Religião” (Leão XIII, Encíclica Graves
de Communi, 18 de janeiro de 1901 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis,
pág. 04).
“…
a Igreja do Deus vivo, que é ‘a coluna e o sustentáculo da verdade’ (1
Tim. 3,15), ensina as doutrinas e princípios cuja verdade consiste em
assegurar inteiramente a salvação e tranqüilidade da sociedade e
desarraigar completamente o germe funesto do socialismo” (Leão XIII,
Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora
Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 7.).
Os
comunistas, os socialistas e os niilistas são uma “peste mortal que se
introduz como a serpente por entre as articulações mais íntimas dos
membros da sociedade humana, e a coloca num perigo extremo” (Leão XIII,
Encíclica Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora
Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 03).
Os
socialistas, os comunistas e os niilistas “nada deixam intacto ou
inteiro do que foi sabiamente estabelecido pelas leis divinas e humanas
para a segurança e honra da vida” (Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici
Muneris, 28 de dezembro de 1878 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág.
04).
O socialismo diverge diametralmente da Religião Católica
“…
ainda que os socialistas, abusando do próprio Evangelho, a fim de
enganarem mais facilmente os espíritos incautos, tenham adotado o
costume de o torcerem em proveito da sua opinião, entretanto a
divergência entre as suas doutrinas depravadas e a puríssima doutrina de
Cristo é tamanha, que maior não podia ser. Pois ’que pode haver de
comum entre a justiça e a iniquidade? Ou que união entre a luz e as
trevas?’ (2 Cor. 6, 14)” (Leão XIII, Encíclica Quod Apostolici Muneris,
28 de dezembro de 1878 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, pág. 8).
Papa São Pio X (1903-1914)
O sonho utópico de reconstruir a sociedade trará o socialismo
“O
equívoco está desfeito; a ação social do Sillon não é mais católica.
[…] Porém, mais estranhas ainda, ao mesmo tempo inquietantes e
acabrunhadoras, são a audácia e a ligeireza de espírito de homens que se
dizem católicos, e que sonham refundir a sociedade […] e estabelecer
sobre a terra, por cima da Igreja Católica, ‘o reino da justiça e do
amor’, com operários vindos de toda parte, de todas as religiões ou sem
religião, com ou sem crenças, […] Que é que sairá desta colaboração? Uma
construção puramente verbal e quimérica, em que se verão coruscar
promiscuamente, e numa confusão sedutora, as palavras liberdade,
justiça, fraternidade e amor, igualdade e exaltação humana, e tudo
baseado numa dignidade humana mal compreendida. Será uma agitação
tumultuosa, estéril para o fim proposto, e que aproveitará aos
agitadores de massas, menos utopistas. Sim, na realidade, pode-se dizer
que o Sillon escolta o socialismo, o olhar fixo numa quimera” (São Pio
X, Carta Apostólica Notre Charge Apostolique (Nosso encargo apostólico),
aos Bispos da França, Sobre os erros do Sillon, 25 de Agosto de 1910,
n. 34. – Apud Plinio Corrêa de Oliveira, Em Defesa Da Ação Católica, 2ª
edição – março de 1983, Artpress Papéis e Artes Gráficas Ltda, São
Paulo).
Papa Bento XV (1914-1922):
A condenação do socialismo não deveria jamais ser esquecida
“Não
é nossa intenção aqui repetir os argumentos que demonstram claramente
os erros do socialismo e de doutrinas semelhantes. Nosso predecessor,
Leão XIII, muito sabiamente já o fez em encíclicas verdadeiramente
memoráveis; e Vós, Veneráveis Irmãos, tomareis o maior cuidado para que
esses graves preceitos não sejam jamais esquecidos, mas sempre que as
circunstâncias o exigirem, eles deverão ser expostos com clareza e
inculcados nas associações católicas e congressos, em sermões e na
imprensa católica” (Bento XV, Encíclica Ad Beatissimi Apostolorum, 1° de
novembro de 1914, n. 13).
Papa Pio XI (1922-1939):
“O socialismo concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã.”
“E
se o socialismo estiver tão moderado no tocante à luta de classes e à
propriedade particular, que já não mereça nisto a mínima censura? Terá
renunciado por isso à sua natureza essencialmente anticristã? Eis uma
dúvida, que a muitos traz suspensos. Muitíssimos católicos, convencidos
de que os princípios cristãos não podem jamais abandonar-se nem
obliterar-se, volvem os olhos para esta Santa Sé e suplicam
instantemente que definamos se este socialismo repudiou de tal maneira
as suas falsas doutrinas, que já se possa abraçar e quase batizar, sem
prejuízo de nenhum princípio cristão. Para lhes respondermos, como pede a
Nossa paterna solicitude, declaramos: O socialismo, quer se considere
como doutrina, quer como fato histórico, ou como “ação”, se é verdadeiro
socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos
pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica, pois
concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã” (Pio
XI, Encíclica Quadragesimo Anno”, 15 de maio de 1931 – Editora Vozes
Ltda., Petrópolis, págs. 43-44).
Socialismo católico, uma contradição: ”Ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista”
“E
se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os
Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se contudo numa concepção da
sociedade humana diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica.
Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios:
ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista”
(Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno”, 15 de maio de 1931 – Editora
Vozes Ltda., Petrópolis, págs. 44).
Falsa conciliação: Não é lícito mitigar os princípios católicos para se aproximar dos socialistas
“Mas
não se vá julgar que os partidos socialistas, não filiados ainda ao
comunismo, professem já todos teórica e praticamente esta moderação. Em
geral, não renegam a luta de classes nem a abolição da propriedade,
apenas as mitigam. Ora, se os falsos princípios assim se mitigam e
obliteram, pergunta-se, ou melhor, perguntam alguns sem razão, se não
será bem que também os princípios católicos se mitiguem e moderem, para
sair ao encontro do socialismo e congraçar-se com ele a meio caminho.
Não falta quem se deixe levar da esperança de atrair por este modo os
socialistas. Esperança vã! Quem quer ser apóstolo entre os socialistas é
preciso que professe franca e lealmente toda a verdade cristã, e que de
nenhum modo feche os olhos ao erro” (Pio XI, Encíclica Quadragesimo
Anno”, 15 de maio de 1931 – Editora Vozes Ltda., Petrópolis, págs.
42-43).
Papa Pio XII (1939-1958):
A socialização total tornaria pavorosa realidade a imagem terrificante do Leviatã
“Ademais,
a proteção do indivíduo e da família, frente à corrente que ameaça
arrastar a uma socialização total, em cujo fim se tornaria pavorosa
realidade a imagem terrificante do Leviatã. A Igreja travará esta luta
até o extremo, pois aqui se trata de valores supremos: a dignidade do
homem e a salvação da alma”. (Pio XII, Radiomensagem de 14 de setembro
de 1952 ao Katholikentag de Viena. Discorsi e Radiomessaggi di Sua
Santità Pio XII, vol. XIV, p. 314.).
Perigos da mentalidade socialista
Não
se pode cair no erro de “retirar … o gerenciamento dos meios de
produção da responsabilidade pessoal dos proprietários privados
[indivíduos ou companhias] para transferi-lo à responsabilidade coletiva
de grupos anônimos, [uma situação] que se acomodaria muito bem com a
mentalidade socialista” (Pio XII, Discurso aos Congressos de Estudos
Sociais e à União Social Cristã, 5 de junho de 1950.).
Papa João XXIII (1958-1963):
“Nenhum
católico pode aprovar sequer o socialismo moderado” “Adiante, o Papa
Pio XI enfatizou a fundamental oposição entre o comunismo e o
Cristianismo, e deixou claro que nenhum católico pode subscrever nem
mesmo o socialismo moderado.
A
razão está em que o socialismo funda-se em uma doutrina a respeito da
sociedade humana que é ligada ao tempo e não toma em conta nenhum outro
objetivo que o bem-estar material. Desde que ele propõe uma forma de
organização social que tem em vista unicamente a produção, ele coloca
uma muito severa restrição á liberdade humana, ao mesmo tempo que viola a
verdadeira noção de autoridade social”. (João XXIII, Encíclica Mater et
Magistra, 15 de maio de 1961, n. 34).
Papa Paulo VI (1963-1978):
Em
1965 durante o Concílio Vaticano II, Paulo VI recebeu o Conselho
Episcopal Latino-Americano e na sua alocução ele atenta para o “Ateísmo
marxista”. Ele o apresenta como uma força perigosa, largamente difundido
e extremamente nociva, que se infiltra na vida econômica e social da
América Latina e pregando a “Revolução violenta como único meio de
resolver os problemas” (Extraído do livro “Le Rhin se jette dans le
tibre”, pág 273. Ralph Wiltgen. Ed Editions du Cédre 1974, 5a tiragem).
Cristãos, atraídos pelo socialismo, tendem a idealizá-lo
“Muito
freqüentemente os cristãos, atraídos pelo socialismo, tendem a
idealizá-lo em termos que, além de tudo o mais, são muito genéricos: um
desejo de justiça, solidariedade e igualdade. Eles se recusam a
reconhecer as limitações do movimento socialista histórico, que continua
condicionado pelas ideologias das quais se originaram.” (Paulo VI,
Carta Apostólica Octogesima Adveniens, 14 de maio de, 1971, n. 31).
Papa João Paulo II: (1978-2005)
Analise dos dois sistemas.
“Nesta
luta contra um tal sistema (o Papa está falando do capitalismo
selvagem) não se veja, como modelo alternativo, o sistema socialista,
que, de fato, não passa de um capitalismo de estado, mas uma sociedade
do trabalho livre, da empresa e da participação” (no. 35) “A Igreja
reconhece a justa função do lucro, como indicador do bom funcionamento
da empresa” (no. 35) “Aquele Pontífice (Leão XIII), com efeito, previa
as conseqüências negativas, sob todos os aspectos – político, social e
econômico – de uma organização da sociedade, tal como a propunha o
“socialismo”, e que então estava ainda no estado de filosofia social e
de movimento mais ou menos estruturado. Alguém poderia admirar-se do
fato de que o Papa começasse pelo “socialismo” a crítica das soluções
que se davam à “questão operária”, quando ele ainda não se apresentava –
como depois aconteceu – sob a forma de um Estado forte e poderoso, com
todos os recursos à disposição. Todavia Leão XIII mediu bem o perigo que
representava, para as massas, a apresentação atraente de uma solução
tão simples quão radical da “questão operária”. (n°. 12).
Sobre a proposição antropológica do socialismo.
”
Aprofundando agora a reflexão delineada (…) é preciso acrescentar que o
erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele
considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do
organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente
subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social, enquanto,
por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo
da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do
bem e do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e
desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral,
que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada
concepção da pessoa deriva a distorção do direito, que define o âmbito
do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada”.
(no. 13).
“Na
Rerum Novarum, Leão XIII com diversos argumentos, insistia fortemente,
contra o socialismo de seu tempo, no caráter natural do direito de
propriedade privada. Este direito, fundamental para a autonomia e
desenvolvimento da pessoa, foi sempre defendido pela Igreja ate nossos
dias” (Enc. Centesimus Annus, tópico 30 da ed. Paulinas)
Papa Bento XVI. (2005- Até então).
Quando
cardeal manifestou-se sobre algumas características do marxismo, sendo
não compatíveis com as verdades de fé do Cristianismo.
“É
verdade que desde as origens, mais acentuadamente, porém, nestes
últimos anos, o pensamento marxista se diversificou, dando origem a
diversas correntes que divergem consideravelmente entre si. Na medida,
porém, em que se mantêm verdadeiramente marxistas, estas correntes
continuam a estar vinculadas a certo número de teses fundamentais que
não são compatíveis com a concepção cristã do homem e da sociedade.”
(Libertatis Nuntius; Instruções sobre alguns aspectos da Teologia da
Libertação. Congregação para a Doutrina da Fé. 6 de agosto de 1984. Cap.
VII nº 9; Cardeal Joseph Ratzinger e Arc. Alberto Bovone).
Esta
instrução sobre a Teologia da Libertação acabou por condenar este
grosseiro e pretensiosa interpretação teológica alicerçada no marxismo.
“Lembremos
que o ateísmo e a negação da pessoa humana, de sua liberdade e de seus
direitos encontram-se no centro da concepção marxista. Esta contém de
fato erros que ameaçam diretamente as verdades de fé sobre o destino
eterno das pessoas.” (Libertatis Nuntius; Instruções sobre alguns
aspectos da Teologia da Libertação. Congregação para a Doutrina da Fé. 6
de agosto de 1984. Cap. VII nº 10; Cardeal Joseph Ratzinger e Arc.
Alberto Bovone).
Agora
Papa, em discurso a bispos brasileiros, proferido em 2009. Reafirmou
sua posição mencionando a instrução Libertatis Nuntius redigira por ele
mesmo quando era ainda cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina
da Fé.
“Neste
sentido, amados Irmãos, vale a pena lembrar que em agosto passado,
completou 25 anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da
Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela
sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por
alguns teólogos de teses e metodologias provenientes do marxismo.”
(Discurso do Papa Bneto XVI. Aos prelados da Conferencia Episcopal dos
Bispos do Brasil dos Regionais Sul 3 e Sul 4 em visita Ad Limina
Apostolorum. 5 de Dezembro de 2009).
Em 2007, Bento XVI estando no Brasil, falou sobre a falsidade ideológica tanto do capitalismo como o marxismo.
“Tanto
o capitalismo como o marxismo prometeram encontrar o caminho para a
criação de estruturas justas e afirmaram que estas, uma vez
estabelecidas, funcionariam por si mesmas. Afirmaram que não só não
havia tido a necessidade de uma moralidade individual prévia, mas que
também elas fomentariam uma moralidade comum. E estas promessas
ideológicas se mostraram falsas”, (Bento XVI, discurso de abertura da 5ª
Conferência-Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em
Aparecida. 2007).
John Lennon J. da Silva
Apostolado São Clemente Romano
Referências:
[1]
SOLIMEO, Gustavo A. O que os Papas disseram sobre o socialismo – Textos
pontifícios esclarecedores. Instituto Plinio Corrêa de Oliveira. 9
junho 2010. Disponível em: http://www.ipco.org.br/home/ Acesso em: 02
Agosto 2010.
[2] AQUINO, Felipe. Ensinamentos dos Papas sobre o Socialismo. 23 abril 2010. Disponível em: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2010/04/23/ensinamentos-dos-papas-sobre-o-socialismo/
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